sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Acabou!

Pronto, acabou!
Depois de tanta azáfama, tanta correria, tanto engarrafamento, o natal acabou!
Acabou nessa vertente consumista, um pouco despudorada e muita louca, o que não quer dizer que a mensagem profunda da quadra desapareça. Oxalá, não! Oxalá perdure durante todos os dias do próximo ano, em termos de solidariedade e tolerância!
Mas cada um sabe de si e gere as emoções e atitudes como bem pode e entende!

Pois bem, acabada a orgia da comida - Meu Deus! Como é possível cozinhar/ comer tais quantidades? -
sobrou imenso, diria até que sobrou mais do que aquilo que se comeu.
Dei por mim a encher caixas, a etiquetar caixas a congelar caixas.
Ele  é bacalhau, ele é polvo, ele é peru ... E tantas, tantas sobremesas.
Congelo tudo, até couves, cenouras, cebolas e batatas.

Nos primeiros natais que preparei - há muiiiiiitos anos ...- com montes de sobras, tentava preparar refeições de micro- ondas que era só aquecer e levar à mesa.
 Parava com  a esperteza quando, ainda antes de nos sentarmos à mesa, ouvia comentários:
- Aposto que é OUTRA VEZ peru!

Aprendi com estas humilhações a dar a volta ao texto e sem desperdiçar comida - que é um grande pecado! - trato de repaginar as sobras de tal forma que nem os mais argutos me "topam" -são muitos anos a virar frangos!

Por acaso, no almoço de hoje, ocorreu a última aparição de peru e ainda há taaaaanto!
Vai imediatamente para o frio e dele nascerão iguarias com o seu quê de requintado,que motivarão rasgados elogios, enquanto que, por dentro, silenciosamente, gargalho!

Quanto a prendas (inúteis) livrei-me das trocas, das consumições quando, consensualmente determinamos que " ... prendas, só para a miudagem!"
E foi tão bom! Foi a maior das prendas.

Ontem, quando pela manhã saí, dei com montanhas de papéis, restos de embrulhos, caixas e caixotes, junto aos contentores do lixo.
Nenhum era meu, o que me trouxe uma indizível paz de espírito!

E, assim, num nada, estamos no fim do ano!

Beijo
Nina