domingo, 10 de junho de 2012

Domingo ...

... nasceu chuvoso, cinzento. Caminhar junto à praia, nem pensar.
Afastados ténis e  roupa desportiva, ataviei-me para ir tomar um cafézinho e ler os jornais diários num local confortável.
Como não está frio, optei por um conjunto bem fino, seguindo o esquemas das sobreposições em tons pálidos, numa paleta muito explorada nos filmes ingleses cuja acção se desenrola no verdejante Country.
É a paleta das não cores, dos brancos e beges em variações múltiplas.

Nada novo, nada recente, tudo usado e mais que usado.



Colares e fios, sempre eles,  atores  de relevo no resultado final.

A tarde seria de costura.

No meu mundo verde, cogitei novidades.

Porém, um fracasso absoluto viria a ser o resultado da tarde.
Foi irritante e frustrante.
Saí para espairecer e esquecer.
Vim falar com as plantas,

... cheirar a perfumada hortelã ...

... espreitar a pujante Physalis ...

... atrever-me a antever gordas abóboras ...

... confirmar o crescimento das maçãs ...

... mergulhar no colorido das hortênsias ...
 ... e acalmar!
Foi por pura distração que ocorreu o fiasco!

Decidira reproduzir em tecido este cesto que, na bancada da minha casa de banho, acomoda diversas embalagens.

Seria uma réplica deste cestinho em tecido...

Só que, por distração, cometi um erro grosseiro que pôs tudo a perder.
No momento em que se transforma o saco em pacote de leite, conforme as indicações de  Cinária Mendes , errei e o saco virou trapo e não cesto.
Já arrumei tudo, já me dediquei a outras causas, já sei como não errar e, na próxima tentativa  o êxito está garantido.
Acho que quando ocorre um desastre, o melhor é manter a distância, deixar a poeira assentar e regressar somente quando a vontade surgir.

Entretanto, continuo às voltas, no carroucel que é esta almofada, brincando com a sucessão das cores.

Esta antecipação, pode e deve ser alterada ao sabor dos meus humores.

Enquanto isso, a flor gigantesca continua a crescer.

Beijos
Nina