sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Amigos de infância





São o paradigma de uma amizade especial, daquela que sobrevive a ventos e marés, mais durável que qualquer ligação, mais durável que os laços de sangue, mais durável que o próprio casamento.
Por definição, nasceu na infância e perdurará por toda a vida, mesmo quando um dos envolvidos desaparece, continua a ser para o outro, o amigo de infância.
Acontece que com a vida tenho redefinido conceitos e aprendido excepções.
Tenho grandes amigos, alguns de infância, outros descobertos nos idos do liceu ou da faculdade, e tenho ainda outros, preciosos, íntimos, tão íntimos que poucas vezes se consegue uma tão profunda intimidade, descobertos, adulta feita, com vida sedimentada e organizada, em quem descobri tantas similitudes que, apesar da longínqua infância, se transformaram, por direito próprio em amigos de infância.
Já o sabia, apenas nunca o havia verbalizado.
Dei por mim, há dias, assistindo a uma entrevista ao eterno candidato a nobel da literatura, António Lobo Antunes, concordando entusiasticamente com o seu depoimento, quando afirmava que, "amigos de infância" podem ser descobertos no outono da vida e, de tão verdadeiros, tão próximos, ascendem, automaticamente a esse escalão.
Tive a sorte de, mulher feita, encontrar em, até então, desconhecidos, Amigos de Infância.
Por isso, por ser amada, sou rica e sou poderosa.

Beijos
Nina