segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Mimos!


De uma muito querida amiga, recebi estes mimos:


Feijão, cebolas, couves e um chouriço, tudo caseiro, tudo à prova de poluentes e tóxicos.

Marmelos dourados, maduros, perfumados que, em breve, se transformarão em compota que vestirá requeijão, à sobremesa e geleia que, ondulante, cobrirá torradas quentinhas, acolitadas por chá fumegante.

Maçãs que, verdadeiras, fogem ao controle da calibragem, uma de cada tamanho, todas libertas de normas comunitárias, sabem ao que se espera, a maçã e como elas, cheiram.

Toda a casa está perfumada.
Cheira à minha infância, quando maçãs e marmelos, recém colhidos, enchiam taças, alegres, garridos, com a brejeirice natural do autêntico, do verdadeiro, colhido e comido no tempo próprio, alheio a vôos transatlânticos e estufas que atrasam ou aceleram a maturação.
Um dia, tudo vai voltar a ser assim, espero...

Beijo
Nina

domingo, 30 de outubro de 2011

Na Feira de Cerveira,

... meu roteiro, de tantos e tantos sábados, é possível descobrir tesouros.




Refiro-me a este chapéu.
Mostrei-o no post "Decididamente ..." e confirmo que um detalhe faz toda a diferença e atualiza a mais banal indumentária.

Tem um ar retro, como se pretende,

para se conseguir um look atualíssimo.

pelo inacreditável preço de 10€!!!
Devemos ou não investir nas pechinchas?
Se, como é o caso, além de lindíssimas, têm um preço acessível, são tesouros irrecusáveis e, assim, com quase nada, se consegue um resultado muito feliz.

Não me canso de por a funcionar o sistema e, com a prática, adquiri uma espécie de olho de lince que, numa montanha de horrores, identifica a jóia perdida.

Oxalá este exemplo tenha sido inspirador, porque no clima depressivo em que vivemos, torna-se imperativo à desgraça fazer boa cara...
E há lá cenário mais motivador do que observarmos pessoas que não gastam loucuras ( como até há pouco nos incentivavam a fazer...), apresentando-se, mesmo assim, de uma forma muito agradável ?

Beijos
Nina

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Consumidoras do mundo, uni-vos!

É, se quiserem, um grito de guerra!
É, pelo menos, uma exortação a que defendâmos os  nossos interesses.

Depois do episódio das molduras que ontem relatei e que provocaram comentários do género, "Será que são de ouro?", senti uma enorme vontade de desenvolver este tema, mais pertinente que nunca, no contexto em que vivemos.

Falo de preços!

Tenho um amigo, cujo modo de vida está intimamente ligado à confeção e comercialização de roupas.
Trabalha, por exemplo, para a Zara e conhecedor dos custos, costuma comentar que o preço justo é o que pagamos na época dos saldos.
Antes desse momento, os artigos nas lojas encontram-se marcados com uma margem de lucro absurda.

Bem, eu gosto de compras, é verdade, mas não de todas as compras.
Irrita-me profundamente ser confrontada com um artigo em saldo, que, há pouco tempo atrás comprei pelo dobro do preço.
E esse dissabor já o experimentei várias vezes.

Daí que, mudei!

Tirando um outro produto de preço acessível, de uma modernidade que ameaça não ser usável na estação seguinte, só compro em saldos!
Melhor, ainda muito melhor que esperar pelos saldos é visitar Outlets.
Aí, sim, aí vale a pena comprar.
É sempre incrivelmente vantajoso, mas, às vezes, ainda é mais.

Refiro-me aos saldos do próprio Outlet.
Duas vezes por ano, no final do inverno e, depois, no final do verão, os preços que já tinham uma descida de cerca de 50% em relação às lojas, sofrem nova e significativa redução.

Querem exemplos?


Estes sapatos, lindos, lindos, metade em pied de poule cinza e rosa, metade em verniz cinza...

custaram 9.90€

Quanto a estes, em dois tons de dourado,

com um indisfarçável ar Chanel, custaram 25€
Baixinhos, cómodos, elegantes, atualíssimos, adequados para saias curtas ou calças pelo tornozelo, são uma preciosidade.

Comprei-os no Outlet de Vila do Conde.
Para lá chegar, seguir pela A28 e sair na saída 13, para o Mindelo.
Fácil e genial!

Se precisam de presentes para o Natal, é a altura indicada para as compras, antes do pagamento do 13º mês (já sei, é só metade ou nem isso...).
Se, como eu , decretaram que "presentes só para as crianças!", esperem por janeiro e depois chamem-me exagerada se eu merecer a reprimenda.

Beijos
Nina

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Ponto de cruz, dois quadrinhos!


Consegui, finalmente, a duras penas, concluir o bordado muito simples de dois quadrinhos.
Tenho a noção que o trabalho não está perfeito e que não me empolgou.
Porém, como não viro costas a desafios,  lá  os conclui.
O  seu destino está traçado.
Irão para a minha sala verde, onde reinam as plantas.

Depois de muito bem passadinhos, levei-os a uma loja com sucursais em todos os Shoppings, a MOLDURAMINUTO.
De peito feito, disse o que pretendia.

A menina que me atendeu, afável, deu-me sugestões, alternativas várias, até que encontrei a moldura ( muito, muito simples) que elegi, um retângulo de cartolina verde que circundaria o bordado e o vidro anti-reflexo que me pareceu adequado.

Pedi um orçamento, naturalmente, até porque os trabalhos são pagos antecipadamente.

"Muito bem, com certeza! -. respondeu a empregada.
São 70 €!"
Pasmada, incrédula, repeti:
"70€, dois quadrinhos???"
"- Não, 70€ cada um dos quadros!"

Ainda não consegui fechar a boca de espanto.
Os bordados estão ali, sobre um sofá, esperando tranquilamente uma solução.
Quanto a mim, repito, continuo de boca aberta perante o absurdo da situação.

Será que esta gente perdeu completamente a noção do dinheiro?
Poderia, agora, discorrer demagogicamente, sobre o ocorrido, mas não, não o farei de modo algum.
Confesso apenas que estou cansada deste tipo de ocorrência.



Primeiro plano de um dos bordados.

E aqui, o outro.

Não tenho a menor dúvida de que vou encaixilhá-los por uma fração do megalómano orçamento e, colocados na parede, faço questão de exibir o resultado.

Beijos
Nina



quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A gola da Dudis

Dudis, uma muito querida amiga virtual, talentosíssima, mostrou, entre outras maravilhas presentes no seu blog, esta gola.
Pareceu-me tarefa acessível aos meus conhecimentos.
Por isso, pedi detalhes.
Ela, generosa e amiga, correspondeu:
30 malhas de início, tricotando por 80 cm, com fio duplo.
No momento de coser as extremidades, torce-se, obtendo este resultado.
Acho que dá um toque especial a qualquer conjunto.



Hoje, vestida em tons de verde tropa, incrementei o conjunto com a minha nova golinha.


Eu própria me fotografei.
Daí que se vislumbram, lá ao fundo, uns sapatinhos dourados tamanho super mini,  detalhe que achei por bem esclarecer, já que os meus pés são normais:-)!!!


À Dudis, renovo, publicamente, o meu agradecimento e incentivo  uma visita ao seu blog, um tesouro repleto de maravilhas.

Beijos
Nina

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Decididamente,

... .ei-lo que chega, o outono.
Vento forte, chuva a cântaros, descida brusca de temperatura e neve nas montanhas.
Fez questão de aparecer como uma grande vedeta, com um golpe de teatro que não deixasse ninguém indiferente.

Da minha janela, virada a sul, este é o cenário.
 Em casa, está-se bem, muito bem.
Apetece aproveitar o conforto, folhear revistas, esperar que a chuva pare e que o frio permita  novos materiais, novas cores, novas tendências.


Sobreposições, vestir em camadas, como faz a cebola, permite que, nos ambientes aquecidos, nos despojemos do excessivo.
Na rua, contudo, é irrepreensível.
Este look british tem tudo para funcionar, até um gorro e um colete masculino.

E que dizer destas cores?
Roubaram à natureza  a inspiração.
De novo o chapéu (obrigatório!), a mega  écharpe, as botas confortáveis que permitem longos passeios e a saia fabulosa, maxi, em viés, num padrão de xadrês gigante, uma perfeição.
O cinto, remata impecavelmente o blazer masculino.

Gabardine sobre calças de corte masculino.
O bom humor aparece no detalhe das meias grossas rematadas com pom-pom.

Cinza com ar de tweed.
Casaco sobre casaco e, para que não restem dúvidas, a gravata  sublinhando a tendência masculina, que, resulta, paradoxalmente, extremamente feminina.
Sugere-me o look  das vedetas de Woody Allen ...

Écharpe, maxi, tons terra, um must.

Sempre os mesmos detalhes, chapéu, malhas, muitas malhas, cores terra, sobreposições.

Escusado será repetir o quanto me agrada esta tendência.
Linda e acessível.
Poucas ou nenhumas compras.
Está tudo lá, no fundo do armário.
Há que selecionar e conjugar.
Quem não tem chapéu, não tem nada.
Quem não tem uma maxi écharpe perca a esperança de estar bem,  moderna e muito cool.

Beijos
Nina




domingo, 23 de outubro de 2011

Capela do Senhor da Pedra

Mostrei-a, de relance, ontem.
É um templo curioso cuja construção remonta ao ano de 1686.
Curiosamente, é o único conhecido, construído de costas voltadas para o mar.
Terá sido, inicialmente, um templo de culto pagão que, posteriormente foi devotado ao cristianismo.

Murmura-se que, ainda hoje, quando a noite cai, aí se praticam misteriosos trabalhos de feitiçaria, comprovados pelos vestígios de velas, pela manhã, encontrados no local.

À luz do dia, a devoção é claramente cristã e, aí mesmo, se realiza a romaria do Senhor da Pedra, com início no domingo da Santíssima Trindade, prolongando-se as festividades até à terça-feira seguinte.

Pessoalmente, nela vejo apenas um templo lindo na sua simplicidade, ingenuidade e localização privilegiada.




Em casa, possuo uma aguarela produzida por um dos maiores aguarelistas portugueses, António Joaquim, amigo de longa data que, num gesto de grande generosidade ma ofereceu:




O artista captou a magia do local, o inesperado surgimento de uma capelinha na areia, implantada em rochedos, beijada pelo mar.
Aí assisti e participei num casamento memorável:
-O meu!

Beijos
Nina

sábado, 22 de outubro de 2011

Ontem,


... dia 21 de Outubro, com um mês de atraso, vivemos o último dia do verão, já que, segundo sucessivas e repetidas previsões meteorológicas, hoje, sábado, a temperatura cai a pique, o céu esconde o seu azul e veste-se de cinza, antecipando um domingo de chuva forte e mesmo neve.
Enfim, o outono atrasou-se e o verão dilatou-se fazendo questão de festejar a sua  despedida assim, gloriosamente:


Ao fundo, o Atlântico, imenso, profundo, sereno.
Céu de um azul sem mácula.
Areal impoluto, branco, mas deserto, que as férias já lá vão.

Estamos no passadiço de Vila Nova de Gaia,  um passadiço kilométrico que começa na Praia de Lavadores e termina em Miramar.

Na praia, desagua uma cristalina ribeira,

onde nidificam aves marinhas.


Ao longe, em pleno areal, quase mergulhada no mar, a capela do Senhor da Pedra,

de cuja história falarei num próximo post.

A caminhada por este passadiço é um grande privilégio, acessível a todos quantos pretendam  fazer exercício, passear ou, apenas, deixar que ... o pensamento viaje.
Melhor contexto, não é fácil descobrir.
E tudo isto, como as melhores coisas da vida, é grátis.

Beijos
Nina

Coração de estudante


A propósito do me post  Amigos de Infância , a Maria Filomena, por associação de ideias, sugeriu-me esta canção extraordinária de Milton Nascimento, que merece ser ouvida uma e outra vez,  Coração de estudante .
Fica o convite.

Beijo
Nina


sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Amigos de infância





São o paradigma de uma amizade especial, daquela que sobrevive a ventos e marés, mais durável que qualquer ligação, mais durável que os laços de sangue, mais durável que o próprio casamento.
Por definição, nasceu na infância e perdurará por toda a vida, mesmo quando um dos envolvidos desaparece, continua a ser para o outro, o amigo de infância.
Acontece que com a vida tenho redefinido conceitos e aprendido excepções.
Tenho grandes amigos, alguns de infância, outros descobertos nos idos do liceu ou da faculdade, e tenho ainda outros, preciosos, íntimos, tão íntimos que poucas vezes se consegue uma tão profunda intimidade, descobertos, adulta feita, com vida sedimentada e organizada, em quem descobri tantas similitudes que, apesar da longínqua infância, se transformaram, por direito próprio em amigos de infância.
Já o sabia, apenas nunca o havia verbalizado.
Dei por mim, há dias, assistindo a uma entrevista ao eterno candidato a nobel da literatura, António Lobo Antunes, concordando entusiasticamente com o seu depoimento, quando afirmava que, "amigos de infância" podem ser descobertos no outono da vida e, de tão verdadeiros, tão próximos, ascendem, automaticamente a esse escalão.
Tive a sorte de, mulher feita, encontrar em, até então, desconhecidos, Amigos de Infância.
Por isso, por ser amada, sou rica e sou poderosa.

Beijos
Nina

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Tesouros


Pretendo terminar hoje as postagens relativas a Guarajuba.
Faço-o com o título tesouros, por uma razão.
São verdadeiros tesouros da natureza os que aqui exponho, numa seleção que peca por defeito.
Neste mundo tropical, o reino vegetal é assim, espampanante, excessivo, maravilhoso.
Da maior parte das flores não conheço o nome.
Basta-me expô-las, um espetáculo para os olhos, um deslumbramento para a alma!




Arranjo exuberante no lobby do hotel

Parece-me ser a flor do maracujá, quase uma aranha de mil patas, vestida de tons roxos

Hibiscus, flamejante, ardente...

Planta, animal?
Apenas bela!

Um casal entrelaçado





Côcos, luzidios, prometendo delícias.


Costela de Adão, luxuriante.

Em cacho, anónimas, lindas.

Tâmaras?
Talvez, quem sabe?

Orquídeas, orquídeas aos montes, parasitando troncos de árvore.

Enorme, misterioso, um fruto que não identifico


Humildes, sem exigências, crescem lindas, por todo o lado

Um tapete roxo e verde recobre um canteiro

Poderia, se quisesse, continuar a expor outras e mais outras plantas e flores que, em cada canto, pela mão do homem ou por vontade da natureza se multiplicam.
Não é esse, contudo, o objetivo deste texto.
Deixar um apontamento da riqueza vegetal deste canto do mundo, sim!

Beijo
Nina

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Aniversário e sorteio

A Maria Filomena  comemora a passagem de mais um aniversário do seu fabuloso blog, com um sorteio.
Vale a pena visitá-la e participar.

Fica o aviso.
Não percam!

Beijo da Nina






Vilarejo


A 12Km de Guarajuba fica a Praia do Forte, contígua a uma aldeia de pescadores designada por Vilarejo.
É o local de encontro, por excelência, de turistas hospedados nos hóteis das cercanias que, visitando-o, pretendem diversificar as rotinas diárias.
As lojinhas de artesanato, de biquinis e chinelas de praia, os bares e os restaurantes ocupam a rua principal, normalmente calcorreada por grupos  em modo férias.

É aí também que se situa a sede do projeto TAMAR vocacionada para a proteção das tartarugas marinhas que nidificam e desovam nestas praias.

É, portanto, uma alternativa à rotina oferecida pelos diversos hóteis que, para aí organizam passeios diários



Artistas das mais diversas áreas expõem as suas obras

Este é o fabuloso restaurante do Zéquinha que serve a mais deliciosa e, infelizmente, igualmente calórica, comida baiana, com particular incidência no peixe e marisco fresquíssimo.

Na rua principal, um emaranhado de árvores maravilhosas, crescem magníficas, como só nos trópicos é possível



As construções ocupadas pelos locais são simples, mas muito coloridas

Para orçamentos mais modestos, as Pousadas são alternativa aos hóteis

Na praça principal, a Praça de S. Francisco, junto à praia, encontra-se  uma igrejinha com o mesmo nome

Vendedores ambulantes por onde quer que se circule.
Este oferecia réplicas das tartarugas verdadeiras.

Para a criançada, uma oferta irrecusável

Uma espécie de galeria de arte expõe a sua oferta

Pinturas com motivos locais

Mais pinturas

Na frontaria de uma residência um lindo motivo marinho em mosaico

Porto do Vilarejo

Abençoado quem inventou o descanso, as cadeiras e os bancos

As piadas do costume

 O Vilarejo nasceu como aldeia de pescadores, mas cedo diversificou a sua atividade.
Merece uma visita e, se possível, um almoço no Zéquinha.

Beijo
Nina