quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Metz

As cidades, todas as cidades, ao domingo, perdem a alma e a personalidade.
As ruas vazias, o silêncio postiço, as lojas fechadas, sâo um qudro de tranquilidade de que não gosto.
Por isso, quando viajo, procuro preencher o domingo vencendo grandes distâncias, mas às vezes, não são suficientemente longas e, antes de jantar, vagueio sem entusiasmo .
Assim foi em Metz, mas com uma enorme diferença - quem precisa de movimento nas ruas, se tem isto?





Não é mais uma catedral! É a catedral!


Entra-se e a sombra, o silêncio, o perfume o recolhimento é magicamente perturbado pelos lampejos coloridos que nascem nos vitrais.

Depois, o espaço dobra-se e desdobra-se em cantos e recantos de pedra, de sombra e de luz.


Pensei, por associação de ideias n'OS PILARES DA TERRA, o sonho megalómano do primeiro arquiteto medieval que, em projeto delirante, desenhou a catedral das catedrais.
Gostei, devorei o livro.
 Entendi-o agora.

Submissa, abençoada e iluminada por uma quase revelação .


Senti-me quase escolhida - imagine-se!
Esolhida!
Eu!


Beijo
Nina