sábado, 30 de junho de 2012

No cesto dos desastres ...


... sim, porque tenho um para esse fim, repousava, envergonhada, uma perfeita avaria da costura que já aqui referi. Era para ser um cesto em pano e virou uma coisa imprestável, graças à fatalidade de um corte mal executado.
Pois, lá no canto dos desastres, muito triste, espreitavam os vestígios da minha incompetência.
Conhecendo-me como me conheço, sabia que era apenas uma questão de tempo ... não ficariam abandonados eternamente.
Ontem, peguei, então, naquele rolo disforme e comecei por, ponto a ponto, desfazer as costuras.
Depois medi, cortei, dei-lhe forma, considerei as dimensões.
Nasceu isto:

Uma almofada!

Os tons pastel e a estampa floral, sublinhados por uma rendinha ingénua, fizeram o resto.

A parte de trás, num quadriculado rosa e branco, pede um quarto de menina.

E, de qualquer dos ângulos, seduz-me!

Estes motivos florais são sobras de uns cortinados em chintz que, no seu tempo, vestiram um quarto , conjugados com uma colcha idêntica.
Na altura, o resultado foi muito feliz.

Dele restava este retalho mínimo que tem a capacidade de rebobinar recordações muito doces.

A almofada já tem dona.
Oferecia-a, ontem, a uma pessoa muito especial, muito querida para mim e verificar que lhe agradou foi a mais completa afirmação de que o trabalho valeu a pena.

O que não valeu a pena foi o colapso da máquina de costura.
Avariou e temo que seja coisa grave.
Segunda-feira passará pelas mãos sábias do especialista que lhe ditará o destino.
Entretanto, tenho dado uns tímidos pontitos à mão, mas ... não é a mesma coisa!

Hoje, sábado, rumei a Cerveira, com céu feio, vento e até alguma chuva.

Há duas ou três semanas que não a visitava e o meu coração ressentia-se!

Saudades, é o termo, tinha saudades!

A fatiota é básica e confortável, mas no pulso, brilha esta maravilha: uma pulseira em quartzo rosa rematada por um coração no mesmo material.
Foi prenda!
Gostei, gostei tanto, que não vai abandonar o meu pulso!

Contra o meu hábito, hoje fiz umas comprinhas, coisa pouca, mas irresistível.


Estas sandálias!

Lindas e confortáveis ...

... modernas e versáteis!
Por quase nada.

Estou há horas com elas calçadas e nem ponta de desconforto! É que os meus pés são de uma fragilidade irritante. Tudo me dói, tudo me incomoda!
Estas sandálias, não!
Ainda há achados ... 10€ de sandálias, olarila!

O almoço foi simpático ... confesso, foi muito bom, embora calórico e, ainda por cima, no final, arrebatei este prémio extra:


Um raminho de gerânio que, será envasado e, se tudo correr bem, encherá de alegria os meus olhos, quando, no tempo certo, florescer.
Lembro-me que, dantes, quando não éramos tão novos-ricos, se obtinham as plantas por propagação de estaca, sem recorrer, por dá cá aquela palha, aos hortos, que são muito lindos, muito tentadores, mas que custam dinheiro.
  Isto para não falar do enorme prazer de ver crescer o que se planta.

Beijos
Nina