quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Costurando ...


Esta foi a segunda tarde dedicada à costura sob a sábia supervisão da Mira.
Para dizer a verdade, quase me limitei a assistir à evolução do trabalho, seguindo, atentamente cada operação da mestra que, pacientemente, me explicava cada passo dado.
O certo é que eu fui com muita sede ao pote, que é como quem diz, escolhi um projeto muito ambicioso.
Sei, no entanto, que o próximo ( pois haverá um próximo e outro e outro e muitos mais...) terá uma comparticipação muito mais activa da minha parte, disso não tenho a menor dúvida.
Sinto-me com coragem para meter as mãos na massa e, aqui 
onde me vêem, sou menina para encarar uma saia... se não considerarmos o diabólico zipper!

Amanhã vou às compras.
Os projetos encontram-se muito bem definidos na minha cabeça.
Falta saber se são megalómanos!



A Burda, está com este ar desgraçado porque foi objeto de muita observação, guia de muito ponto e outro tanto de tesouradas.
Até à penúltima, uma vez que comprava, religiosamente, cada número editado, o seu aspeto  era e é imaculado, impecavelmente imaculado.
Como se não tivesse sido utilizada, o que de facto, acontecia e aconteceu. Limitava-me, então, a desfolhar, ler instruções e sonhar.
Agora não!
Agora sou verdadeira operária dos panos e dos fios ... por enquanto, para ser verdadeira, apenas quase espectadora.
Mas ajo, dou palpites e sugestões, empoleirada na minha imensa ignorância.
Adoro.

E a coisa vai!
A brincar e a rir, este Chanelzinho está quase pronto, quase já cá canta!
Sem a Mira, aposto o meu pescoço, continuaria a sonhar.
Ainda por cima, o ar inocente do vestidinho é absolutamente falso!
É um quebra-cabeças de proporções inconfessáveis.
Ele é cose aqui e descose ali.
Volta a coser e apara.
Junta peças que, obrigatoriamente, têm que casar. E golpeia. E volta a coser. E vai ao ferro....Assim como quem constrói uma ponte.
Coisa parecida!
Não exagero!
É de artista!
De artista experiente!
Eu, pobre de mim, sonho muito bem e imagino ainda melhor!

Beijo
Nina