quinta-feira, 26 de março de 2015

Ainda vou ficar rica ...


 Já que não me sai o euromilhões  - que não costumo jogar ... - e a trabalhar na minha área também não enriqueci - parece que ninguém enriquece trabalhando ... - acho, espero, anseio, desejo enriquecer costurando ... Eu que domino a máquina a duras penas, atrevo-me a ter estes delírios.

Vamos por partes:
- A máquina já está boa. Muito obrigada pelo cuidado e preocupação. Muitíssimo obrigada pelas dicas corretíssimas:

- Que as máquinas têm sempre razão;
- Que as máquinas não são, nunca foram amaldiçoadas, como eu, em desespero de causa me atrevi a sugerir;
- Que o defeito era meu, que, "naba" cometera erro primário enfiando erradamente a bela da Singer.

Aceites as sugestões, apliquei à dita check-up minucioso, isto é, enfiei-a com mil olhos!
E não é que funcionou?
Aquela beleza deslizou sobre rodas, suavemente, sem suspiro ou soluço.
E assim terminei a aplicação das rendas nas TOALHAS sem sobressalto, sem agonia, sem ter um ataque de nervos!

Depois, "in love" com a minha maquininha inglesa, mantive-me junto dela, em perfeita sintonia, quase em clima romântico, costurando retalhos - sobras da manta que não há meio de terminarem. Aliás, atrevo-me a pensar que se reproduzem no escuro da noite ... mas isso é outra conversa.

Pois então, conjugando a nova lei que baniu os sacos de plástico com a abundância de retalhos, entretenho-me costurando sacos. Conclui que nunca são de mais, especialmente se - perdão pela imodéstia - forem lindos, únicos,  fofos e charmosos como os meus.

Servem para organizar o interior de gavetas, para transportarem objetos - por exemplo, o meu Ipad que me acompanha para todo o lado, é carregado num deles - para andarem dobradinhos dentro da mala, para guardarem os trabalhos em curso ... enfim, haja sacos!

Começo por este, pronto há dias, onde guardo o monte de novelos que utilizo na manta dos CORAÇÕES.

Todo ele resultante de aproveitamentos ...

Rematado com um bordado inglês, porque sim, porque não lei que discipline uma costureira rebelde ...


... mantem perfeitamente organizadas o arco-íris de cores que compõe a sinfonia dos corações.
Hoje, terminei mais um ...


Este ...

Todo ele  resultado de aproveitamento ...

... incluindo o forro.

O mais interessante destas coisas da costura, é que, à medida que se pratica, simplifica-se e agiliza-se o processo e surgem novas soluções para contornar eficazmente os pequenos problemas.
Não há dúvida que o treino conduz à perfeição.

Até ao momento, todos os sacos que costurei - e já foram muitos - estão comigo, são meus, muito meus, que não consigo separar-me das crias, o que, digamos, não ajuda ao enriquecimento, embora, por outro lado, encha de alegria muitas horas do meu dia.

E isso é enriquecedor!
Não é?

Beijo
Nina