sexta-feira, 23 de março de 2012

João Pessoa

A 180 Km de Natal, situa-se João Pessoa.
A sua visita encontrava-se prevista nos "tours" opcionais a realizar a partir de Natal.
Dado que o tempo não garantia praia, dado que a cidade me havia sido referenciada como digna de uma visita, dado que é da minha natureza alinhar nos desafios, fui.

A alvorada foi indecentemente matutina e passo o pleonasmo.
 Às 5 da manhã houve que despertar e despachar, já que, uma hora mais tarde a "Van", pontualíssima,  surgiria à porta do hotel.
Inexplicavelmente, os dois lugares junto ao motorista não haviam ainda sido ocupados, embora o veículo estivesse lotado.
Sem me deter com conjeturas, sentei-me junto a um auto-denominado auto-guia, sósia perfeito de Caetano Veloso, versão 30 anos.
Desse lugar de excepção, pude fotografar, pedir informações, controlar o volume do som e dominar a intensidade do ar condicionado ... só vantagens, portanto.

O percurso duraria cerca de 3 horas e aqui realizou-se, a meio do percurso,  a primeira e única paragem técnica,

que, além do café, oferecia um buffett de doces e salgados.

Este desgraçadinho, com ar triste e famélico, vagueava entre as mesas.
Graças a mim poderá ter tido uma indigestão,  empanturrando-se, incrédulo, com a mais abundante refeição que alguma vez comeu.

Até que chegámos!
Eis João Pessoa, capital do estado da Paraíba.

Esta é a zona antiga da cidade.
De referir que existe um impedimento legal de derrubar qualquer prédio.
Daí o seu aspeto limpo e preservado.
Lamento, apenas, que os cabos de alta tensão se encontrem visíveis e não enterrados no solo.

A cidade foi criada em 1585, recebendo, então, o nome de Nossa Senhora das Neves,

... sendo considerada uma das cidades do nordeste brasileiro, que melhor qualidade de vida oferece aos seus habitantes.

Recebeu o nome de João Pessoa, em homenagem ao político que a governou, e que foi assassinado em 1930, no Recife, devido a obscuros motivos políticos e/ou passionais.

A fachada majestosa e encantadora do Hotel Globo, hoje monumento nacional, outrora frequentado pela nobreza e por poderosos.

O hotel, aberto ao público, exibe detalhes clássicos e as vitrines, objetos da sua fundação.

Móveis e espelhos da época, indiciam o luxo de outras eras.
Vizinho, o convidativo teatro.



Ao fundo, o rio Sanhauá, nas margens do qual, cresceu a cidade.
Para onde quer que se olhe, por onde quer que se caminhe, as árvores frondosas, as flores em cacho, estão lá.
Por esse motivo, foi , durante a realização da ECO 92, considerada a segunda capital mais verde do planeta, perdendo apenas para Paris, a primeira.

A cidade é uma montra gigante, sortida e variada, suculenta, repleta de encanto.
Ah! E não choveu e nem mesmo a ameaça de uma nuvem se mostrou no céu azul.
Muito, muito mais há para mostrar.
Amanhã, que este local merece tempo, calma, olhares prolongados, intervalos de sorvete e água de coco.
Amanhã, amanhã ...

Beijos
Nina