domingo, 13 de maio de 2012

Este ...


... é o vale dos fetos, mas parece muito mais ser o vale das fadas.
Localiza-se  no   Bussaco (Buçaco) e configura um mundo à parte, dentro do mundo em que nos movemos.
Tudo quanto o olhar alcança é verde; tudo quanto o ouvido capta é murmúrio, murmúrio de vento entre os ramos, murmúrio de asas que batem algures, murmúrio de água deslizando. Os próprios visitantes, intimidados, neste templo verde, murmuram.
O ar adoça-se e o peso da atmosfera ameaçando tormenta, dissipa-se. O ar é leve e fresco e ameno e suave.
Estamos no Buçaco (ou Bussaco).
Estamos fora do mundo.
Estamos noutro mundo!



Imponentes, as árvores elevam-se, crescem em direção ao céu.
Por nesgas, a luz do sol penetra, risca o verde e em riscos retos atinge o solo.

Fetos gigantes imperam...

... e, de quando em quando, a ramaria tinge-se de amarelo.

O solo é um imenso tapete verde ...


... caprichosamente rasgado por relâmpagos de cor, laranja ...

... roxo e ainda todas quantas  irrompem de combinações misteriosas.


Este é todo o céu que é possível observar...

... enquanto, cá em baixo, serpenteiam caminhos!
Ontem, sábado, voltei ao Buçaco!
Foi destino repetido uma e outra vez, quando criança.
Deve ser por isso, pela força das minhas memórias de menina, que continuo, expectante, esperando que um bando de fadas me acolha, neste palácio verde onde, tenho a certeza absoluta, habitam.
É o vale das Fadas.

Beijos
Nina