domingo, 5 de fevereiro de 2012

Lagar de Eiras

Quem vem a Cerveira, debate-se, forçosamente, com a escolha do restaurante onde almoçar, de tal maneira a oferta é variada e tentadora.
É  a gastronomia minhota na sua mais plena exuberância de sabores e odores.

Porém, para diversificar e se surpreender, tenho uma sugestão, melhor dizendo, uma deliciosa sugestão:
Chama-se O LAGAR DE EIRAS, a que já me referi de passagem.
Atendendo, porém, à sua excelência, debrucemo-nos sobre o dito, que bem merece.

Fica do lado de lá do Rio Minho, em Espanha, a poucos Kms de Cerveira.
Cruza-se a ponte e seguem-se as indicações do GPS que rezam assim:

41 graus 55 minutos 36" Norte
8 graus, 47 minutos 15" Oeste

Estas coordenadas deixam-nos pertinho do Lagar, mas um pedido de ajuda a um transeunte, ajuda a matar a charada.
Reservar mesa, pelo telefone 34690017037, é sempre uma sábia precaução


Como já referi, é uma casa rústica e, logo à entrada, encontramos esta gracinha.

Um antigo guarda-louça ...

Recheado de peças ingénuas, cheias de encanto.

Este bengaleiro, separa uma das salas de refeições, dando alguma privacidade ao espaço. 


A vista é deslumbrante.
Sobre a mesa, o Alvarinho escolhido, uma cesta com pão variado e uns miminhos que oscilavam entre a massa dos sonhos e a do pastel de bacalhau, só para enganar a impaciência de quem, faminto, espera.




O interior do petisco , servido bem quente, apresenta-se assim, suculento.


Estes croquetes de porco preto, foram uma das entradas escolhidas.
Absolutamente impecáveis, no tempero, fluidez da massa, ponto de fritura.

As gambas "al ajillo" chegaram à mesa chiando, numa fritura que se prolongava no recipiente quentíssimo.
Com o seu molho de azeite e alho, estavam divinas.

Como prato principal, foi servido este arroz de robalo com marisco, polvilhado com umas ervinhas aromáticas que despertava todos os seus sabores.


Muito, muito bom, com o robalo no ponto certo de cozedura e o arroz caldoso, escorrendo livre, num perfeito casamento com tomates e pimentos.
Perfeito!

No regresso, vendo Portugal ali tão perto, do outro lado do rio, optámos por embarcar no ferry-boat, que, em menos de nada nos colocou na outra margem, já em Caminha.

Depois do opíparo almoço,  a brisa gelada afastou a sonolência.

Como se numa ilha nos encontrássemos, avistávamos, Espanha, Portugal e o Oceano Atlântico, ao fundo.

10 ou 15 minutos é, no máximo, a duração da travessia.

Para variar e enriquecer o sábado, é uma experiência que recomendo.

Beijos,
Nina