sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Tarte de curgete

Assim mesmo, escrito à portuguesa ( courgette, zucchini, abobrinha ...)
É um legume engraçadinho, insipidozinho, inocentezinho, que não retira nem acrescenta nada aos pratos em que participa, bom para usar nas sopas, como puré e pouco mais.
Para que a sua reputação  não saia beliscada, acrescento que têm alto valor nutritivo, tal como, em tempos, teve o óleo de fígado de bacalhau, o que, nem por isso, o transformou num ídolo do paladar.
Ah! Agora me lembro que entra na composição exótica de um bolo de chocolate que, na minha memória, permanece como um "must do" que ainda não teve vez.
Quando acontecer, talvez a minha opinião sobre as curgetes mude.
 Para já, mantenho, é um legume engraçadinho, insipidozinho e inocentinho. Apenas!
Sempre que me abasteço de vegetais frescos, cujo destino, será, maioritariamente, a sopa, acabo por comprar dois ou três exemplares, de acordo com o tamanho.
Acontece, também, que por capricho das opções, ocorre chegar ao fim de semana, com elas, as curgetes, muito tristes, muito frias, muito sozinhas, esquecidas na fria gaveta  dos legumes.
E isso é que não, isso é que não pode ser!
Isso de deixar estragar comida mexe comigo, com os meus mais enraizados princípios.
Vai daí que, não precisando de sopa, havia que dar destino às ditas. 


Às rodelas, estufadas com cebola e alho, viraram recheio de quiche.

Ao molho, juntei uma mão cheia de passas.


Dobrados os excedentes da massa, forno com ela(s)!


Resultando nisto.
Uma tarte dourada e estaladiça, que substituiu a sopa da entrada.
Desta invenção saíram muito favorecidas as curgetes, que o prato tinha sabor, mistura de doce com salgado e textura crocante da massa folhada.

Relembro que este não é um blog de culinária, embora, às vezes, pareça.
É um blog de ideias, de coisas, de feitos e de factos, onde, é claro, as curgetes também têm lugar.

Beijo
Nina