quinta-feira, 17 de julho de 2014

1158 - Destralhando ...

... o frigorífico - atividade praticada regularmente - encontrei duas maçãs meio murchas e 7 claras congeladas.
Encontro sempre qualquer coisa que precisa de ser utilizada urgentemente. Desta vez foram as maçãs, já que as claras em pedra poderiam esperar calmamente ...
Não gosto de estragar comida e gosto de ter o frigorífico perfeitamente organizado.
Por isso, destralho, que é um verbo delicioso que, pura e simplesmente, se opõe à chamada tralha, isto é, tudo quanto é inútil ou se encontra em vias de o ser.
Acho uma atividade altamente compensatória.
 Adoro destralhar, seja o frigorífico, seja armários, seja a vida , preciosa de mais para ser desperdiçada.
Vou-me então à tralha.
E dou-lhe destino.

No caso, um bolo.
 De claras!
Que cobri com finas fatias de maçã e um punhado de amêndoas perdidas no frio.

É uma receita clássica, quase infantil de tão fácil, mas extraordinariamente saborosa
 Fiz assim:
- 220 g de Becel, de açúcar e de farinha com 2 colheres de chá de fermento
- 7 claras batidas em castelo firme
- raspa da casca de 1 limão

Bati a Becel com o açúcar e a raspa do limão e juntei, alternadamente, as claras e a farinha com o fermento.
Despejei em forma previamente untada com manteiga e polvilhada com farinha.
Sobre a superfície espalhei as rodelas de maçã e as amêndoas picadas que polvilhei com açúcar.
Assou a 180 graus, cerca de 1 hora.


Desenformei e coloquei na janela para arrefecer.
Lembrei-me, então da Vovó Donalda, excelente cozinheira, que sempre usava esta técnica e quase sempre era assaltada por um urso guloso que lhe surripiava os petiscos.

A mim não!
A mim nenhum urso me roubou!
Metade do bolo desapareceu, mas, no caso, o culpado é outro ...
Mas, quem nunca sucumbiu a uma tentação, que atire a primeira pedra.
Beijo
Nina