quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Aprendendo, sempre!

Tenho, há muitos anos, um livrinho precioso, um livrinho que ensina a quem não sabe quase nada, os princípios do tricô.
Tenho um livrinho precioso e muito atrevimento!
Tenho um livrinho precioso, muito atrevimento e igual quantidade de curiosidade!
Tenho, pois, todos os ingredientes para, temerária, me lançar sem medo e sem  pudor nas mais ousadas aventuras que envolvam fios e agulhas!

Daí que, naturalmente, sem constrangimento, nasceu, há dois ou três anos, este vestido.
Nos meus primeiros passos, tímidos e inseguros, na blogosfera, mostrei-o.

O vestido é lindo, num verde pistachio que, para além do branco, é a minha grande debilidade.
Está novo, porque, quente como um fogareiro, raramente o visto.
Agora, com este ar polar, sabe bem, especialmente em casa, onde a comodidade é um imperativo.
( Atenção que comodidade, não deve, não pode, ser sinónimo de desleixo ...  o tema ficará para outra oportunidade!)



Então, nele, no corpo, desenrolam-se tranças cujo esquema segui concentrada.

Na cintura, umas quantas carreiras de canelado, que o corpo da mulher quer-se elegante!

A saia é uma sucessão de curvas, de mates e aumentos cujo efeito me deixou rendida. É mesmo bonito!

Tem gola alta, que, me apeteceu rematar com esvoaçante borboleta.

Porém, apesar do quanto me agrada o conjunto, hoje, fá-lo-ia com algumas alterações, a começar pelas mangas que tricotaria mais largas e em canelado.
Confesso que, no fundo, congemino projetos ... refazer o vestido, noutra cor, com outros pontos, o que me leva à fase da meditação sobre a cor. Não sei (ainda) qual será. Mas, se me conheço, é deixar a ideia germinar e, num dos próximos dias, sem hesitações, determinada e decidida, sairei para adquirir o fio e pôr mãos à obra, nas noites frias de lareira.

Beijo
Nina

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Peras!

Gosto muito de peras! Especialmente da Pera Rocha, a genuinamente portuguesa, que agora se compra no seu melhor.
Se chegam duritas a casa, em dois, três dias, adquirem a consistência perfeita, maravilhosamente doces e sumarentas, desfazendo-se na boca,
No Lidl, esta semana, encontravam-se em promoção e comprei umas quantas embalagens.
É que a pera é extremamente versátil! Veste qualquer papel e desempenha-o na perfeição.
Digamos que não há peras más!
Não há!
Cruas, em salada de fruta, em Tatin, em tarte ou torta, não falham!
Acompanhando assados, ao natural ou ligeiramente caramelizadas, são divinas!
E adoçando um picante caril? São exemplo de casamento perfeito que, ao menos na culinária, vão existindo:-)!!!!

Porém, estas perinhas tiveram um destino inusitado. Fiz compota ( e agora vem o inusitado ...), compota de pera com vinho do Porto!
Absolutamente gourmet!

Comecei por descascar as ditas.
Tarefazinha chata, já que eram muitas!
Depois, reduzi-as a cubinhos sem preocupação de regularidade, já que o seu destino final lhes amaciaria as arestas!

Cá estão elas, aguardando a faca e a panela, lindas e fotogénicas.

Na panela, valsaram com igual peso de açúcar e um generoso copo de vinho do Porto.
E valsaram, e valsaram, e valsaram mais ainda, até que o caldo atingiu o ponto perfeito, o Ponto de estrada!

Encheram frascos...

... e mais frascos ...

... mostrando, à transparência o seu conteúdo sedutor.

Já provei!
DELICIOSA!

Beijo
Nina

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Branco ...

... tudo branco.
 Gosto!
Na decoração é a minha combinação de cores favorita, quando o menos é mais.


Preguei a renda Pote de mel num retalho de linho branco.
Foi na tarde de ontem, segunda-feira, sozinha, com a casa toda por minha conta, sem interrupções, sem chamamentos.
Costurei, portanto!
Sempre concluo que a costura é uma atividade muito gratificante, pois paga dividendos imediatos, diferente do tricô ou do crochê, que se vai fazendo, evoluindo, lentamente, com o decorrer do tempo.
 




A toda a volta, um zig-zag miudinho.
Nele nascerá o acabamento, um biquinho que copiarei dum individual antiguinho e muito estragado.
Depois de pronta, a toalha viajará para a mesa branca da minha cozinha branca.

Aliás, tenho para mim, que toalhas, guardanapos e afins, só ganham em ser brancos, já que as inevitáveis nódoas,  são vencidas, apenas, pela lixívia.
Assim sendo, tudo quanto seja tecido estampado não me convence.

De vez em quando, muito de vez em quando, sou atacada por paixões fulminantes face a tecidos estampados. Arrependo-me sempre. Cansam-me, além de, rapidamente passarem a exibir marcas de uso que muito me desagradam.
Mesmo a nível de roupas de cama, a minha opção se mantem,
Sou, portanto, fã dos brancos, "ah!, mas sujam-se muito e nota-se tudo ...", há quem, prudente, me contrarie.
Não interessa! Se sujar, lava-se! Que interessa que "não se note" e esteja sujo?
 Nã ... branquinho, quero tudo branquinho!

E, nessa onda, continuo, à noite, ao serão, crochetando "tampas" para as minhas compotas.
Termino, pelo menos uma, por noite.

E agora, sem esquema!
Um olho na TV, um olho no crochê e lá vou avançando ao sabor da inspiração do momento.
 Refletindo, concluo que tenho uma dúzia de trabalhos começados, o que não abona nada a favor da minha organização, é certo, mas abona muito a favor do meu entusiasmo!
E, sendo branco, já se sabe, não resisto ao desafio.

Beijo
Nina


segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Sobremesa ou aperitivo?


Quando preparei e mostrei o Doce de Abóbora  (ver aqui!) , da Montana ( minha amiga querida!), recebi a sugestão de servir o tal docinho, acompanhado por Chévre e envolto em massa folhada.
O queijo de cabra entra, como clássico, na preparação de muitas entradas. Eu própria faço um "vistaço" quando o sirvo com ameixas pretas em caixinhas de massa filo.
Porém, no caso presente, dado o forte sabor doce da abóbora, pareceu-me que resultaria numa excelente sobremesa. Não me enganei!


Fiz uma espécie de envelope recheado com uma grossa fatia de chévre e uma farta quantidade de doce. Fechei. Levei ao forno até a massa folhar como lhe é devido e corar ligeiramente.

Para evitar confusões ( entrada ou sobremesa?), polvilhei abundantemente com icing sugar ...

... e uma chuva fina de canela!

Ficou ... dos deuses! Tão bom, mas tão bom ... que não encontro os adjetivos que lhe façam justiça.
Tempo de preparação?
Uns minutinhos. O forno faz o resto.
Nenhuma desculpa para não experimentar!

Beijo
Nina

domingo, 24 de novembro de 2013

Fim de domingo...

... fim de fim de semana. Novo ciclo. Ciclos que se sucedem a uma velocidade excessiva.
Será porque muito preenchidos?
Dei-me conta de que, de hoje a um mês será véspera de natal! Como voou este ano!
Tão cheio, tão repleto de rotinas, mas também de inovações!
Aqui mesmo, no blog, amigas anunciaram  gravidez, apresentaram bebés, partilharam projetos, mostraram novos mundos, em novas paisagens, em novos locais para onde se mudaram.
 Infelizmente, também partilhamos tristezas, desgostos profundos, separações irreparáveis. Chorámos juntos.
E assim a viagem continua.
E nós atentos e nós participantes, não meros espectadores.
Obrigada ao blog que nos junta nesta cadeia.
Daí que, todos os dias, sem excepção, o blog toma tempo do meu tempo. Ainda que muda, ainda que inativa, aqui, não arredo pé.
O fim de semana passou, está prestes a terminar.
Com muito frio, mas céu gloriosamente azul! Amo este inverno que ainda não é.
Vi, vivi amigos queridos. Rimos muito, num mundo de passarinhos lá fora e lareira acesa cá dentro.
Esquecemos dietas e regimes e comemos tudo quanto apeteceu. E vinho, o vinho também presente.
Hoje, em família, no calor da intimidade espontânea, visceral. Amo a sorte que me permitiu nascer nesta família.
E o tempo voa.
Vou (vamos) focar no importante, no essencial e ser felizes.
Uma feliz semana para todos!

Beijo
Nina

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Toca do tricot e crochet

Visito  assiduamente e sempre com imenso prazer o blog da Sónia, uma amiga talentosíssima e extremamente delicada.
Dela recebi o esquema desta beleza:


A renda do pote de mel. Irresistível de tão linda.
Da Sónia, recebi também um monte de sugestões para confecionar "as tampas" para os frascos de compota.
Muito obrigada, amiga!

O motivo não poderia ser mais ingénuo e, por isso mesmo, encantador:
Um frasco de mel ...

... corações ...

... e borboletas!

Aplicarei a renda numa toalha, num modelo que estou a congeminar!
Quando pronta, exibo!

Beijo
Nina

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Biscoitos de Muesli




Ei-los, de novo! Crocantes e com um irresistível sabor a frutos secos, que lhe vem do Muesli!

Respondendo ao pedido das(os)  meninas(os) mais gulosas(os), aqui vai a receita:

INGREDIENTES
100 g manteiga
1 chávena açúcar
2 chávenas de flocos de cereais com frutos secos (Muesli)
2 ovos
2 chávenas de farinha com fermento

PREPARAÇÃO
Amolecer a manteiga e juntar-lhe os restantes ingredientes, misturando bem.
A massa deverá ficar com consistência que permita moldar bolinhas. Se, por acaso, se agarrar às mãos, significa que necessita de um pouco mais de farinha.
Coze em forno quente, 200 graus, cerca de 15 minutos, em tabuleiro untado com manteiga e polvilhado com farinha, ou revestido com papel anti-aderente apropriado.
Guardar em caixas herméticas.
Ideal para acompanhar chá ou café.

Beijo
Nina

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Fios de renda


Gosto muito de visitar a Manuela aqui, no blog FIOS DE RENDA, repleto de sugestões românticas, antiguinhas, lindíssimas, para mim irresistíveis e, não é a primeira vez que nelas me inspiro e as reproduzo.
Desta vez, pretendia encontrar um modelo que se adaptasse às tampas dos frascos de compota.
Parecia-me que ganhariam um encanto extra se, para além do sabor delicioso, conquistassem pela vista, já que, como se sabe, "os olhos também comem".
Pedi à Manuela (e a outra amiga de quem mais tarde falarei...) ajuda, sugestão, modelo e, recebi-a prontamente.


Este círculo tem a medida exata, a transparência exata e a conclusão exata.


Faz-se, nas calmas, durante um serão ...

... e o efeito é este:

Maravilhoso, no jogo com a cor viva da compota, que nem apetece abrir, que se hesita em comer, para não perturbar a perfeição do conjunto.
Parece-me ser o presente perfeito para o Natal, único, original e de um absoluto bom gosto.
Este é o primeiro de muitos.
Muito obrigada, Manuela!

Beijo
Nina

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Bolo de laranja com chocolate

Os vossos pedidos são ordens!
Tenho o maior prazer em fornecer a receita do bolo de laranja com chocolate:


INGREDIENTES:

150 g de manteiga + 1 colher de sobremesa
250 g açúcar + 10 colheres de sopa
4 ovos
3 laranjas grandes e sumarentas
150 g de chocolate em barra
200 g farinha
1 colher de chá fermento em pó




PREPARAÇÃO

Bater a manteiga amolecida com  250 g açúcar, até obter um creme esbranquiçado e homogéneo.
Juntar as gemas, a raspa da casca e o sumo de 1 laranja.
Adicionar metade do chocolate picado grosseiramente.
Depois de tudo bem ligado, adicionar a farinha misturada com o fermento, alternando com as claras batidas em castelo firme.

Untar uma forma com manteiga e polvilhar com farinha.
Despejar a massa e cozer a 180 graus durante cerca de 50 minutos.

Entretanto, descascar as restantes laranjas, MUITO finamente, de modo a que só se retire o vidrado e cortar em tiras muito finas.
Levar ao lume as 10 colheres de sopa  de açúcar restantes com o sumo das 2 laranjas.
Quando ferver, juntar as cascas de laranja e deixar que ferva 5 minutos em lume brando.
Retire-as sem líquido e seque-as no forno.

Desenforme o bolo e, ainda quente, regue-o com a calda de laranja.

Cubra com o restante chocolate previamente derretido no micro ondas com a colher de manteiga.
Enfeite com as casquinhas de laranja.

Beijo
Nina




domingo, 17 de novembro de 2013

Domingo pequenino ...

... como são todos os domingos.
Não entendo esta urgência de acabar, esta ânsia pela segunda-feira. Mas é assim! Sempre foi e sempre será.
Quem me mandou, então, ficar na cozinha?
Quem?
Ainda mais agora que escurece tão cedo, às 5 da tarde, quase noite, cozinha desarrumada e duas sobremesas prontas, dois pretextos, dois incentivos para pecar. Como se eu precisasse de pretextos e incentivos ...
Mas, pronto, admito, queria testar duas receitas. E testei. E aprovei!


Um bolo de laranja com chocolate!

É uma combinação irresistível!
Laranja, com a sua ligeira acidez + o sabor forte e denso do chocolate negro!
Ainda não provei, como documentam as imagens, mas ponho as mãos no fogo  pela garantida delícia do casamento.

Para disfarçar a gula despudorada, moldei uns biscoitinhos, umas bolinhas em cuja confeção entra uma grande quantidade de Muesli, o que confere a ilusão de que são perfeitamente inocentes e inofensivos.

Mentitra! Não são!
São perfidamente viciantes.
Comes um e estás perdida!
Não paras!

Na minha mesa da cozinha, repousam estas tentações.

Assim gastei a tarde de domingo.
Agora chega!
Há filmes e séries e mais filmes que me esperam esparramada no sofá em louvor à preguiça absoluta.
A ver se me fico pela preguiça!
A ver se expulso a gula!

Beijo
Nina

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Ainda na cozinha ...

... sou dada a aproveitamentos, a economias! 
Digo não aos desperdícios!
Quando uma caixita, no frio, guarda umas sobras, trato,( tento) dar-lhes destino.

Face a duas fatias de presunto, daquele que se compra fatiado e que liga lindamente com o doce melão, em entrada diferente, lembrei-me de as transformar em croquetes.


Necessário foi uma boa dose de creme Bechamel, bem temperada e bem espessa.

Ao creme, junta-se o presunto picado.
E vai ao frio, até ganhar consistência que permita moldar os croquetes.
Depois, é passar por farinha, ovo batido e pão ralado.
E fritar!

Ficam assim, estaladiços e crocantes por fora .
Por dentro, cremosos e aveludados!

Não tem nada que saber!
São deliciosos!

Beijo
Nina

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

A minha cozinha ...


... está assim:


Uma abóbora gigante, descascada, cortada em minúsculo cubos, exigirá muitos quilos de açúcar, muitos paus de canela, muita casca de laranja ... até ser transformada na deliciosa compota a que ninguém resiste.

Entretanto, dado o sucesso da marmelada, comprei 3 Kg de marmelos que, durante a tarde foram preparados -- a parte chatinha da coisa --- e agora já borbulham  para, quando cozidos, serem reduzidoas a puré e transformados em marmelada.

Exigem atenção.
Num virar de costas, a calda subiu e derramou-se, acidente a evitar a todo o custo, já que carameliza e é um sarilho para a remover da placa.
À cautela,  vou vigiar!
Já cheira a marmelada!

Beijo
Nina

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Costura + ponto de cruz = saco

Finalmente... finalmente conclui o saco!
O mais fácil e o mais divertido foi bordar, em ponto de cruz, o esquema antiguinho. Gostei muito do resultado. Depois, escolhido o tecido, um retalho que trouxe da feira de Espinho, por 1€, lá passei à costura.


Não sendo o primeiro saco que confeciono, a sequência das diversas fases é muito simples.

O  pior aconteceu quando, recheado com a manta térmica, a máquina de costura se engasgou, partindo constantemente a linha. Um desespero que obrigou  a intervalos forçados, sob pena de não concluir a empreitada.
Isto da costura é muito lindo, muito gratificante, muito tudo, mas se a máquina (foleira) sabota ... não há paciência que resista.
A máquina é chinesa e está tudo dito.
Em Dezembro, irei a Inglaterra e, já bem informada, comprarei uma máquina de costura de jeito!

Dei por concluído o saco, simplificando os detalhes.
Ainda assim, parece-me bonito , servindo a função para que foi criado:
-Guardar os trabalhos que, à noite, vou realizando, um olho na TV, outro no trabalho que não exige muita atenção e vai crescendo alegremente.
É, entre outras, a vantagem do tricô. 
Entre mãos tenho uma gracinha para um bebé que ainda é apenas projeto de gente. Nem mesmo o sexo é conhecido.
Daí que ataquei o amarelo. Claro, muito clarinho. Será exibido assim que pronto.

Entretanto e graças ao saco, acabou a bagunça no sofá da sala.
Tudo arrumado, tudo nos conformes.

Beijo
Nina

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Castanhas assadas!


Não é lá porque é São Martinho, quando se come castanha e se bebe vinho ( o provérbio não é exatamente este, mas este é o espírito ...) que eu me vou a elas, às castanhas.
Gosto muito e como-as ao longo de todo o ano (congeladas) e, agora, que é época delas, ainda mais.
Na sua forma mais pura, assadas, com sal grosso, são as melhores.
Confesso que não me saem muito bem e, por isso, quando as quero bem tostadas e quentinhas, compro-as na rua, onde o cheiro da sua assadura perfuma o ar outonal.
Em casa, para não correr riscos, cozo-as  durante 20 minutos em água temperada com sal e erva doce.
Ficam deliciosas.

Acontece que, no último domingo,  no Notícias Magazine, pensei ter descoberto o segredo das castanhas assadas na perfeição:



Foi nesta página ...

... nesta mesma página, que me foi revelado que poderia recorrer ao micro-ondas.
!0 minutos na potência máxima, com sal, num recipiente fechado, assim reza o texto.
 Pois assim fiz!
10 minutos volvidos, espreitei, cheirei e provei.
Encontrei um recipiente repleto de pedras, calhaus, seixos, armas de arremesso, mas, infelizmente, NÃO de castanhas assadas.
Não funciona, mesmo!
Desaconselho vivamente a experiência, e, querendo castanhas assadas, quentes e boas, quentinhas, é comprá-las na rua, sem risco, sem decepção.

Beijo
Nina



domingo, 10 de novembro de 2013

Torta de doce de abóbora com coco


Os brasileiros chamam-lhe Rocambole, os espanhóis Brazo de Gitano, aqui, chamámos-lhe Torta, mas também já ouvi chamar-lhe Bolo Enrolado, que é, de facto, o que ele é.
Trata-se de uma massa fofa, assada em tabuleiro, desenformada enquanto quente, enquanto quente recheada e, ainda enquanto quente, enrolada.



Muito, muito fácil de executar, ou não fosse eu defensora incansável da facilidade e da descomplicação.
Leva:
180g de açúcar
5 ovos
90g de farinha
1 c. de chá de fermento

Bate-se o açúcar com 5 gemas e 2 claras até se obter uma massa esbranquiçada, que para isso servem e foram inventadas as batedeiras elétricas, que ficam ali, indefinidamente, girando e misturando.
Depois, despeja-se a farinha, continuando a dança da batedeira.
Finalmente, acrescentamos as 3 claras sobrantes, muito, mas mesmo muito, bem batidas em castelo firme.
Aí, parámos com a batedeira, que não queremos destruir as bolhinhas de ar do castelo, que, seguramente, darão leveza à massa  assada.
Portanto, com uma espátula, fortalecemos os bícepes  e damos por pronta a mistura que assará em forno médio, menos de 30 minutos.
Torna-se aconselhável o teste do palito!

Depois é rechear a torta com o docinho maravilhoso, que, mais maravilhoso (e diferente, e exótico, e chique) se torna, se o enriquecermos com umas colheradas de coco ralado (obrigada, amigas queridas brasileiras, a quem devo a dica!)!

É delicioso e, como toda a gente sabe, o que é bom, ou acaba depressa, ou é pecado, ou engorda.

Beijo
Nina

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

O meu doce de abóbora ...

... é melhor do que o teu!
Por quê?
Porque a receita  do meu doce de abóbora remonta aos idos do século passado e vem das mãos e da sabedoria inigualável de uma senhora, uma senhora da alta, altíssima, sociedade de então, Bertha Rosa  Limpo, autora do Livro de Pantagruel. Uma bíblia. 
Uma bíblia porque não admite questionamento. Tudo que dita está certo, imaculadamente, indiscutivelmente  correto.
Aprendi tudo, com a sua leitura.
Depois, inevitavelmente, deixei que as minhas asas crescessem e tornei-me autonomamente competente ... passo a imodéstia.
Mas, o facto de ter tido cesso ao Pantagruel quando era ainda uma miúda, quando não era mulher de ninguém, nem mãe de ninguém, nem sonhava em ser capaz de cozinhar, fez toda a diferença.
Do mesmo modo que fez toda a diferença o facto de ter frequentado um colégio privado onde aprendi as primeiras letras e adquiri bases que me possibilitaram a progressão académica.
As bases, as basezinhas ... são tudo!



Como ia dizendo ... o meu doce de abóbora é melhor que o teu!
Honestamente, não conheço melhor.

É certo que, para além do cumprimento rigoroso das quantidades, acresce que o "olho clínico" faz toda a diferença.
Pressinto o ponto exato!
Lá está ... as bases, as basezinhas e a sua importância decisiva!
Compro as abóboras, daquelas bem laranja, na minha amiga fornecedora na estrada da Póvoa que as apanha à minha frente, para que eu confirme a frescura. Do mesmo modo, desenterra as beterrabas, corta as pencas, e apanha as alfaces.
É uma sorte, uma mais- valia, dispor assim de garantia de frescura absoluta, bem sei.

Depois, quando é o caso, preparo o doce até que fique com este aspeto cremoso, deliciosamente untuoso, mas sem líquido.
Comêmo-lo nas torradas,ao pequeno almoço, ou recheando tortas, ou na sobremesa, com requeijão, momento em que o  sublime delírio  se instala:
- É que, então, num assomo de gula,  misturo-lhe uma mão cheia de nozes!

Nada se compara a um docinho destes. Nenhum pitéu comprado na mais gourmet das lojas proporciona o prazer deste inebriante puré dourado.

Estamos no tempo das abóboras!
É comprar e encher muitos frascos!
Já!

Beijo
Nina

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Arrumação concluída!


Tudo OK!
Eu KO!
O que vale é que só acontece duas vezes por ano.
Finalmente tudo arrumado, tudo pendurado, engavetado ou encaixado como se pretendia.
Nos roupeiros, dei com uns antitraça gastos, já sem efeito nem odor e fora com eles.
São irritantes porque caros e de duração muito limitada.

Lembrei-me de improvisar, utilizando os corações que, tempos atrás, mostrei Aqui!


Baloiçavam em puxadores de portas ...

... engraçadinhos, mas inúteis.

Em cada um, coloquei umas gotas de essência de lavanda.
Agora, suspensos nos armários, mostram a utilidade que sempre procuro encontrar em cada coisa.
É que não basta ser bonito, acho eu!

Beijo
Nina

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Mudança de estação!

Todos os anos, ano após ano, repete-se, duas vezes,esta verdadeira revolução:
No início do Inverno e , depois, no início do Verão!




As roupas que ficaram fora de uso, foram guardadas em caixas mais ou menos herméticas - a melhor invenção para conservar ordenado o espaço - são retiradas e escolhidas.

Uma trabalheira monumental que ...

... uma vez iniciada, exige conclusão, tal é o tumulto que se instala.

São resmas  de cabides ao vento ...

...e a casa vira manicómio.

Consegui, a duras penas, concluir a tarefa e, uma vez mais, e sempre, concluindo que tenho demasiada tralha.
Arrependida, prometo a mim mesma que este ano não cairei em tentação. Veremos!
Certo é que consegui repor a ordem.
Agora, só lá para Maio ou Junho do próximo ano se repetirá a cena, o caos e as minhas (vãs) promessas!

Beijo
Nina