sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Marmelos, marmelada, geleia!


Estamos no tempo deles, dos perfumados marmelos.
Já no Verão, quando me deslocava pelo Algarve, os via, quase servindo de sebe a terrenos. Então ainda verdes. Agora, amarelinhos e perfumados.

Desde que cortei relações com as grandes superfícies, abasteço-me de fruta, num pomar aqui perto de casa e, uma vez por semana, lá vou eu, procurando o que me agrada - da época, tem que ser da época! Nada de batota com estufas e câmaras de frio.
Assim, ontem, lá fui.
Muitas uvas, tangerinas de Tavira, laranja "da nova", pêra rocha e marmelos.
Pouco mais de 2kgs.

Descascados e retirado o "caroço", foram pesados.
Cerca de 2 kgs.
Receberam 1.200 Kg de açúcar e  esperaram, até que no fundo da panela surgiu um pouco de líquido.

Foram então fervinhar devagarinho, muito devagarinho, até que espetando um garfo, a polpa dos frutos se apresentasse perfeitamente cozida.
Sem perda de tempo, foi reduzida a puré e, ainda quente, transferida para malgas.
O ponto estava absolutamente alcançado e assim que despejado, o puré solidificou, dispensando os dias de seca à janela.

Está pronta, sólida, perfumada, pronta a ser fatiada para depois dançar com fatias de queijo.

Todo aquele cerimonial de mexer com colher de pau, queimando mãos e braços, até que o ponto fosse atingido, desapareceu, desnecessário, anacrónico e doloroso.
Para já, tenho marmelada que chegue.
Só se alguma alma gentil se lembrar de me oferecer uns quilitos de marmelos, só assim, cozinharei mais.

Entretanto, cascas e "caroços" foram aproveitados.


Cobertos de água, ferveram - devagarinho, sempre muito devagarinho - e depois a água foi coada.
Obtida 1.5l, recebeu 1.5 kg de açúcar e ferveu, ferveu muito lentamente, até se chegar ao ponto de estrada.

Depois, foi vertê-la em frascos estirilizados ...

... que neste momento ainda arrefecem!

Serão degustados em tostadas torradinhas à hora do lanche!

Por estas e por (muitas, muitas ...) outras, adoro o Outono.

Beijo
Nina