quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Dresden

É uma cidade situada no nordeste da Alemanha, que impressiona, pela majestade dos seus monumentos, pelas pinceladas próprias que, em cada recanto, espreitam, pela marca da ocupação soviética, pela modernidade pulsátil, pelo charme do antigamente, tudo misturado, numa sopa requintadíssima, única, inesquecível.

Passei lá cinco dias, no início de Agosto.

O tempo não foi simpático.
De dia, um calor abafado, subitamente interrompido por fortes quedas de chuva.
À noite, a temperatura descia vertiginosamente e um vento polar afastava das ruas os transeuntes.

Assim mesmo, os olhos encheram-se de beleza e é essa beleza que perdura na memória.

Enquanto que nas grandes cidades se faz o City Tour a bordo de um veículo motorizado, aqui não!
Aqui, uma parelha de cavalos puxa uma carroça de dois andares onde se instalam os turistas.
Na frontaria de um edifício, um mosaico testemunha a memória da divisão da Alemanha do pós-guerra, quando, ocupada pela União Soviética, a ideologia no poder, ostentava os seus símbolos e os seus princípios, também na arquitetura.

Majestosa, maravilhosa, a Frauenkirche ocupa toda uma praça.
Em seu redor, minúsculos, os turistas gravitam seduzidos pela sua beleza.

Os restaurantes antigos são assim, meticulosos nos pormenores, requintados no serviço.

E a comida é divina!


Nas ruelas antigas, vedadas ao tráfego, obras de arte de carne e osso atraem a atenção e os euros dos turistas.

Em cada ângulo, uma surpresa, um pormenor inesperado, como o arco que suporta uma espécie de ponte, que afinal, é uma rua.
A mitologia clássica, perfeitíssima, adorna o interior do Zwinger,  palácio barroco do século XVIII, um dos pontos fortes da visita a Dresden.
Atualmente, o edifício abriga quatro museus.
Foi severamente danificado pelos bombardeamentos dos aliados durante a 2ª Guerra Mundial.
O Zwinger tem a forma geométrica de um quadrado, desocupado no centro, onde se situa uma fonte, exuberante na sua decoração:
O Banho das Ninfas, é o seu nome.

Vista de conjunto de uma das paredes laterais

Grande plano de uma das ninfas

Nas margens do Elba, o rio que atravessa a cidade, têm lugar, ao fim de semana, concertos com bandas  nacionais.
O entusiasmo é enorme e multidões ocupam os relvados das margens do rio, quando não acedem ao local preparado para o espetáculo.
Estes são os meninos que garantem a segurança ... uma graça!

Faço questão de, ao visitar uma cidade, não me limitar aos monumentos e museus, mesmo quando, a cidade é Dresden, conhecida como Florença do Norte.
Gosto de sentir a cidade, misturando-me, anónima , com os seus habitantes, em restaurantes que não privilegiem os turistas, em jardins onde se apanha sol na relva, nos mercados onde assisto às compras e imagino os cozinhados.

Foi assim, em Dresden.

Beijos,
Nina