quinta-feira, 28 de junho de 2012

Subvertendo os meus rituais ...





... não posto qualquer página desde a última segunda-feira, dia 25, último dia de estadia no Algarve.
Foi um dia em cheio, de muito, muito calor e com a água do mar a sofrer uma subida de 3 graus, que permitiu nadar, nadar, até mais não querer.
Depois foi o regresso ao hotel e a parte chata de empacotar a tralha que, como sempre, apesar de não ter comprado nada, teimava em não caber na mala.
Cumprida a tarefa, seguiu-se um jantar excelente, em Santa Luzia, perto de Tavira, no Restaurante Capelo, que não inventa nada, limitando-se a servir o que de mais rico e fresco o mar oferece.

O Capelo situa-se nesta marginal, frente à ria.

As saladas, polvilhadas com oregãos e regadas com azeite e vinagre, são apenas isso, saladas, muito frescas, muito saborosas.

Os robalos selvagens, assim chamados porque nada têm a ver com os viveiros, são servidos escalados, divididos ao meio, seguindo a espinha principal e assim grelhados. No final recebem o perfume do azeite, alho e salsa finamento picados.
Apenas isso!
Por isso, cada garfada sabe a mar, a algas, a vento salgado!

No final e porque uma vez não são vezes, um Dom Rodrigo, o expoente máximo da doçaria tradicional algarvia, uma mistura de caramelo, canela, amêndoa, figos e doce de ovos!

Quando o sol se põe, o quadro compõe-se, majestoso, único, espelho brilhante na noite que se avizinha.

Terça-feira, dia 27, nasceu particularmente escaldante e abafada.
Até às 16 horas, junto ao mar, adiou-se a partida, que, por fim se realizou.
Atravessar o Alentejo, com temperaturas que rondavam os 42 graus, foi sauna pura, apesar do benefício do ar condicionado.
Rezam os registos que este foi o dia mais quente do ano.
Já em casa, dado o adiantado da hora, pouco foi feito.
Ontem, quarta-feira, esse sim, foi dia de todas as tarefas.

Para começar, houve que registar as baixas.
Esta azálea não resistiu aos ardores atmosféricos. Morreu!
Será substituída em Setembro, já que a minha experiência me tem ensinado que esta é uma má época para apostas e investimentos na jardinagem.

Salsa e coentros tiveram o mesmo destino.
Só a hortelã resistiu.
Há que ser otimista... o terreno agradecerá este período de repouso e, no próximo Outono, estará mais que apto para
 receber novas sementes.

No meu terraço, onde um sistema de rega gota-a-gota funciona, recebi este presente.
São abóboras!
Será que ultrapassarão a fase da flor?
Para contrabalançar o desastre das varandas, esta pujante plantinha encheu-me de alegria.
 Ontem, foi portanto, um dia carregado de tarefas. Ainda assim, consegui desencantar 1 horinha para visitar a Andreia que, com as suas mãos de fada, me devolveu um ar de gente.
Depois de jantar, à hora de todos os sonos e de todos os lazeres, para relaxar, iniciei um novo trabalho.

Será um tapete, seguindo o modelo da Sónia Maria (Falando de crochê) que já reproduzi.
Porém, agora, pretendo utilizar uma cor diferente e tecer um tamanho bem maior.
O desafio de converter as meadas em novelos, resolvo-o assim, juntando duas cadeiras, sendo que o resultado é plenamente satisfatório.
Feito o balanço da atividade de ontem, está justificado o meu silêncio.

Beijos
Nina