quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Home!!!!


Como dizia o ET!
Morta de vontade de regressar a casa. 
Desconfio que cada vez me apetece menos ir, partir, deixar o meu ninho.
Mesmo assim vou aderindo, digo que sim e faço malas e um pouco de frete, diga-se, que ninguém me ouve.
Estas, as malas, cada vez mais básicas, mais frugais, limitando o empacotamenteo ao mínimo dos mínimos.

Começo pelos sapatos. Só um par suplente e seja o que Deus quiser.
Saio de ténis, como vejo a maioria dos pés que comigo se cruzam  e como a imagem comprova, no belo, belíssimo, aeroporto Sá Carneiro, o meu aeroporto.


Aconselho jeans, ténis e chapéu.
Dão com tudo, compõem o look pelintra e escondem a desgraça em que infalivelmente o cabelo terminará.


Milão, aeroporto de Malpensa, foi o início do tour.
Estava tudo tão lindo, tão outonal, dourado e laranja com um pouco de verde à mistura.
No céu azul, uns farrapinhos brancos.
Temperatura amena com noites gélidas.
 Deixamos a Itália pele fronteira de Trieste para dormir em POSTOJNSKA, na Eslovénia.
Aí as grutas.
Se não fosse por outro motivo, este justificaria a viagem.
São deslumbrantes, maravilhosas, uma verdadeira renda em pedra. Estalagmites e estalactites encontram-se formando pilares de uma brancura lunar, desenvolvidas ao longo de milhares de anos.
Merece a visita, sim.
Em absoluto.
Fotografias, não tenho. Eram proibidas para preservar o ambiente.
Há que acreditar na minha palavra.
Se apenas me fosse dada uma opção de visita, escolheria este lugar mágico.


A segunda noite foi passada em Zagrebe, capital da Croácia, que visitara há alguns anos atrás.
Mas como mudou, quanto evoluiu!
As pessoas estão diferentes, mais alegres e comunicadoras falando um fluente inglês.

Eu que não vou cá em ditaduras, venham elas de onde vierem, prefiro este povo rejuvenescido.
As mulheres têm um ar desenvolto e moderno. Ocupam os locais de lazer a par com os homens, sinal de independência e que podem pagar o que gastam.
Gostei.
E são giras que se fartam. Com um bom gosto irrepreensível. E tão simpáticas e comunicativas! Fartei-me de conversar e rir com elas.

Janelas e varandas têm este aspeto!
Só podem ser ocupadas por gente de bem com a vida!

Tirando umas coisinhas que comprei para oferecer, comigo não fiz a menor despesa. Gostei, no entanto de admirar estes miminhos. Umas caixinhas fofíssimas revestidas a crochê que transformam qualquer casa de banho num "luxo"!

Lavanda aos molhos, aos montes, em ramos e saquinhos. E chinelos e gorros e cachecóis e caixinhas!!!!

Mais tentações.
São pistas para o modo de vida destas pessoas.

As igrejas, ao fim de algum tempo, acabam, inevitavelmente, por se repetir. Nelas se entra de pescoço torcido e se sai com a sensação de djeá vu. Há, contudo, excepções, como este anjo que quase voa.

O marketing em todo o seu esplendor.
Uma jovem em trajes típicos vendia souvenirs.
Atenção ao laçarote nas meias ao nível do joelho.
Recuso-me a aderir, garanto, e quanto às tranças nem pensar!
Mas cada um sabe de si!

A bandeira!
O xadrês vermelho e branco constitui o verdadeiro símbolo nacional.



Isto é o que eu chamo uma agradável sala de chá.
Confortável, cuidada, de um total bom gosto.
Comem-se bolinhos e bebe-se chá ou sumos.
Gostei!

Na parte velha e alta esta igreja que para dizer a verdade, esqueci o nome, embora fechada, apresentava este magnífico telhado.
 À volta, tudo muito cuidado, imaculadamente limpo e oferecendo um espaço onde se deambulava na maior segurança.
Zagrebe é uma cidade pequena e o que a torna diferente vê-se em poucas horas.
Nas sobrantes desse dia, visitamos os arredores o que é importante para auscultar a verdadeira pulsação do país.
Numa terreola com um nome irrepetível de tão estranho, mas onde os locais se deslocam nas horas de lazer, encontrei uma multidão que saboreava  isto,

... pasteis de "Mil folhas"!
Muito bons, para ser justa, e os quatro portugueses trataram de dividir irmamente um.

Acabo de deixar um cheirinho dos dois primeiros dias.
Agora vou cumprir, com o maior gosto, a minha obrigação:
Responder aos meus amigos queridos que não me esqueceram durante esta prolongada ausência.
Vou.
A todos ao mesmo tempo, é tarefa impossível.
Mas, paulatinamente, visita-los-ei a todos. Porque gosto muito destes meus amores.
Gosto de verdade.
Juro.

Beijos
Nina