segunda-feira, 29 de setembro de 2014

1212 - Plantas sem luz!



Quando digo "sem luz", quero dizer em quase total obscuridade!
Uma impossibilidade!
Há umas,algumas,  poucas, que se adaptam à sombra, mas são raras e suportam a falta de luz por muito tempo.
Em locais mal iluminados, o ideal seriam as flores frescas e digo "seriam" não fosse dar-se o caso que o seu elevado preço impossibilite a aquisição.

Acontece que o meu hall de entrada, além de pequeno, é sombrio, quase escuro.
Acontece igualmente que a primeira impressão é a mais importante e, por isso, gosto de, apesar das limitações, ter uma entrada minimamente agradável.


Abrindo a porta de entrada, dá-se de caras com este conjunto:
- Na parede, um óleo de um pintor amigo - o grande aguarelista António Joaquim -  de quem possuo inúmeros trabalhos.
Um clássico , que conjugo, calmamente, com o  moderno.
 Tenho elevadíssima estima por este artista e, por isso, orgulhosamente  e cheia de gratidão, exibo as suas obras em diversas paredes.

Sobre a cómoda um vaso Costa Boda que há muitos anos trouxe de Estocolmo.
No vaso - e agora chega a inovação - coloquei ramos de um Ficus gigantesco que precisava de poda.
Entre os ramos, o truque:
-Rosas brancas de tecido!

Vistas de perto, não enganam ninguém, mas ...

... à luz ténue destes candeeiros, conseguem formar um conjunto agradável.

A cómoda, de castanho antigo, tem o destino traçado e, mais dia menos dia, vai ser pintada  numa qualquer cor clara , para escândalo dos puristas!

O que pretendia sublinhar neste texto é que a mistura de ramos naturais, sejam eles verdes ou não, com flores artificiais, resulta razoavelmente, ainda que por tempo limitado.
É que, embora tenha acabado de compor o arranjo, não tenho ilusões - dentro de pouco tempo mudarei tudo, tanto mais que, um passeio pelo campo, neste outono glorioso, oferece múltiplas opções coloridas para alegria dos olhos.
Saiam, cirandem pelo campo e regressem com braçadas de folhagem e flores silvestres.
É bonito e barato!

Beijo
Nina

sábado, 27 de setembro de 2014

1211 - Bolinhos de arroz


Estes bolinhos de arroz fazem parte  do conjunto de receitas deliciosas - sem excepção - do LIVRO DE PANTAGRUEL, minha escola, minha bíblia, minha inspiração, minha salvação.

Hoje, a inspiração, o clique que me empurrou para a feitura, veio DAQUI!

Comem-se sem pensar , sem culpa, sem arrependimento ...

Neste tamanho reduzido, comem-se de uma dentada só ... vários, muitos! 


A vontade irreprimível de os preparar impôs-se, pois.
Só me faltava a farinha de arroz. Comprei-a hoje. Já os assei. Já comemos metade!

Precisamos de:
250g de açúcar
6 ovos
125g de farinha de arroz
raspa de 1 limão

Batemos o açúcar com as gemas e a raspa de limão.
Juntamos a farinha.
Batemos.
Por fim, as claras em castelo.

Assa a 180 graus, 20 ou 25 minutos.
Comem-se num abrir e fechar de olhos, fofos, leves, derretendo-se na boca.
Um pecado!

Beijo
Nina

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

1210 - 27 graus!


Está mesmo calor!
Agora que entrou o outono, os dois últimos dias têm sido de pleno verão.
Ainda esta manhã, caminhando junto ao mar, vi dezenas de pessoas estendidas na areia, indiferentes ao calendário.

Por isso, do mesmo modo que tenho mostrado esta mesma janela batida pela chuva e pelo vento, hoje apresento-a banhada em luz.
Adoro castiçais e a combinação de branco com branco, fascina-me.
À noite, acendo as velinhas e consigo um ambiente super acolhedor.

Virada a SW, tem sol a partir do meio dia e por isso, eu que gosto de enfeitar o peitoril, tenho que ter algumas precauções com as plantas que aí coloco, não vá o sol queimá-las.
De momento, a mais crescida, é uma variedade de orquídea ainda sem flor.
A menorzinha veio do Algarve, presente do senhor Tony, onde todas as manhãs tomo o meu expresso e leio os jornais.
É uma pimenteira, ou planta do piri-piri. Está "pegadinha" e parece apreciar o sol direto.
Do senhor Tony, um algarvio simpatiquíssimo, recebi uma enorme quantidade de vagens de piri-piri que têm temperado os meus petiscos.
Esta, quando um pouco mais forte e crescidinha, mudará de poiso.
Vai para um vaso maior, mais de acordo com as suas exigências.

Ei-la, vaidosa, exibindo umas quantas minúsculas florzinhas.
Desde que me conheço que tenho esta apetência pela decoração dos peitoris das janelas. Gosto de, olhando da rua, para a fachada do prédio, identificar imediatamente o meu ninho.
Acho que não estou sozinha nesta debilidade.
Ainda agora, através dos Países Baixos que percorri de norte a sul, encontrei esta mesma predileção levada ao extremo dos cuidados, pois as janelas, além de decoradas com plantas, velas e lanternas, eram vestidas com cortinas de renda e folhos múltiplos que lhes emprestavam o ar de casas encantadas.
Lindo, muito lindo!
Digno de admiração!

Digam-me o que pensam! Dêem-me a vossa opinião:
- Encantador ou, simplesmente, kitsch?

Beijo
Nina

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

1209 - A costureira ...

... entusiasta, amadora, ignorante e aselha - embora super bem equipada com uma Singer última geração - que vive dentro de mim, decidiu-se e passou das palavras à ação.

No meu espaço de trabalho, tenho, num cesto, um monte de panos e paninhos, peças de roupa e de casa, aguardando que eu dê o passo, isto é, que me decida, ganhe vergonha na cara e meta as mãos na massa.
Entre as muitas pendências, um macacão em seda, numa linda tonalidade de azul, super atraente no cabide, mas vestido ... nem tanto.
Fui-me a ele e de desmanchador em punho, eliminei o corpo.
Provei.
Deparei-me com umas calças larguíssimas na cintura.
Rematei com zig-zag. Fiz uma bainha. Enfiei um elástico.
E voilá:
Umas calças fininhas, frescas, práticas para as férias na praia.

Mais de perto, minhas senhoras e meus senhores, queiram observar a simplicidade ( e o esmero) da operação.
Com top branco ou colorido, sandália ou chinela, estou pronta para circular nos calores algarvios onde, nem morta, visto jeans.
 Ok! O meu trabalho foi simples, mas não interessa! Fi-lo!
E, embora cheia de vontade de correr e açambarcar metros e metros de tecido, na loja mais próxima, contenho-me.
Primeiro vou despejar o bendito cesto, e os retalhos guardados e tudo o mais que sirva para costurar.
Só depois, numa espécie de recompensa, haverá paninhos novos.

Não me fiquei por aqui, pelo macacão que virou calças.

Falei, há tempos, que pretendia renovar o meu quarto - estou tão farta dos laranjas e dos briques!
Esta foi, quase noutra encarnação, a primeira almofada que fiz e que, então, me deixou rebentando de orgulho, embora nem ziper lhe tivesse aplicado, tarefa medonha para a minha (in)capacidade - faz parte do tal conjunto que, atualmente, abomino.
Mostrei, entretanto, uma combinação de cores pastel que adoçará os meus despertares, um conjunto de almofadas e manta que seguem a bom ritmo.

Com os revestimentos em crochê prontos, tratei das fronhas, estas, com ziper, que se é para aprender, nada de evitar as dificuldades.
Cortei o tecido na medida adequada, cosi e apliquei a capa em crochê. Por enquanto, apenas alfinetada. A tarefa seguinte será pregá-la à mão.
Para que a coisa resulte, tenho que comprar linha neste verde-água.
O pior já está feito e considero que voo em velocidade cruzeiro.
Oxalá não me esbarre!
 Hoje iniciei um segundo par de almofadas e, devo confessar, que está a correr muito melhor do que eu esperava.
Se a coisa der para o torto, sigo o conselho da minha amiga Helena , sem dramas, sem choro, sem ranger de dentes:
-Faço panos da louça!

Beijo
Nina

domingo, 21 de setembro de 2014

1208 - Domingo Verde!

 Não gosto de sair de casa ao domingo. Muita gente, muita confusão, muito de tudo que dispenso.
Fico por aqui onde não me faltam ocupações, tantas, mas tantas, que, para evitar o pânico, vou com calma, por etapas.
De momento , dedico-me às plantas que, conforme já mostrei, crio abundantemente.
Quando me ausento, durante as férias, recorro a uns quantos truques, tipo "kit de sobrevivência",  mas o período é crítico e as expectativas de sucesso, baixas.
No exterior, disponho de um sistema de rega gota a gota, programável, que vai cumprindo com bastante sucesso a sua função.
As interiores, exigem rega semanal que vai sendo cumprida de acordo com a disponibilidade do meu anjo da guarda particular.
Este ano correu bem. Nenhum óbito!
Contudo, as minhas verduras gritam por assistência próxima e individualizada, que inclui o arrancar das folhas mortas, o adubo  a mudança de localização e - porque não dizê-lo? - dos mimos de mãe!


No cimo de uma escada, existe uma espécie de nicho que preencho com vasos grandes e exuberantes.
Acontece que o local é crítico, devido à falta de luz.
Neste momento apresentam este aspeto verdejante, porque acabei de retirar as plantas que lá se encontravam, quase moribundas.

Eram estas, as infelizes!
Conhecidas por maranta  ou calatea, são lindas, caras e muito sensíveis.
Submeti-as a um corte quase radical e o resultado começa a aparecer.
Folhas novas começam a nascer!


Espero que, muito em breve ...


... estejam assim.
E, então,  a dança vai recomeçar, mudando-as de lugar.
De facto, tive sorte, porque lhes acudi a tempo e tenho a certeza que vão recuperar.


O restante da flora foi revisto e reorganizado.
Nesta mesa as orquídeas sem flor.
Espero que no próximo Natal me dêem a alegria de, vaidosas, florescerem.

Aqui, um ficus trepador gigantesco que convive com uma begónia que, ainda ontem, era apenas um tronquinho.
Estas folhas tipo palmeira,que se vêem à esquerda,  resultaram de um corte feito no alto do caule da planta mãe ( não sei como se chama ...).
A seguir foi introduzida neste jarro com água.
 Para já é muito decorativo.
No futuro, espero que crie raízes e possa ser replantada, truque de que uso e abuso.

Noutra mesa, violetas, todas as que por cá habitam.
 Perderam as flores, pobrezinhas, mas, espero, seja por pouco tempo. 
 Finalizei a organização deste espaço.
O pior está para vir. A poda, a adubação e transplante de todas as do exterior. E são muitas!
Para dar prazer e não somente canseira e aflição, repito, há que ter calma, indo por etapas de duração não demasiado longa.
Tem que ser gratificante, nunca castigo!
Aprendi esta regra de ouro,  à minha custa, quando, desvairada, dedicava todo um dia à função, o que se traduzia em trabalho atabalhoado, e eu, feita um trapo, na mais absoluta exaustão!
Devagar, devagarinho!
Aprendam com a tia Nina.

Beijo
Nina










quinta-feira, 18 de setembro de 2014

1207 - Abóbora!

Simpatizo com abóboras desde que, menininha,  conheci uma, que, maravilhosa, se deixou transformar em carruagem de cristal,transportando Cinderela ao baile!

Desde então, o fascínio jamais se desvaneceu, mesmo quando, crescidota, me confrontei com a polpa da mesma feita puré, em singela  sopa amarelinha.

Depois, descobri as delícias das compotas e, tonta, proclamei :
( e é!) 


Entretanto, num blog alemão que sigo atentamente -  que pode ser visto aqui! - 
encontrei uma invulgar combinação.
Uma sopa de abóbora com gengibre e coco:

Ingredientes:
1 abóbora pequena
4 ou 5 cenouras
1 talo (5cm) de gengibre fresco e descascado
5 ou 6 cebolas
azeite q,b
1litro de caldo de legumes
molho de soja, sal e pimenta q.b
3 ou 4 colheres de sopa de leite de coco
sumo de limão


Descascados e cortados em cubos, os legumes fritam no azeite, docemente, lentamente ... até receberem o caldo de legumes onde cozem 30 minutos.
Feito isto, são reduzidos a puré, retificando-se os temperos.
( Obtive o caldo de legumes diluindo 2 cubinhos instantâneos. Atenção, pois, ao sal. A mesma atenção à pimenta, considerando que o gengibre possui um travor fortemente picante)

Resta juntar o molho de soja ( ou molho inglês), o sumo de limão ...

...e o leite de coco.
Não segui escrupulosamente  a receita original.
Ainda assim, resultou numa sopa extraordinária, absolutamente inesperada, totalmente deliciosa, quase, por si só, uma refeição!
Adorei e não hesito em recomendar, tanto mais que o apogeu das abóboras se aproxima e nada de cair na tentação de apenas preparar o divino docinho.

Quando, regresso ao Porto, no fim de semana, vindo de Cerveira, abandono a autoestrada e, em Esposende, tenho a minha fornecedora de legumes ecológicos, onde me abasteço.
No caso das abóboras, compro sem receio de que se estraguem, porque, depois de descascadas e cortadas em cubos, congeladas, duram uma eternidade.
Agora que descobri esta sopa, durarão muito menos.

Beijo
Nina

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

1206 - Abrunhos

É  a única fruta azul que conheço, uma ameixa de pele fininha e polpa esverdeada, muito doce quando madura.

No Algarve, colhem-se aos montes - aliás, naquele solo fértil e quente, tudo cresce e se multiplica como se de uma benção se tratasse!


De um amigo, dos muitos queridos e doces amigos que por lá tenho, recebi uma caixa imensa, no próprio dia em que regressei a casa - acabadinhos de colher para chegarem ao Porto fresquinhos.
Chegaram (bem como a imensa caixa de figos que lhes fez companhia).
Ao pequeno almoço, a meio da manhã, na sobremesa do almoço, no lanche a meio da tarde, depois de jantar, antes de ir para a cama, numa palavra, sempre, temos comido abrunhos.

Só que a enorme caixa continua cheia e - oh! horror dos horrores!!!!- pressenti a presença de uns mosquitinhos da fruta, daqueles bem chatos, bem detestáveis, rondando os meus abrunhos que, cada hora que passa, amadurecem um pouco mais.
Portanto ...
Fiz compota!
Processo chato, chatíssimo, aquele de descascar e descaroçar cada um dos belos frutos azuis! Chato, insisto, e demorado.
De modo que, a dada altura desisti ( e a caixa continuava cheia!)
Pesei a polpa!
- 1,5 kg!
Acrescentei 1 kg de açúcar, 3 paus de canela e 1 cálice de Porto.
Deixei que fervesse muito lentamente e, a olho, determinei que estava pronto!

Rendeu ...

4 frascos.
Mostro o último com o funil genial que evita indesejáveis desperdícios de compota.
Estão ali arrefecendo.
Sugerindo casamento com queijos e bolachinhas!
Adoro compotas caseiras que não têm nada a ver com as produzidas industrialmente.
Ainda me torno vendedora de compotas!

E os restantes abrunhos? - perguntarão!
- Estão no frio aguardando pacientemente o momento em que serão devorados.
Já os figos não tiveram a mesma sorte. Para eles não necessitei de inventar compotas ou outro método de preservação.
Limitaram-se a sucumbir à fúria incontrolável da gula que por aqui grassa.

Beijo
Nina

domingo, 14 de setembro de 2014

1205 - O melhor restaurante de Altura!

Vamos por partes!
Do que é que falo quando falo em Altura?
- Falo - para quem tem a infelicidade de não saber - de uma terrinha , lá para os lados de Manta Rota.
É assim:
-Chega-se lá vindo pela Via do Infante, saindo em Montegordo, ou, a hipótese mais económica, vindo pela 125.
Não tem que enganar.
Ultrapassa-se Cacela, a seguir Manta Rota e estamos lá, no desvio para Altura.
Come-se bem por aquelas bandas, que tenho experiência de muitos anos.



Só que comer bem, é uma coisa!
Do que falo, é comer EXCELENTEMENTE!
(Palpita-me que ainda me vou arrepender por estar a partilhar um segredo que deveria ser meu, só meu, e de uns poucos outros felizes e abençoados comensais! )

Descendo, pois, a rua perpendicular à estrada 125, em direção à praia - Rua Direita, assim se chama-, encontramos, mesmo em frente à igreja. o RESTAURANTE DAS MARÉS!

Realmente. o aspeto é simpático, agradável, imaculadamente limpo, porém o que faz a diferença, senhores, o que faz toda a diferença é a matéria prima irrepreensivelmente fresca, e as mãos de fada - que digo? - as mãos de anjo da senhora D. Palmira, proprietária e cozinheira!
É que é tudo, mas tudo, excelente, sem mácula, sem defeito!
Peça-se o que se pedir, acerta-se sempre.
Na sala, a Paula, a loira Paula, sempre afável, sempre com um sorriso que nos faz sentir os comensais mais importantes do universo, sempre com tempo para um conselho, para uma palavra simpática.
Que duo imbatível!
São mãe e filha e levam, apesar do rasgado sorriso, levam, repito, muito, muito a sério o que fazem.
Fazem com gosto, fazem com amor e por isso corre tudo sempre tão bem.

Para este arroz de marisco, não encontro legenda, que receio ofender o arroz caldoso no ponto certo e o marisco abundante (abundantíssimo!).
Uma dose para duas pessoas!
Dá para 3, para 4, que a senhora D. Palmira só sabe cozinhar assim, com abundância.

Os peixes vêm do mercado de Tavira. Tão frescos que quase se espera que escapem do prato.
Cozinha simples, muito simples.
Tudo grelhado, mas aí é que está o busílis da questão, pois ser simples e perfeito é de uma extrema dificuldade. 

Um dia, para variar, aceitei a sugestão de um ensopado de borrego.
Só posso dizer, para que avaliem a qualidade, que ainda agora salivo, recordando odores, sabores e textura.

Assim é difícil, pois é!
Como vou aconselhar pratos, se tudo é o que se vê, irresistível!

Mesmo os cozidos, como este cherne, se elevam a obra prima.

E o preço? Sei que a pergunta baila na cabeça de quem me lê (e saliva, aposto!).
O preço, senhores, o preço é inacreditavelmente baixo para a qualidade que, assim, de bandeja, nos é servida.Não quero e não posso especificar, mas, apenas como exemplo, um jantar raramente ultrapassa os 15€ por pessoa.

O melhor restaurante de Altura?
Corrijo:
Para mim, o melhor do Algarve!

Esclareço que escrevi este post, apenas porque quis, porque acho que o mérito deve ser reconhecido e recompensado.
Apenas e só por isso!

Beijo
Nina


terça-feira, 9 de setembro de 2014

1204 - Namur


Esta será a última sequência de fotos que publico, relativa à viagem por terras holandesas e belgas - com um saltinho, ou dois à Alemanha.
Mostro, pois, imagens de Namur, uma cidadezinha  encantadora, situada na zona sul/oriental da Bélgica, na região da Valónia, aninhada num vale, regada por rios - o Sambre e o Meuse - e encoberta por montes verdejantes.





O rio, navegável, é permanentemente ocupado por barcos e barcaças que o percorrem, atarefados, em ambos os sentidos.
É, conclui, uma zona de ecoturismo dos locais.
E, para além da paz, proporciona fotos de calendário!


É, também , uma zona produtora de morangos! E que morangos! Os mais doces, mais perfumados, mais suculentos, que alguma vez provei.
Ao longo da estrada que acompanha o rio, mil barraquinhas como esta, os vendem.
Brilhantes, dentro de caixinhas, são tão tentadores que se comem ali mesmo, sem lavar, com delícia e gula.

Depois a cidade. Pequenina, acolhedora. As ruas centrais são peatonais e, num largo, encontrei esta excêntrica banda de jazz romeno.

Os músicos, compenetrados, indiferentes ao público, umas figuras!

Aceitavam donativos e quando a moeda caía, agradeciam com vénia galante!
Tocavam bem, com alma, com coração e a multidão crescia e aplaudia e deixava moedas.


Das lojas, mais ou menos iguais em todo o lado, destacavam-se as retrosarias -os armarinhos - que as belgas, pela oferta que testemunhei, são aficionadas.

Para dizer a verdade, não encontrei nada irresistível, mas apeteceu-me registar a tendência que tende a espalhar-se e a crescer.

A jóia da coroa da cidade é a CIDADELA, antiga fortificação situada no cume de uma colina.

De lá, a vista é magnífica ...

... e a perspetiva aérea da cidade, muito interessante.

Cheguei a Namur vinda de Bruxelas.
A intenção era descobrir um país fora das rotas turísticas.
Acho que o objetivo foi alcançado.

Beijo
Nina

domingo, 7 de setembro de 2014

1203 - A RONDA NOTURNA

Quem não conhece REMBRANDT?

Numa praça, em Amesterdam, surge, imponente uma estátua que merecidamente o eterniza.



Porém, o que efetivamente me surpreendeu foi ver, aos seus pés, em três dimensões, as figuras de uma das suas mais notáveis criações, A RONDA NOTURNA!
Tal foi o fascínio que me limito a apresentá-la, incapaz de para ela criar legendas.







Turistas de todas as nacionalidades insistem em misturar-se com os guardas para, através de fotografias, eternizarem o momento.
Pareceu-me pecado.
Apeteceu-me enxotá-los!
Foi das mais incríveis e fascinantes surpresas da viagem que fiz.

Beijo
Nina