domingo, 10 de abril de 2011

Quem vem e atravessa o rio ...

Junto à Serra do Pilar
Vê um velho casario
que se estende
até ao mar

Quem te vê ao vir da ponte
és cascata São Joanina
erigida sobre um monte
no meio da neblina

Por ruelas e calçadas
da Ribeira até à Foz
por pedras sujas e gastas
e lampiões tristes e sós

E esse teu ar grave e sério
dum rosto de cantaria
que nos oculta o mistério
dessa luz bela e sombria

Ver-te assim abandonada
nesse timbre pardacento
nesse teu jeito fechado
de quem mói um sentimento

E é sempre a primeira vez
em cada regresso a casa
rever-te nessa altivez
de milhafre ferido na asa

Assim reza a belíssima composição de Carlos Tê e Rui Veloso  Porto Sentido,   que, em duas penadas,  como só os poetas sabem, sintetiza as emoções dos que partiram, mas regressam. 
Então, ainda na margem sul do Douro, em Vila Nova de Gaia, a alma é assaltada pela visão de conjunto de um certo Porto, um Porto velho, misterioso, medieval, sombrio, imponente, humilde, majestoso, pobre, cinzento e colorido!

Esta é a minha cidade.

O único lugar do planeta em que quero viver, onde nasci, criei, raízes, cresci e onde, um 
dia, acabarei.

Dela deixo umas pinceladas e o sério aviso: 
Viver nesta cidade cria graves situações de dependência.


Rio Douro, Ribeira e, ao fundo a Sé e o Paço Episcopal

Ponte D. Luís.
No tabuleiro superior circulam o metros e peões.
No tabuleiro inferior, automóveis e peões
O casario, o tabuleiro superior da ponte D. Luís e, ao fundo, o que resta das muralhas Fernandinas

O Mosteiro da Serra do Pilar, em Vila nova de Gaia
Velho Porto comercial


O rio é percorrido por embarcações turísticas, os barcos rabelos, similares aos que, antigamente traziam da Régua o Vinho do Porto, que, posteriormente seria armazenado e engarrafado em Vila Nova de Gaia.

Plano lateral da Igreja de S. Francico, uma jóia do Barroco

Teleférico que liga aparte alta de Vila Nova de Gaia à zona turística do Cais

Ao fundo, a Torre da Igreja dos Clérigos

A colorida ribeira do Porto, centro turístico de restaurantes, bares e esplanadas.
Jardins do Palácio de Cristal
Visível, parte da cobertura do Pavilhão Rosa Mota
 Digamos que esta é uma primeiríssima aproximação do Porto.
Nem um roteiro é!
 É um cheirinho!

Beijos,
Nina.