quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Andorra



Encravado nos Pirinéus, fazendo fronteira com Espanha e França, situa-se Andorra, um páis que acena aos turistas com as sua pistas de Sky e com um comércio isento de taxas.

As pistas lã estão, ano após ano, Inverno após Inverno.
Quanto ao comércio, é cada vez mais florescente, mais agressivo e menos compensador.




Longe vão os tempos em que em Andorra se faziam boas compras.
Agora, " são mais as vozes do que as nozes".

A partir do crepúscupulo, quando as pistas de sky encerram, multidões invadem as duas (principais ) ruas de Andorra la Vella.
Uma torre de Babel de idiomas absolutamente estranhos.
-São russos e vêm em chusma, esclareceram-me.

As ruas são, então, uma festa inebriante de luzes e as lojas são invadidas por compradores.



Grande parte circula ainda com os fatos de sky, que o frio é cortante.

Nas montras, persistem os motivos natalícios apelando ao consumo dos espanhóis que, tradicionalmente, trocam presentes no dia dos Reis.

Os preços, mesmo com IVA reduzido, são astronómicos, mas, garantidamente, há bolsas para tudo.


E mais luzes, cintilantes, embriagantes...
Andorra é um microcosmos estranho.
Os habitantes são, na sua esmagadora maioria estrangeiros, sendo desses, uma elevada percentagem de portugueses.
Àqueles com quem falei, detetei uma enorme ânsia de partir, conjugada paralelamente com a necessidade de manter os compensadores vencimentos que, em tempo de crise, não podem desdenhar.
Uma balconista de Viana, aqui há quatro anos, garantiu-me que odeia as montanhas, prisão sem grades que lhe corta o horizonte.
As maiores saudades são do quintal plano, onde a mãe cultivava couves.
Comovente, muito comovente.

Estive em Andorra durante 1 dia.
Fiquei farta.

Beijos
Nina