quarta-feira, 24 de setembro de 2014

1209 - A costureira ...

... entusiasta, amadora, ignorante e aselha - embora super bem equipada com uma Singer última geração - que vive dentro de mim, decidiu-se e passou das palavras à ação.

No meu espaço de trabalho, tenho, num cesto, um monte de panos e paninhos, peças de roupa e de casa, aguardando que eu dê o passo, isto é, que me decida, ganhe vergonha na cara e meta as mãos na massa.
Entre as muitas pendências, um macacão em seda, numa linda tonalidade de azul, super atraente no cabide, mas vestido ... nem tanto.
Fui-me a ele e de desmanchador em punho, eliminei o corpo.
Provei.
Deparei-me com umas calças larguíssimas na cintura.
Rematei com zig-zag. Fiz uma bainha. Enfiei um elástico.
E voilá:
Umas calças fininhas, frescas, práticas para as férias na praia.

Mais de perto, minhas senhoras e meus senhores, queiram observar a simplicidade ( e o esmero) da operação.
Com top branco ou colorido, sandália ou chinela, estou pronta para circular nos calores algarvios onde, nem morta, visto jeans.
 Ok! O meu trabalho foi simples, mas não interessa! Fi-lo!
E, embora cheia de vontade de correr e açambarcar metros e metros de tecido, na loja mais próxima, contenho-me.
Primeiro vou despejar o bendito cesto, e os retalhos guardados e tudo o mais que sirva para costurar.
Só depois, numa espécie de recompensa, haverá paninhos novos.

Não me fiquei por aqui, pelo macacão que virou calças.

Falei, há tempos, que pretendia renovar o meu quarto - estou tão farta dos laranjas e dos briques!
Esta foi, quase noutra encarnação, a primeira almofada que fiz e que, então, me deixou rebentando de orgulho, embora nem ziper lhe tivesse aplicado, tarefa medonha para a minha (in)capacidade - faz parte do tal conjunto que, atualmente, abomino.
Mostrei, entretanto, uma combinação de cores pastel que adoçará os meus despertares, um conjunto de almofadas e manta que seguem a bom ritmo.

Com os revestimentos em crochê prontos, tratei das fronhas, estas, com ziper, que se é para aprender, nada de evitar as dificuldades.
Cortei o tecido na medida adequada, cosi e apliquei a capa em crochê. Por enquanto, apenas alfinetada. A tarefa seguinte será pregá-la à mão.
Para que a coisa resulte, tenho que comprar linha neste verde-água.
O pior já está feito e considero que voo em velocidade cruzeiro.
Oxalá não me esbarre!
 Hoje iniciei um segundo par de almofadas e, devo confessar, que está a correr muito melhor do que eu esperava.
Se a coisa der para o torto, sigo o conselho da minha amiga Helena , sem dramas, sem choro, sem ranger de dentes:
-Faço panos da louça!

Beijo
Nina