terça-feira, 17 de abril de 2012

Era uma vez um terraço.

Neste terraço, protegido da agreste nortada, as plantas crescem numa exuberância quase tropical.
E, este Ficus, imponente, desenvolveu-se até atingir uma incrível dimensão, quase sem exigências.
Era um pouco de água agora, um pouco daqui por uns dias e ele, abençoado, crescia, ultrapassando o próprio telhado.
Nele, os pássaros pernoitavam e namoravam , enquanto, eu, embevecida, o observava com ternura.

Ao lado, um limoeiro, bem menos exuberante, mas igualmente generoso.
A seguir, outro ficus, menor, é certo, mas igualmente belo.
Parece ser uma história de sucesso, não parece?


Mas não é!
Aliás, transformou-se num pesadelo, quando, no fim de semana , uma rajada forte fez tombar o ficus gigantesco.
Havia que recolocá-lo no seu devido lugar e, foi então, que o horror invadiu o terraço tropical.



Pelos furos de drenagem, as raízes haviam escapado, enlouquecidas, deslizando sob as lages, procurando nutrientes,  crescendo, crescendo sempre.



Foi , então, necessário levantar lages, esventrar o terraço


e decepar arbustos!


O que até há pouco era o lar de passarinhos, tombou assim, amputado e condenado.
As raízes, vorazes, essas espalharam-se por toda a superfície do terraço, havendo que retirá-las.

Foi uma história linda com um final triste.
Dela há que retirar ensinamentos:
-Sob os vasos, devem ser colocados pratos, sempre.
- Árvores de grande porte, melhor será destiná-las a jardins.
Incrédula com as proporções do desastre, não hesitei, em tomar as medidas que se impunham, mas que tive pena, tive.
Tive muita pena!

Beijos,
Nina