terça-feira, 2 de agosto de 2011

Foram cardos, foram prosas...


Com a melodia no ouvido e o desejo  de iniciar um trabalho em ponto de cruz, "tão relaxante, tão gratificante ...", bati de frente com este esquema e a empolgação foi imediata, tal como o foi o desastre absoluto que a seu tempo tornei público.



As meninas entendidas, verdadeiras experts, deram-me dicas, avançaram com sugestões que, no fundo, se resumiam a aconselhar-me a voar mais baixo.


Encontrei, então, este esquema, que se adequa ao espaço a que se destina e, acima de tudo, à minha perícia, ou falta dela.


Encontra-se nesta fase e constitui a minha segunda frente de batalha que, com já referi, se desdobra em três, para já, atendendo a que moderação  "é uma cena
 que não me assiste" (perdão, não resisti ao plágio)

Deixo o poema de Ricardo Soler que, não sei porquê, me ficou no ouvido. Acho as palavras com uma envolvência bucólica e eu gosto do campo.
Só pode ser por isso.

Foram Cardos Foram Prosas

Ricardo Soler

Há luz sem lume aceso
Mas sem amar o calor
À flor de um fogo preso
À luz do meu claro amor
Há madressilvas aos pés
E águas lavam o rosto
A morte é uma maré
Olho o teu amado corpo
Será sempre a subir
Ao cimo de ti
Só para te sentir
Será no alto de mim
Que um corpo só
Exalta o seu fim
Não foram poemas nem rosas
Que colheste no meu colo
Foram cardos foram prosas
Arrancados do meu solo
Será sempre a subir
Ao cimo de ti
Só para te sentir
Será no alto de mim
Que um corpo só
Exalta o seu fim
Beijos,
Nina