quarta-feira, 13 de abril de 2011

CLÍVIA

Acho que é o nome desta maravilha.
Batizei-a depois de consultar a minha bíblia  -- Guia Práctica Ilustrada Para El Cuidado de Las Plantas de Interior -- Editorial Blume.
Nela, estão, fotograficamente, reproduzidas as plantas normalmente comercilizadas.
Confesso que não tenho a certeza absoluta que esta beleza tenha este nome:


A capacidade de renovação da natureza não para de me espantar.
Comprei este exemplar há um ano, inserido num minúsculo vasinho, que alegrou a minha vida por escassos dias.
Começou a perder pétalas, a definhar, até que morreu.
Foi então retirada para um canto do terraço, com a ideia de a deixar descansar em paz.
Não a regava, não a alimentava, limitava-me a deixá-la em sossego - escondida por exemplares viçosos que alegremente floriam.
Num rasgo de clarividência, no outono ,transplantei-a para um recipiente de maiores dimensões.
Era, na altura, uma cebola enorme, feiosa e imprestável, mas era!
Com a chegada da primavera, regada por chuvas abundantes, observei um talo que emergia:


Ontem, explodiu com esta corola berrante, prometendo mais duas, de momento ainda fechadas.


Seria bom que nós, seres humanos, pudessemos usufruir de pausas regeneradores, promessa de vida nova , rejuvenescida.
Ao contrário da curva ascendente que, cedo de mais, inverte o sentido num mergulho implacável, deveria ser-nos dada a possibilidade, qual clívias, de adormecer, hibernar e verdadeiramente ressuscitar mais belos, mais saudáveis, mais pujantes que nunca.
Seria o nosso inverno... e, obedecendo ao ritmo das estações repetiríamos, ad aeternum, um ciclo vital, onde o adeus, não faria sentido.
Sonhos!

Beijos,
Nina