domingo, 25 de setembro de 2011

Foi um filme de terror...

... daqueles que cortam a respiração, que torcem e retorcem as entranhas quando, à mercê de um poder tão maior que nós,  apenas resta o desalento, a entrega, a desistência.

Foi assim:
Pela manhã, abri o correio, publiquei comentários e, enquanto decorria a caminhada de todos os dias, deleneei a mensagem a postar.

À tarde, livre de solicitações, preparada para a entrega ao prazer imenso que é dar-me, dar o que penso, o que vi , o que me impressionou, o que me parece ser digno de compartilhar, confrontei-me com o monstro:

-Um cartaz vermelho, ocupando todo o ecrã, avisando da existência de um problema, transmitido por outro blog , que poderia permitir a entrada de Hackers e que tornava o meu espaço um território perigoso!

Ouvira pela primeira e única vez a designação "Hacker" quando li a trilogia do Millenium e, mesmo então, na minha santa ignorância, condescendi na hipótese de que tal  sinistra figura pertencesse apenas  ao mundo  da ficção.
Mais tarde fui esclarecida que pérfidas personagens, mestres da informática, têm, efetivamente, capacidade para se infiltrarem nos nossos domínios, com intenções reprováveis.

Pedi ajuda ... tinha que pedir, mas ninguém conseguiu resolver o problema.
O blog apontado como responsável pela possibilidade de me ter contaminado já foi, em tempos, no início desta aventura, muito visitado por mim.
 Aos poucos, porém, dada a pequena reciprocidade que a dona desse blog me concedia, a distância foi aumentado e, seguramente, que há várias semanas que não comento qualquer postagem.
Esse blog, por inércia da minha parte, continuava, contudo, presente no painel dos blogs que visito e que avisam sobre novas mensagens.

Há minutos atrás, numa derradeira e desesperada tentativa para resolver o horror, retirei o dito blog do meu painel, desfazendo, assim, o link existente e, como que por milagre, desapareceu a visão do inferno, vermelha, ardente, dolorosa, que ocupava, comia e destruía o meu plácido espaço verde.

O meu alívio foi equivalente ao horror de horas de verdadeiro desespero.
Não chorei, mas o nó na garganta sufocava-me.
Não imaginava que este espacinho, estrada de dois sentidos, que percorro, corro, divago, encontro e abraço, rio e gargalho, que abre portas de vidas, pontes que cruzo, avanço e recuo, fosse isto, uma parte tão doce da minha vida.


Dos amigos entendidos que consultei durante uma tarde passada ao telefone, recebi um inquestionável conselho, que compartilho:

Nunca, em caso algum, importar o que quer que seja de outros blogs, incluindo-se nesse número, os doces e queridos selinhos.
São, repito, um risco a não correr.

Aos que me visitaram e chocaram com o horror vermelho, peço  que esqueçam, que foi um susto, que eu estou aqui e não vou a lado nenhum e que não represento a mais ínfima ameaça para quem quer que seja.

Oxalá não sejam nunca vítimas de tal experiência.

Só quero esquecer.

Beijo, beijo, beijo ...
Nina