sábado, 28 de novembro de 2015

Póvoa de Lanhoso

 
Póvoa de Lanhoso é uma vila ao norte de Braga, perto do Gerês.
Perto do Porto, o viajante ignora-a quando percorre a estrada Braga- Chaves.
Estou farta de ler, nas placas sinalizadoras, o seu nome, mas, nas dezenas ou centenas de vezes que por lá passei, jamais tive o interesse de a visitar. Até ontem.
Ontem saí de casa com o objetivo definido de lá entrar.
 
Primeiro informei-me e, na Wikipédia fiquei a saber que:
 
 
"Estas terras são habitadas desde tempos imemoriais - pelo menos desde há três mil anos antes de Cristo. No acesso ao maior monólito de granito da Península Ibérica, no cimo do qual está situado o Castelo de Lanhoso, encontra-se um castro romanizado, que remonta à Idade do Cobre. O Castelo de Lanhoso tem um elevado valor histórico, sendo também o local onde as lendas dizem que D. Afonso Henriques prendeu a própria mãe, D.Teresa. O rei D. Dinis passou foral às Terras de Lanhoso em 25 de Setembro de 1292, e o foral foi renovado pelo rei D. Manuel I em 4 de Janeiro de 1514.
Na primavera de 1846 foi aqui que começou a revolução da Maria da Fonte. Partindo duma recusa em aceitar a nova lei de não enterrar os mortos dentro das igrejas, a sublevação conseguiu alastrar ao resto do país, mostrando o descontentamento do povo, e conseguindo provocar a mudança do governo. "

Desta informação retive três tópicos:

- Que D. Afonso Henriques ( esse querido ...) aí manteve a mãe prisioneira;
- Que aqui teve origem a Revolução da Maria da Fonte;
- Que o castelo está edificado no maior penedo da Península Ibérica;
 
 
 
O centro!
O centro em si, em termos arquitetónicos deixa muito a desejar, ostentando uma deplorável coleção de mamarrachos, reflexo da " sagacidade" dos seus autarcas!
Uma pena!
Vá lá que conservaram o arvoredo na praça principal.

É atravessado por minúsculo riacho, cruzado por ponte.
 Ontem dia de calmaria e céu azul, a água era um espelho cristalino.

Em relevo a heroína - Maria da Fonte!

Armada com temível foice, fez história:

"Maria da Fonte, ou Revolução do Minho, é o nome dado a uma revolta popular ocorrida na primavera de 1846 contra o governo cartista presidido por António Bernardo da Costa Cabral.
A revolta resultou das tensões sociais remanescentes das guerras liberais, exacerbadas pelo grande descontentamento popular gerado pelas novas leis de recrutamento militar que se lhe seguiram, por alterações fiscais e pela proibição de realizar enterros dentro de igrejas.
Iniciou-se na zona de Póvoa de Lanhoso (Minho) uma sublevação popular que se foi progressivamente estendendo a todo o norte de Portugal. A instigadora dos motins iniciais terá sido uma mulher do povo chamada Maria, natural da freguesia de Fontarcada, que por isso ficaria conhecida pela alcunha de Maria da Fonte. Como a fase inicial do movimento insurreccional teve uma forte componente feminina, acabou por ser esse o nome dado à revolta."

 

Deixei o centro ...

... e subindo sempre ...

...atinge-se o cume de impressionante penedo - o tal que, dizem, ser o maior da Península Ibérica.
Aí os sinos e ...

Esta igreja - que infelizmente se encontrava fechada.

Atrás ...


O castelo ...

... que, dada a sua localização, era / foi absolutamente inexpugnável.


Dizem que aí, no seu interior, têm lugar exposições de arte.

Infelizmente, não o pude comprovar, dado que, também ele se encontrava encerrado.

Feita a avaliação, cabe-me dizer que vale a pena visitar Póvoa de Lanhoso, ainda que por pouco tempo, já que é pretexto para que nos debrucemos sobre as ocorrências havidas noa fundação da nacionalidade!

Daí se parte para S. João de Rei, onde se encontra o imperdível VICTOR - com "c", que aí não chegou o novo acordo ortográfico.
(Por lapso, ontem omiti esta consoante. As minhas desculpas!)

Tenham uma excelente noite de sábado.

Beijo
Nina