segunda-feira, 15 de abril de 2013

Em plena fase de mudanças ...

... que é , afinal, a história da minha vida, mudei o meu office, do cantinho da mesa da cozinha, para aqui, um  quarto que ainda vai ser muito lindo. Por agora não é! É uma coisa mal acabada, um ex-quarto de dormir, ex-quarto de passar a ferro, ex-quarto de costura. Quando apenas se é ex, é-se muito pouco, é-se nada ou quase nada.
Daí que, sem fazer esforço, ciente apenas do descontentamento que este espaço me causava, deixei que a ideia  nascesse, aparentemente livre e descomprometida.
Aqui, vai ser, será muito em breve um local que convida ao trabalho. Será azul! Que outra cor poderia ser?
Para já, numa mesa ex-lavatório de um dos quartos de casa dos meus avós, repousa o  computador.


Pelos detalhes da quase-mesa de trabalho, denuncio a minha preferência cromática.
Lata que apanhe, é lata que visto de azul.

E, para revitalizar o ambiente, uma violeta desceu e aterrou na minha mesa.

A manta em tons de azul e a almofada já foi exibida.
Hoje, porém, completei a tarefa. Como Deus manda. Aproveitando um retalho de tecido velho, lá cosi, como sei e posso, o miolo da almofada. Seguindo dicas ecológicas, enchi o seu interior com um monte de collants velhos, cortados em pedaços. Sendo insuficientes, completei com manta térmica.

Fechei e ficou pronto o miolo.


Tratei de pregar os botões ingénuos, inocentes, bobinhos, que trouxe de Cerveira, alternando os padrões.
São o que há de mais lindo, juro!
São coisinhas, detalhes de outro tempo em que se valorizava cada pormenor.
Não como hoje, em que se usa e deita fora, numa lógica descartável que me agonia profundamente-
Na feira, escolhi um a um, cuidadosamente, caprichosamente e paguei 0.50 € por cada !
Imagine-se! 0.50€ por tal delícia!!!!

E , pronta, a almofada não envergonha a artesâ.
Tenho mais duas quase concluidas e, pensara, que dedicando a tarde à tarefa, as acabaria.
Erro meu!
Sou lenta e inábil. Logo, há que dar tempo ao tempo, para que o que era previsto ser prazer, não se transforme em calvário.
Aliás, acho, até, que esse princípio se aplica a tudo, ou a quase tudo, na vida. Quero eu dizer que, a pressa atormenta, angustia e, em última análise, não compensa.

Beijo
Nina