sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

1037 - Dizia eu ...


... na última postagem, que não podia ver lãs! Acrescento que também não posso ver trapilho!
É uma ânsia, uma voragem que só se aplaca com  aquisições!
Compro, compro que me farto.
Trouxe um carregamento de branco na minha última passagem pelo chinês da requintadíssima Miss, Miss!
E é com esforço que me controlo para lá não voltar enquanto não se esgotam as provisões.

Este banquinho de vime, recentemente pintado de branco, recebeu esta  capinha, para ficar mais bonito e mais cómodo.

Não tem nada que saber.
Começa-se por um anel central e continua-se, sempre à volta, em ponto baixo, com os aumentos necessários ( a olho ...) para que o círculo cresça bem planinho.

Depois, atingida a mediada necessária, começa-se o processo inverso ...

... comendo pontos, isto é, crochetam-se 3, salta-se 1 e o círculo começa a apertar, para que a cobertura se prenda por baixo da superfície do banco.
Espero que as peritas perdoem esta tosca explicação.
 Gostei muito do resultado e vou repeti-lo noutras peças que por aí andam, pedindo cobertura.

Terminada a sessão fotográfica ao banquinho, não resisti  e fotografei esta belíssima e gigantesca Violeta de Parma. Estas plantinhas compram-se em minúsculos vasos com meia dúzia de folhas e uma amostra de flores.
Normalmente duram pouco.
Esta, contudo, foi transplantada para um recipiente maior, crescendo desmesuradamente e florindo sem parar.
Apliquei a receita a outras irmãzinhas e o resultado tem sido um sucesso.
Pelas mesas tenho violetas  pujantes, em todas as cores!
Aqui, é assim! Só truques, só dicas, só receitas de sucesso!
Vamos lá comprar trapilho, ficar em casa durante o fim de semana chuvoso, revestir bancos e caixas e o que mais houver.
Se ao crochê dizem não,- olha!-, tratem das violetas! 

Beijo
Nina

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

1036 - Não posso ver lãs ...


... novelos, fios, botões, linhas em geral. Nas lojas. É uma atração fatal que sempre acaba em novas aquisições.
Então quando me cheira a pechincha, é fatal "comó" destino! Entro, pesquiso, mexo, apalpo, avalio, farejo e compro!

Inglaterra, já se sabe, é o paraíso das lãs!
Irresistíveis, cada uma mais bonita que a outra, caras, carotas, mas, às vezes , não! Às vezes encontram-se incríveis pechinchas.

Como esta!
A coisa "mailinda", mais fofa que se pode imaginar. Uma mescla de cores que começa num castanho, evolui para o brique e termina num azul petróleo - uma das minhas cores favoritas!
Comprei-a, pois, em Oxford, em Dezembro último,  numa rapidíssima passagem pelas lojas, na manhã do dia 24, aproveitando enquanto se encontravam abertas, antes de uma "ponte" de dois dias, já que, por aquelas bandas, além do dia 25, também não se trabalha a 26.

Vi, portanto, esta preciosidade, um fio grossinho que pede agulhas número 6 ...

... cada novelo com 200 g! Poupadinha  (ou tola!) só trouxe 2!
Fiz mal, bem sei!

Foi na excitação da descoberta!
Uma pechincha!
Não refleti!
Já tricotei uma amostra que ficou um espanto. Nada de pontos complicados, nada de enfeites, nada de complicações, que o menos é sempre mais! A lã é suficientemente maravilhosa.
Basta-se!
Nada de lhe retirar o brilho.Será lisa, sem arrebiques porque  pode faltar quantidade ...
O diabo seja surdo!

Beijo
Nina

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

1035 - Chutney de abacaxi e pimento


O abacaxi está em promoção no Lidl. Acho que custa 0.60/Kg.
Vale muito a pena aproveitar o estímulo e comprar em quantidade.
Eu trouxe dois e um já foi utilizado.
Fiz Chutney de abacaxi e pimento, já que todos apreciamos a combinação doce/salgado.
Prepara-se como quem faz uma compota e enfrasca-se para ir consumindo com parcimónia, como só assim se consomem as delícias.


Começámos por descascar o abacaxi ...

Cortando longitudinalmente, retirando a parte central mais dura.
Estes "palitos" serão depois reduzidos a cubos imperfeitos.

Para um abacaxi, utilizei três pimentos ...

... também cortados em tiras ...

... e ainda 3 maçãs descascadas e cortadas em pedaços, 2 cebolas às rodelas e 4 dentes de alho picados.

Precisamos de uma panela grande.
Nela colocamos a fruta e os legumes e ainda 200 g de uvas passas.

Juntámos 1 colher de sopa de gengibre fresco, ralado, piri-piri a gosto, 12 cravinhos, 4.5 dl de vinagre de vinho e igual quantidade de vinho branco.

Por fim, cobrimos com 300 g de açúcar refinado e 100 g de açúcar mascavado.
Temperamos com 1 colher de sobremesa de sal.

Ferve lentamente, sem tampa, até que o líquido quase desapareça.
Guarda-se em frascos hermeticamente fechados.
Acompanha, maravilhosamente, assados e grelhados.

Apresentando este indescritível aspeto!

Beijo
Nina

domingo, 26 de janeiro de 2014

1034 - Não sei se é da chuva ...


... esta chuva miudinha, persistente, monótona, que não para de cair, que em nós se entranha, chata, interminável, minando o ânimo, sabotando  a disposição ... não sei se é da chuva, não sei! O que sei é que em nítido mecanismo de compensação, desenfreada, faço compras.
Vá que é na Zara Home, em plenos saldos, quando a barateza impera.
E depois sinto-me melhor, menos trombuda, permitindo até um ligeiro esboço de sorriso!
(Já disse que tem dias em que nem eu mesma me aturo ...)



A  nova caixa para a roupa suja!

Ei-la!  Substituindo a anterior, decrépita, velhíssima.
A lavandaria é minúscula e tudo tem que ser encaixado ao centímetro!
Com a caixa nova, verifiquei que o cesto onde se guarda a roupa lavada seca, pousado sobre a máquina de lavar, precisa também de ser substituído. E será!
Gosto deste trabalho artesanal e gosto do forro em tecido que, sendo destacável, poderá ser lavado sempre que necessário.
Digamos que esta foi uma aquisição necessária e, o que é ainda melhor, excelente em termos de preço.
 Já que lá estava - na Zara Home - passeei os olhos pelos expositores, o que sempre se revela ser uma atividade de altíssimo risco.
Como foi:


Amor à primeira vista!
Isso existe e posso prová-lo!
Estes abat-jours - são dois - apanharam-me, capturaram-me como a aranha faz com a mosca, sendo que, está visto, a mosca sou eu!
Trouxe-os para um canto da minha sala que pretendia ver renovado.
Gostei muito do efeito e o sorriso alargou-se

Numa mesa baixa, junto aos sofás, jacintos desabrocham ...

... junto à leitura de "O homem sem dinheiro", irónico, admito, para quem é mosca da tal aranha ...

Para uma mesa de leitura ...

... vieram estes!
O que, definitivamente, afastou a neura!
Mas, acabou!
Prometo!
Tirando o tabuleiro que faz par com a caixa, que encaixa na lavandaria, de que não é humanamente possível prescindir!
Tirando isso, acabou!
Parece, também, que o tempo vai mudar!
Parece!

Beijo
Nina

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

1033 - Ai! a minha vida ...


As minhas noites televisivas têm sido ocupadas com pipocas e rosas, melhor dizendo com o Ponto Pipoca/  Rosinhas de Portugal de acordo com os ensinamentos das amigas que não brincam em serviço, que sabem tudo, mesmo tudo, desta coisa das agulhas e fios. Refiro-me à Teresinha (das mãos de Teresinha) e à Rosa (à janela).
Sem quase precisar olhar, lá avanço, costas e peito concluídos.


Tecendo pipocas e rosinhas. Aos montes!

A gola e as mangas, decidi, serão lisas e, neste momento acabei a primeira manga e acabou-se-me o fio!
Ai! a minha vida!
Amanhã, sábado, a loja estará aberta, pelo menos durante a manhã, mas, eu viajante, viajo, o que implica pausa forçada durante o fim de semana, agora na reta final, quando menos me apetece intervalar!
- Ai! a minha vida!

Não que me faltem alternativas, que não faltam, mas não será a mesma coisa.
Vejamos:
- Tenho a tal toalha centenária, ferrugenta e esburacada. Pensei aplicar-lhe uns motivos em crochê que tapassem os furinhos.
Que não, dizem as amigas! Que nem pensar! Que o adequado será recorrer ao Ponto Richelieu!
Só que eu não domino a técnica por muito maravilhosa que seja. Daí que, fiquei na dúvida, hesitante, indecisa, insegura, ignorante!
Nestes casos,está decidido,  o melhor é parar tudo e deixar que a poeira assente.

Ir-me à Singer, de peito feito, como aconselha a São (agulhas soltas), por razões logísticas, é mais projeto para enfrentar, caseira, durante a semana.

Resta-me o passarinho em crochê, da Manela (Crochê em Revista):

Trabalho  iniciado com um resto de novelo, confrontei-me com o fim do fio, trabalho a meio e sem saber como continuar.

Valeu-me a balconista da Casa dos Linhos, moça esperta e expedita que matou a charada depois de, sobrancelhas em arco, matutar sobre a questão

Aprendi a mais elementar das lições deste mundo: Nunca, jamais, em caso algum, perder a identificação  da matéria prima.
Parece, pois, que para o fim de semana, tenho divertimento garantido,e, embora o primeiro passarinho esteja quase concluído, um segundo esquema me aguarda.
Serão quadros!
Estou a vê-los prontos e lindos e vão crescer muito durante o fim de semana.
Ou não!
Ai! a minha vida!

Beijo
Nina



quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

1032 - Reciclando


Como cumpridora de propósitos, está visto, deixo muito a desejar!
Se bem me lembro, uma das anunciadas metas  seria postar diariamente e, sem saber como, confronto-me com dois dias inteirinhos em que não só não escrevi uma linha, com também mal abri o mail.
Por quê?
Porque as solicitações foram imensas e - valha-nos ao menos isso - consegui dar resposta a praticamente todas.
Coisinhas chatas, mas que têm de ser feitas.
E, nada melhor do que matar o trabalho, despachá-lo, dar-lhe sumiço.
Por formação ou por herança genética, essa sou eu.
 O lazer e o prazer só é total e verdadeiramente desfrutado, cumprida que foi a obrigação.
Com este auto-elogio, só falta mesmo candidatar-me a Wonder Woman!
Adiante!

Ainda não falei na minha nova máquina de costura, pois não?
Pois é verdade! Ganhei uma máquina Singer, daquelas cheias de possibilidades que só de olhar para ela me intimido.
O certo, porém, é que a chinesa COROA só me dava desgostos!
Só  me criava obstáculos!
Só gerava fracassos, a peste!

Agora, com a tecnologia de ponta ao meu serviço, temei costureiras, pois antecipo feitos extraordinários!

OK! Ainda não pilotei o Ferrari ( que tenho medo ...), mas estou nos chamados preliminares.
A ver:
Tinha um individual de linho, rematado com crochê. O linho rompeu-se. O crochê não.
Recortei-o. Preguei-o a novo retângulo de linho. Por enquanto com alfinetes. A seguir com a Singer ( de que continuo com medo!)

Eis uma toalha com mais de 100 anos.
Cravejada de furinhos!
Manchada pela ferrugem.

Lixo com ela?
Nem pensar, que o bordado permanece incólume!
Vai virar almofada, para uma cama branca, de um quarto branco.
Que o branco encanta-me e apazigua-me.


Alguns dos incontornáveis furinhos serão disfarçados, a seu tempo, com aplicações em crochê.
O resultado final encontra-se ainda muito vago na minha cabeça, mas pressinto que resultará.
Nessa altura, presumo, já terei dominado a fera.
E serão glórias e vitórias e sucessos nunca vistos!
Hoje, estou assim!
Nem eu própria me aturo!

Beijo
Nina

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

1031 - Zara Home ...


Adoro visitar esta loja. É de um bom gosto, de uma elegância que me encanta. Por isso, não deixo de entrar, ainda que apenas para passear os olhos.
Foi o que fiz esta manhã.
Coleções novas, incríveis.
Apetece tudo!
Acontece que, os restos dos saldos ainda por lá andam e, sem querer, sem procurar, descobri maravilhas!


Esta bandeja!
Sem palavras, sem adjetivos que lhe façam justiça.
O tamanho? O ideal para a bancada de uma casa de banho.
Não suporto  a poluição visual que é semear com mil cacarecos a área exposta de uma bancada.

Com esta bandeja, achei a solução perfeita.
Tudo organizado, tudo alinhado no sítio próprio.

Arranjei ainda, neste frasco lindo a que desastradamente parti a tampa, uma composição colorida.
Não sei o nome próprio desta planta, uma espécie de begónia, que cresce generosamente.
Roubei - roubei mesmo! - uma estaca num hotel em que pernoitei, há vários anos, em França.
Lembro-me que, na altura, rodeei a pontinha do caule em algodão molhado, dentro de um plástico. Sobreviveu vários dias até chegar a casa.
Reparei, então, que umas raízes fininhas começavam a despontar.
Envasei a plantinha que nunca mais deixou de me surpreender.
Corto-lhe as pontas maiores e, como no caso, mergulho-as em água, para mais tarde as transplantar.
Entretanto, permanecem assim, lindas, viçosas e coloridas, dando um toque de festa onde quer que se coloquem. 


Da Zara - a minha mina de ouro - veio este cesto discreto e elegante, adequado para os frascos feinhos de plástico, inevitáveis  no dia a dia.

Gostei tanto do resultado que, de vez em quando, vou lá acima espreitar, feliz da vida com a descoberta.

A bancada  agora organizada não tem comparação com o rebuliço anterior.
Ainda por cima, como se fosse pouco elevar deste modo o visual ( e já conversámos sobre a importância da beleza ... - que me perdoem as feias, como dizia o poeta!), gastei pouco, gastei metade do que teria gasto fora da estação dos saldos que, como comprova a experiência, merecem cada vez mais o tempo e a paciência da espera.

Na nova coleção, confrontei-me com toalhas em algodão do Egito, em branco e bege, felpudas, macias, irresistíveis!
Absolutamente maravilhosas, embora  a preços distantes dos saldos.
Mas, repito, irresistíveis.

A questão que se coloca é que tenho imensas toalhas. Usadas, lavadas, mas em perfeitas condições.
Que destino lhes dar?
Digam-me!
Se comprar novas que faço às antigas?
O quê?
Das sugestões recebidas dependerá a compra ou não compra!

beijo
Nina

sábado, 18 de janeiro de 2014

1029 - Com 8 claras congeladas ...

Viajando pelo frigorífico e pelo congelador, aquela vaigem que pretende resgatar o conteúdo de caixas fechadas, encontrei 8 claras congeladas.
8,sem a menor dúvida, já que tudo está etiquetado, quantidades, datas,  











1030 - Um jantar!

 Um jantar é muito, muito mais do que aquilo que se come.
Refiro-me a um jantar preparado em casa, um jantar especial, um jantar pretexto para reencontrar a quem se quer bem.
É claro que a comidinha deve ser boa, preparada com carinho, com desvelo, com tempo, com atenção.
Mas, repito, um jantar tem de ser muito mais do que o conteúdo do prato.
Um jantar exige cuidados, esmeros, de toalha impecável, de louça imaculada.
Nada é de mais para acolher quem amamos. Nada.
E, quanto aos vidros, não facilitar! Os vidros devem brilhar, resplandecentes, imaculados.



Ontem dei um jantar.

Coisa  simples, com canja temperada com  muita hortelã fresca, apanhada dos vasos que vivem na minha varanda ...
Uma entrada quente e perfumada, acompanhando conversa boa, do melhor que há.

E os amigos sentiram-se especiais, únicos, como de facto são.

Depois, um cozido à portuguesa.
 Oh! prato dos deuses!

Farto, abundante, com muitos ingredientes, tantos que resulta numa enorme travessa fumegante onde se pescam amostras que somadas acabam em grande quantidade.

Os doces portugueses ...

... deliciosos, mas, infelizmente hiper calóricos ...
Para contrabalançar o pecado, fruta fresca colorida e mais, muito mais conversa, durante a sobremesa. 

As flores nunca são de mais ...

... bem como as velas.

Acendo muitas, muitas ...


... adorando aquela luzinha trémula ...

... que veste o espaço com um ar quase irreal.



Se me tivesse limitado a um franguinho assado, comprado pronto, e me limitasse a vestir de festa o espaço, o jantar, garanto, teria sido igualmente memorável.

Beijo
Nina