sábado, 30 de abril de 2011

Mulher



Recebi este poema de um amigo.
Quem ousará discordar?
"Meu nome é MULHER!
Eu era a Eva 
Criada para a felicidade de Adão 
Mais tarde fui Maria 
Dando à luz aquele 
Que traria a salvação 
Mas isso não bastaria 
Para eu encontrar perdão. 
Passei a ser Amélia 
A mulher de verdade 
Para a sociedade 
Não tinha a menor vaidade 
Mas sonhava com a igualdade. 
Muito tempo depois decidi: 
Não dá mais! 
Quero minha dignidade 
Tenho meus ideais! 
Hoje não sou só esposa ou filha 
Sou pai, mãe, arrimo de família 
Sou camionista, taxista, 
Piloto de avião, policial, 
Operária em construção ...
Ao mundo peço licença 
Para actuar onde quiser 
Meu sobrenome é COMPETÊNCIA 
E meu nome é MULHER!"

(O Autor é Desconhecido, mas um verdadeiro sábio)

Beijos,

Nina

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Sofá velho / Sofá novo

Como já aqui confessei, tenho muito carinho pela minha casa e, tal como faço comigo, presto-lhe a maior atenção, em termos decorativos.
Era absolutamente incapaz de contratar um decorador para que decidisse o aspecto final da minha casa e, para dizer a verdade, tenho a mais absoluta impossibilidade de compreender quem o faz.
Se dependesse de mim, os" pobres" decoradores estariam todos no desemprego.
É que não abdico de escolher, hesitar, decidir, preferindo, de longe, recuperar uma velharia a investir numa peça nova.
Às vezes, tentam chamar-me à razão com o argumento de que, nem sequer , recuperar, é mais económico... mas nem assim mudo de atitude, até porque me incomoda o princípio que tende a guiar o mundo, onde impera a produção em massa.
Tenho um prazer imenso em ser dona do resultado final, sempre com o"divino" princípio da reciclagem bem presente.
Actualmente, ando às voltas com um sofá que já foi bonito, que já se enquadrou no conjunto e que hoje não passa de um mamarracho com as cores comidas pelo sol, destoando completamente no local onde se encontra, uma  espécie de enorme estufa envidraçada, próxima do conceito inglês do jardim de inverno.
Recentemente pintada num luminoso "verde chá", promete um resultado final muito interessante.
Mas vamos por partes, que é como quem diz, comecemos pelo assustador sofá:


Ei-lo
Na Feira dos tecidos, encontrei aquele que , inconscientemente procurava, num branco pérola que me convenceu.
Comprei os 12 metros prescritos pelo estofador por 95 €, um preço super conveniente se comparado com o de outras lojas. Acho mesmo que foi um verdadeiro achado e que ajuda a desmistificar os preços hiper inflacionados que se praticam.
Não se trata apenas de fazer economia, o prazer que obtenho com estas operações é mais profundo, é quase o de liberdade, de independência, face à ditadura que certo tipo de comércio nos impõe.
Evidentemente que não deixarei de mostrar o sofá quando pronto, bem como o jardim de inverno de que tanto me orgulho.

Beijos,
Nina

P.S. Palpita-me que vai resultar!





quinta-feira, 28 de abril de 2011

... and the winner is...




 Teresinha,, ah! "ganda" Teresinha!
Na mouche!
Quem sabe, sabe e o resto são tretas.

O modelo é este:






E esta a capa da revista


Não consegui que as minhas cores fossem tão garridas, mas tenho pena!
Acho que ficaria mais moderno, mais actual de acordo com as tendências deste ano.
De certeza que já viram as montras da Zara.São combinações inusitadas de cores fortes, muito agradáveis à vista.


Esta espécie de xaile parece-me ideal para substituir um casaco leve nos dias mais frescos.

O sofá onde ontem mostrei o trabalho mereceu, da parte de algumas amigas, apreciações muito elogiosas. Também gosto muito dele e tem-me acompanhado desde sempre.
Começou por ser um sofá ( de orelhas) em couro, com as costas capitoné.
Aguentou muito salto de criança e até algum xixi.

Numa segunda fase, foi forrado com chintz inglês, com estampado em tons pastel, representando grandes flores de rododendro.
Fazia jogo com os cortinados e a cobertura da cama da minha filha.

Numa terceira vida, vestiu-se de alcantâra vermelha, colocado no canto de um quarto modernaço em tons de preto e branco.

Actualmente está como viram, num canto de leitura de uma sala, forrado em cretone florido, luminoso e muito alegre.
Acho que jamais me separarei dele.
Aliás, prefiro, de longe, reciclar uma peça antiga, do que investir numa nova.
É a minha natureza! Assim, a decoração da casa nunca está concluída o que me parece muito bem.
A casa faz parte das nossas vidas e tem de crescer com  elas.

A esse respeito, tenho entre mãos um projeto que mostrarei, quando concluído.

Para já, fica desvendado o mistério do xaile.

Beijos,
Nina

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Entretanto...

Com o casaquinho de bebé, em lã concluído, iniciei um novo trabalho que avança a todo o vapor, utilizando os novelos que já mostrei anteriormente e que comprei num acesso de consumismo.
Neste sofá, confortavelmente acomodada, passo os momentos disponíveis, no tricot ou no crochet.

Deixo um cheirinho e um desafio:
O que será?





Quem se atreve a avançar com uma resposta que esclareça o enigma?
Pelo ritmo do trabalho, atrevo-me a antecipar que a sua conclusão será rápida.
Aceitam-se apostas.
Beijos,
Nina

terça-feira, 26 de abril de 2011

Bordados 2

Cá em casa, habitualmente, mudamos os lençóis à segunda-feira.
Tenho , como estratégia , para garantir a rotatividade, mantê-los arrumados em duas pilhas, de modo que, se retiram da pimeira e se repõem na segunda, depois de lavados e passados.
Hoje, quando procedia a essa operação, verifiquei que chegara a vez deste conjunto, de que gosto particularmente:






Este conjunto foi bordado ( por mim, é verdade...) ao mesmo tempo que o outro já exibido em Bordados
quando, pela persistência, consegui alcançar um resultado satisfatório que, atualmente, me está completamente vedado.

Aprende-se a bordar, bordando, tal como se aprende a escrever, escrevendo.

Este desenho é, em si, uma obra de arte.
 Foi retirado de uma revista italiana, RAKAM, que continua a publicar-se e que, às vezes, ainda compro, mas que, infelizmente, não vale um décimo do que valia há 20 anos atrás.
A combinação do azul e verde é arrojada para os padrões normais, mas a natureza não se rege por eles e impõe os que muito bem lhe apetece, sendo que o resultado é sempre insuperável.

Reconheço que não são lençóis para os dias que correm, mas lá voltamos nós ao problema do tempo.
O tempo é uma realidade subjectiva, é aquilo que fazemos dele!
Se valorizarmos o espetáculo  visual que é uma cama feita assim, com tempo, com cuidado, concluiremos que foi tempo bem empregue.

Afinal, o que é a vida se não uma série de momentos pequeninos  que sobressaem da rotina dos dias?
Gosto, verdadeiramente, de alimentar esses momentos, feitos de pormenores de que se pode, mas, se estiver ao nosso alcance, não se deve prescindir.

Beijos,
Nina

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Chocolate

No Notícias Magazine, de 24 de Abril li o artigo:

CHOCOLATE
Dádiva da Natureza

Onde se afirma:
" A semente do cacau pertence ao género Theobroma, ou alimento dos deuses"

A maior parte dos seres vivos que já o experimentaram, concordam com esta afirmação.
Além de delicioso, possui outras características que o tornam único.




Fui, há tempos, convidada para um casamento e calhou, que na minha mesa, entre outras pessoas , se sentassem duas médicas, na casa dos 50 anos, recentemente viúvas.
Ninguém conhecia intimamente ningém, daí que o clima inicial fosse de alguma contenção e até de cerimónia.

Porém, servidas que foram as primeiras bebidas a acompanhr os respetivos pratos, rapidamente se derreteu o gelo, caíu o formalismo e, ficamos amigos de longa data.

A conversa recaiu, inicialmente, sobre as fatiotas das presentes, com ápartes elogiosos e outros nem tanto, dirigidos às convidadas cuja distância física as mantinha na ignorância sobre os nossos crueis , mas deliciosos comentários.

As  médicas viúvas, sem constrangimento confessaram que se haviam visto obrigadas a comprar fatos novos, porque não cabiam nos que já possuíam.
Estavam gordas, afirmavam sem complexo ou remorso.
Porquê?
Porque, todas as noites, a acompanhar a leitura em curso, comiam um chocolate até à última migalha, nomeando, inclusivamente, a lista dos absolutamente irresistíveis:
--É o prazer que nos resta! -- proclamavam sem sombra de arrependimento...

Com efeito, está provado que o chocolate interfere com o estado de espírito, promovendo o ânimo e a boa disposição.
Igualmente importante é o seu papel na prevenção das doenças cardio - vasculares e na diminuição do colesterol mau, através de um processo químico muito chato, que não interessa nada desmontar.

O que é certo e seguro é que comer chocolate, além de ser um prazer dos deuses, faz bem à saúde.

Infelizmente, "não há almoços grátis" e se comido sem moderação, engorda, o desgraçado.

Gisele Piletti, do blog " Nutrição e etc"  (gipiletti.blogspot.com), que é nutricionista, e, acima de tudo, queridíssima, esclarece dúvidas sobre a ingestão desta delícia.
Aconselho, vivamente, uma visita ao seu blog.

Já pensaram se podiam viver sem chocolate?
É que poder, podiam, mas, seguramenete, que " ... não era a mesma coisa..."

A propósito, confiram a receita de Brownies, na Cozinha da Nina e comentem, please...

Beijos,
Nina





domingo, 24 de abril de 2011

Quem semeia ventos ...

Colhe tempestades.
Mas o inverso é também verdadeiro.
Lembram-se das dores nas costas de que me queixava no último domingo, após uma puxada sessão de jardinagem?
Pois bem, o investimento rende doces juros.
Esta manhã, após uma semana chuvosa, encontrei , pujante, a minha hortelã que julgava morta.
Afinal estava apenas adormecida e já a apliquei na feijoada de camarão que servi hoje ao almoço e num Mojito, cuja receita forneço na minha cozinha.
Igualmente delicioso é o chá feito com as suas folhas e servido com muito gelo, como aprendi em Marraqueche, Marrocos.
Observemos a plantação, que, pela  amostra, será invasiva:


A segunda surpresa foi ainda mais magnífica.
Há dois anos, comprei um pequeno rododendro, cuja etiqueta antecipava um arbusto com luxuriante floração rosa ou roxa.
Segui todos os preceitos:
Ampla floreira, rega moderada, adubação intermitente ... Nada.
Na  China, vi maciços destas flores enfeitando os jardins dos palácios imperiais.
Eram extraordinários.
Cheguei a comprar um tecido para reposteiros e para forrar um sofá, em chintz inglês, que reproduzia o deslumbramento destas fores.
Desta maneira obsessiva eu as desejava, sem saber o que mais podia dar-lhes para ter êxito.
Descobri hoje:
TEMPO!
Precisavam de tempo de  maturação para atingirem este esplendor:






Valeu a espera!

Temos a péssima tendência de esquecer que o tempo é o nosso bem mais precioso e o único que, na realidade realiza milagres.
Podem, se concordarem, extrapolar este conceito para todos os domínios da vida.

Beijos,
Nina








sábado, 23 de abril de 2011

Mais uma manhã de chuva!

Que não foi impeditiva da peregrinação a Cerveira.
Não chovia, propriamente, antes ameaçava, com o sol encoberto por nuvens cinza.
A tonalidade sombria não apagava a beleza da paisagem, antes a modificava:

No rio Minho, canoagem


Nas margens, uma festa verde e amarela!

Os espanhóis, nossos vizinhos da Galiza, tiraram o dia para uma invasão barulhenta, mas pacífica.
Na estrada, as filas de automóveis  arrastavam-se porque eram muitos e a paisagem merecia.
No restaurante, grupos numerosos faziam correr os empregados, pouco habituados a tamanha solicitação.
São alegres, extrovertidos, desinibidos e estão em casa onde quer que estejam.
Sou fã de nuestros hermanos.
Invejo-lhes a moda, o ar cosmopolita das suas cidades e adoro a sua comida... as tapas, oh! Meu Deus, as tapas são uma invenção divina ou demoníaca, conforme a perspectiva.
Apesar dessas delícias, eles vêm em multidão e devoram os nossos petiscos.
Hoje, encontrei-os no restaurante Mariana, onde, simplesmente, se come o melhor peixe do mundo.
Quem o afirmou foi o grande Jorge Amado, cidadão do mundo, hedonista por excelência, investigador atento e perspicaz de tudo o que nesta vida é bom ( sendo ou não pecado, imagino...)
Estes robalos são retirados do Atlântico por pescadores artesanais que aqui os depositam.Alguns, ainda estão vivos e, em tempos, existia neste local um tanque com algas e água do mar, onde os peixinhos, inocentemente, nadavam até serem eleitos por um comensal esfomeado.

Lagostas e lavagantes esperneiam na santa ignorância do destino cruel que os espera

Sobre este sargo "escalado"  recaiu a nossa gula!

O ambiente é simples, muito asseado e com detalhes decorativos da cultura local.

No litoral, existe uma pequena povoação, por onde passámos após o almoço, de que gosto particularmente, Esposende.
Nela encontro certas semelhanças com as zonas balneares inglesas  um recato e um charme, que sugere praia (pouca, devido à nortada...) e horas de leitura em esplanadas abrigadas.


Foz do rio Cávado.
Para além do banco de areia, ao fundo, o Oceano Atlântico.
No ar, kitesurf!

Passadiço.
Ao fundo, restaurantes, bares e esplanadas

Pista para bicicletas.
À direita, vivendas discretas, para férias ou fim de semana

O tempo, entretanto, melhorou.
O céu limpou, o vento norte afastou nuvens e chuva e a promessa de sol está aí.

Beijos,
Nina



sexta-feira, 22 de abril de 2011

Das mãos da Teresinha...

Foi, graças à generosidade da Teresinha que consegui tricotar este  casaquinho:

Frente
Costas

É uma peça só, muito fôfa e rápida de executar. 
A Teresinha informou-me que serve a um bebé entre os 6 e os 9 meses.
Se andei com ele às voltas muito tempo, foi, apenas, porque queria libertar-me da manta de crochet ( anteriormente postada), cujo calor que provocava, se estava a tornar insuportável.
Agora, missão cumprida, tenho já outro projecto debaixo de olho, que a seu tempo, mostrarei.
E já que parece que o Inverno regressou, sem solicitações, nem tentações para sair, vou ser uma menina prendada e mostrar os meus talentos.
Só para documentar o clima tenebroso que nos invade, vejam o pôr do sol de ontem:




E a ameaça cumpriu-se.
Hoje, choveu todo o dia.

Beijos
Nina





quinta-feira, 21 de abril de 2011

Day After

As repercussões das comprinhas de ontem perduram.
Já vesti tudo, mirei e remirei e, curiosamente, a peça que mais me agradara, o vestido, foi o que maior hesitação me causou.
Já o pendurei no roupeiro, mas ainda não estou absolutamente convencida e, como todas sabemos, em caso de dúvida, recusa-se.
Oh! dúvida cruel! Tão lindo, tão alegre no cabide e , no corpo, não brilha como prometia.
Lembrei-me de umas sandálias que trouxe do Brasil em azul turquesa que podem muito bem ser a cereja no topo do bolo que está em falta.

Sandálias azul turquesa

Estou dividida!
Estou divertida com este dilema infantil!
Estes sapatinhos verde-água, em camurça, muito retro, muito vintage, podem também ser uma opção a favor do vestido.
Não garanto nada, por enquanto.


Já as bermudas e a saia são perfeitas, não têm mas.

Um amigo meu, muito inteligente, muito sereno, muito compreensivo e muito bem casado com uma amiga, grande colega nestas batalhas das compras, comenta com doçura, ele que usa, calmamente, uma meia de cada cor:
--É uma doença , uma dependência como outra qualquer!  (Aqui, devo esclarecer, que ele é médico)
A euforia é momentânea, produzida pela circulação de adrenalina no sangue, explica o douto clínico. Quando cessa o seu efeito, não podem evitar uma nova compra!

Como se engana! 
Isto de compras exige traquejo, ponderação, mestrado e doutoramento, para não acabar com um armário cheio de nada.
E, quando se acerta, o bem-estar perdura, renova-se em cada nova combinação, transforma-se em estilo que exige actualização para fugir do clássico que é bom apenas para museu..

Aqui, neste shopping virtual, tenho realizado grandes acções de formação, ministradas por autênticas catedráticas na matéria.
Quem, como eu estiver na disposição de aprender desde ponto de cruz, tricot, crochet e culinária, passando pela maquillagem e terminando na moda, pode evoluir sempre, crescer  como ser humano, investir na aprendizagem, abrir-se para compartilhar saberes e, fugir aos clichés que arrumam as mulheres em prateleiras estanques.
Grande Internet!
Além de incentivar silhuetas elegantes, muscula-nos a mente.
Sortudas, nós as que vivemos neste tempo!

Beijos,
Nina

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Nada como um dia atrás do outro ...

A neura com que ontem me rebolei, porque no fundo devia estar a gostar... (o nosso terrível lado masoquista, não perde uma oportunidade de se empanzinar), passou, passou mesmo. 



Esta manhã acordei cansada das grandes batalhas inconscientes que, seguramente, travei ao longo das horas, com frio, porque o Verão que não era mais que promessa, já se foi, vendo ameaça de chuva no céu carregado, mas viva, fula com este clima miserável, ensonada, mas viva, não apática, atordoada, fora deste mundo, como me dera ao luxo de estar na véspera.
O que é um enormíssimo desperdício.
É , atrevo-me a afirmar, PECADO.
A vida é curta de mais para ser desperdiçada, assim, tolamente, por insignificâncias.
Eu, com todos os enormes defeitos que tenho, afirmo, categoricamente, que não sou invejosa, naquele sentido rasteiro e pequenino, de ficar mal face às posses, propriedades e valores materiais dos outros.
Não, não sou minimamente invejosa, embora tenha objetivos, metas a atingir, ambições a concretizar.
Mas, se agora tenho  1000 e possibilidades correspondentes de concretizações, quando apenas tinha 10, era igualmente feliz, apenas porque não ambiciono o que não está ao meu alcance.
Num pormenor, contudo, devo admitir que sou invejosa...
- Sou invejosa de quem consegue desligar das chatices!
- Sou muito invejosa de quem consegue colocar os acontecimentos em perspetiva, isto é, sabendo que tudo passa, não abraçando os problemas!
- Sou muitíssimo invejosa de quem não se leva a sério, ciente  da nossa própria pequenez e transitoriedade face à imensidão do universo!
Mas eu ainda chego lá, à autoconsciencialização da minha dimensão de formiga ( que digo eu?...), de célula cósmica.
Portanto e recapitulando, quando me dá, dá-me forte, mas, obrigada Meu Deus!, passa-me rápido.

Assim, esta manhã, a chuva ameaçava e voltei a desempacotar as botas:



E ala que se faz tarde, porque se vejo aprovação nos olhos dos outros, espanto os farrapos de neura que teimam em persistir.
E vi.

Preparei um opíparo almoço que vai aparecer, daqui a pouco, na Cozinha da Nina, e, na hora acordada, eu  e a amiga convocada rumamos ao shopping.

Em plenas férias da Páscoa, o movimento triplicado lá estava.
Mesmo assim, compramos umas coisinhas para o Verão que tarda, mas não falha:




Ainda não experimentei nada, dada a possibilidade  de vestir em casa e devolver se não agradar, mas, assim à primeira vista, parece-me muito remota a hipótese de devolução.

Uma vez experimentados, submeter-me-ei, humildemente, ao vosso julgamento.

Beijos,
Nina

Dona-de-casa desesperada





Foi como me senti hoje, dia cinzento, com surtos de chuva a ameaçar trovoada.
Não sei bem como tudo aconteceu , e a rotina  até estava simplificada com a caminhada matinal impossibilitada pelo mau tempo.
O que sei, fazendo o balanço diário, agora que já é amanhã, é que senti uma pesada nuvem preta pairando sobre a minha cabeça, manietando-me as decisões e a disposição.
Deve ser porque sou, apenas, gente, e, de quando em quando, não funciono.
Só agora, e já passa da meia.noite, é que me sentei para deixar um registo mínimo do dia em que me apeteceu afastar-me , tirar férias.
Como as tempestades na sua absoluta inevitabilidade, estes momentos vêm e vão sem deixar rasto.
É bem possível que o dia, amanhã, nasça bêbado de luz e de sol e que eu seja novamente guerreira para todas as batalhas.
À cautela, combinei com uma amiga do coração uma investida para me inteirar das novidades, porque isto, como dizia o outro, para grandes males, grandes remédios e uma voltinha pelas lojas, com direito a lanche e a pôr a conversa em dia é, garantidamente, terapia de choque que, JAMAIS, me deixou ficar mal.

Escusado será dizer que, se houver compras fabulosas, mostrarei para inspirar as meninas.

Beijos
Nina

segunda-feira, 18 de abril de 2011

TERMINEI !!!




A manta iniciada há dois meses foi hoje concluída.
As cores resultaram, no conjunto da decoração do quarto, exatamente como eu imaginara, jogando muito bem com as paredes em bege, os cortinados da mesma cor e os tapetes numa gama de tijolo, verde e castanho, bem como os abat-jours dos candeeiros de mesa.
Felizmente terminei, porque, com o calor que se faz sentir, tornava-se penoso trabalhar numa peça enorme, envolvendo-me as pernas, com efeito geral de sauna.
Via-me perante o dilema de destilar de calor ou guardar a manta inacabada, até ao próximo Outono.
Do que conhecem de mim, facilmente concluirão que a segunda possibilidade era, para a minha pessoa e respetiva fixação pela arrumação, uma violência.
Afinal, tudo acabou bem, como comprova o documento anexo.


Estou mesmo feliz!

Beijos,
Nina

domingo, 17 de abril de 2011

Domingo, tarde de jardinagem !



Parece que estamos em pleno Verão, sol quente, temperatura agradável, praia muito povoada.
Só que a metereologia garante que era bom, mas acabou. 
A partir de amanhã, semana de férias da Páscoa, a temperatura vai descer, a chuva cair, acompanhada, quiçá, por trovoadas e o sonho de que iludíramos o "Abril, águas mil..." não passou disso mesmo, de um sonho.
Por isso, qual experiente agricultora, tratei de antecipar as tarefas que a chuva impossibilitará:
Cortar os talos dos bolbos que floresceram, e entretanto morreram, os narcisos e as íris.


Preparar duas floreiras para receberem os "pés" de tomate coração de boi,  que ontem comprei por 5 € na Feira de Cerveira ( deveria ser uma dúzia, mas o vendedor simpatizou com a freguesa e acrescentou mais um pézinho)  foi a tarefa seguinte.
Nestas floreiras tinham, anteriormente crescido pés de alface de variadas espécies, provenientes do mesmo fornecedor, que se revelaram um verdadeiro êxito.
Entretanto, li umas coisas sobre hortas e percebi a vantagem de enriquecer o terreno.
Então, retirei  ( com ajuda, confesso, com muita ajuda...) parte da terra, juntei uma camada de cascas de ovos, cascas de fruta e borra de café, voltei a cobrir com a terra velha, completando com uma camada de terra nova.
Hoje, foi só meter os tomateiros:


Há semanas atrás, comprei três estacas de Kiwi,  já que esta planta exige variedade fêmea e macho para frutificar.
Uma das estacas está, decididamente a desenvolver-se, enquanto as duas restantes não me deixam muito animada.
Mesmo assim estaquei-as e vou observar atentamente os capítulos seguintes, até porque, sempre ouvi dizer que as plantas retribuem a atenção que recebem, com flores e frutos.


Não será, portanto, por falta de mimos.

Não posso deixar de mostrar o estado de graça e de festa das minhas duas macieiras:




Como incentivo e merecido prémio receberam uma dose de adubo e uma rega sem restrições.



Esta brincadeira ocupou-me por 2 horas e, como brinde, ainda fiquei com uma forte dor nas costas.
Tudo por uma boa causa!

Beijos,
Nina

sábado, 16 de abril de 2011

Ponte de Lima


É uma vila lendária  no norte do país, que dista cerca de uma hora do Porto.
Hoje, sábado de Verão, com os termómetros a marcar 30 graus, fui almoçar ao Restaurante Carvalheira, medianamente, diga-se de passagem e de lá, ao centro da vila, chega-se num pulo.
O texto que a seguir transcrevo, retirei-o da Wikipedia:
Ponte de Lima é uma vila portuguesa no Distrito de Viana do Casteloregião Norte e sub-região do Minho-Lima, com cerca de 2 800 habitantes. É caracterizada pela sua arquitectura medieval e pela área envolvente, banhada pelo Rio Lima.



Ponte medieval atravessando o rio Lima.
Atualmente apenas peatonal
Conjunto escultórico representando as atividades tradicionais dos habitantes

Fachada Monumental
É sede de um município com 320,26 km² de área e 44 421 habitantes (2009), subdividido em 51 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Paredes de Coura, a leste por Arcos de Valdevez e Ponte da Barca, a sueste por Vila Verde, a sul porBarcelos, a oeste por Viana do Castelo e Caminha e a noroeste por Vila Nova de Cerveira.
Recebeu foral de Dona Teresa em 4 de Março de 1125, sendo a vila mais antiga de Portugal.

Rainha D. Teresa

História

Em pleno coração do Vale do Lima, a beleza castiça e peculiar da vila mais antiga de Portugal esconde raízes profundas e lendas ancestrais. Foi a Rainha D. Teresa quem, na longínqua data de 4 de Março de 1125, outorgou carta de foral à vila, referindo-se à mesma como Terra de Ponte. Anos mais tarde, já no século XIV, D. Pedro I, atendendo à posição geo-estratégica de Ponte de Lima, mandou muralhá-la, pelo que o resultado final foi o de um burgo medieval cercado de muralhas e nove torres, das quais ainda restam duas, vários vestígios das restantes e de toda a estrutura defensiva de então, fazendo-se o acesso à vila através de seis portas.

Vista de Ponte de Lima.
A ponte, que deu nome a esta nobre terra, adquiriu sempre uma importância de grande significado em todo o Alto Minho, atendendo a ser a única passagem segura do Rio Lima, em toda a sua extensão, até aos finais da Idade Média. A primitiva foi construída pelos romanos, da qual ainda resta um troço significativo na margem direita do Lima, sendo a medieval um marco notável da arquitectura, havendo muito poucos exemplos que se lhe comparem na altivez, beleza e equilíbrio do seu todo. Referência obrigatória em roteiros, guias e mapas, muitos deles antigos, que descrevem a passagem por ela de milhares de peregrinos que demandavam a Santiago de Compostela e que ainda nos dias de hoje a transpõem com a mesma finalidade.
A partir do século XVIII a expansão urbana surge e com ela o início da destruição da muralha que abraçava a vila. Começa a prosperar, por todo o concelho de Ponte de Lima, a opulência das casas senhoriais que a nobreza da época se encarregou de disseminar. Ao longo dos tempos, Ponte de Lima foi, assim, somando à sua beleza natural magníficas fachadas góticas, maneiristas, barrocas, neoclássicas e oitocentistas, aumentando significativamente o valor histórico, cultural e arquitectónico deste rincão único em todo o Portugal.

Fachada lateral da Igrja Matriz

Vitral no interior da Igreja Matriz

Altar representando o Calvário de Cristo

Vitral no interior da Igreja Matriz

Pia batismal

No interior da Igreja, S. Cristovão
Esta estátua, na rua principal, representa a vaca das cordas, cuja lenda se encontra reproduzida a seguir.

[editar]
Vaca das Cordas

A lenda

Como curiosidade e sinal de modernidade, no recinto de um restaurante junto ao rio, encontrei uma aglomeração de históricos " dois cavalos", seguramente envolvidos em roteiro turístico por terras do Minho:


Nos arredores da vila, multiplicam-se solares grandiosos, na sua maioria dedicados ao turismo 
rural.

Motivos não faltam para uma escapadela e, curioso, observei que os nossos vizinhos do outro lado da fronteira, bem informados, ocupam restaurantes e esplanadas e vagueiam por ruelas.

Beijos,
Nina