segunda-feira, 6 de outubro de 2014

1216 - Risotto

Salivo, só com o nome.
Gosto muito de risotto, de todos os risottos, que mais não são que um arrozinho incrementado.
No caso, tinha sobras de salmão e de pescada.
Sobras de peixe não admitem espera. Ou se comem no dia seguinte, ou lixo com elas.
Tratei, pois de as libertar de peles e espinhas, deixando que aguardassem a hora de entrarem em cena.



Fritei cebola, meio pimento vermelho e igual quantidade de verde, cortados em pedacinhos bem miúdos,num pouco de azeite.
Juntei  alho picado, bem atenta, que o dito tem tendência a esturricar face à menor distração e, nesse caso, o infeliz não só muda de cor, como transmite um gosto desagradável ao prato. Olho nele, portanto, seja qual for a preparação em que entre.
Já agora relembro que as propriedades do alho são extraordinárias para a saúde e bem estar. Pode, por isso, exigir ser tratado com pinças, o príncipe!

Aos poucos, acrescentei um copo de vinho branco, mexendo sempre e, quando do dito não restava vestígio, juntei o arroz, sempre atenta, sempre vigilante, não deixando de mexer, até fritar e absorver toda a gordura da mistura.

Fritou!
E, para completar o procedimento, recebeu o dobro da quantidade do arroz em caldo de peixe.
Paramos de mexer!
Ufa!
É bom, mas exige permanente atenção!
Retificam-se os temperos.
Coze em lume brando até que o líquido quase desapareça.


Recebe então  o peixe - o que sobrou do jantar de ontem - e, para parecer chique ...

Meia embalagem de camarão descascado  e uns quantos raminhos de brócolos ... já que estamos na onda "saudável" não esqueçamos o rei dos verdes, o imperador dos antioxidantes!



Esta, a paisagem!


Tapa-se o tacho.
Desliga-se o fogão.
Espera-se um pouco (quanto? Não sei! Tudo na base do improviso!)
Polvilha-se com queijo ralado.
Come-se!
Vale repetir.
E suspirar.
Escusado será dizer que os comensais não precisam nem devem ser informados que o opíparo almoço resulta das sobras do jantar anterior - garanto que são muito mais felizes assim!
(A minha avozinha não parava de garantir - para que eu não esquecesse - que "aos homens, é muito a comer e pouco ou nada a saber!)

Beijo
Nina