domingo, 11 de maio de 2014

1106 - O Pouso do Guerreiro


Por puro acaso,  quase por engano, cheguei aqui!
Num desvio da estrada principal, num caminho mal alcatroado que desaconselha o avanço, cheguei!
No meio de campos de flores silvestres, num aglomerado de figueiras, escondido, dissimulado, achei: 


São 4 o  5 casinhas brancas,  debruadas com o azul bem algarvio, uns quantos painéis de azulejos, céu cobalto, ar quente e o canto das cigarras.
À vista, ninguém!

Só para fim de semana e férias, seguramente!
Os proprietários descobriram este tesouro e, como se faz com os tesouros, guardaram segredo.

É só deles este espaço. Um mundo à parte! Precioso, único!

Contra o branco das paredes, cactos  poderosos, que não exigem cuidados para florescerem.

E sardinheiras de todas as cores e pinheiros e silêncio.

Não são palácios ...

... são casinhas modestas, provavelmente compradas a agricultores locais desejosos de um moderno apartamento.

E o perfume?
Já falei do inebriante perfume da madressilva?

À noite, a luz difusa de um lampião ...

... que a Utopia não casa com modernices-.

Aqui, simplesmente, está-se!

E, como no paraíso perdido, os frutos vêm diretamente das árvores ...

...e a vista perde-se nas paredes, nos muros de flores.

Quando eu for grande, também quero achar a minha UTOPIA!

Beijo
Nina