quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Olho clínico!

Olho clínico, tomado à letra, é a capacidade que o médico tem para antever uma situação.
Alargando o conceito, eu, que não sou médica, também tenho.
Tenho olho clínico quando despejo a massa preparada para um bolo na respetiva forma.
Apercebo-me de imediato - tenho olho clínico - se a massa vai transbordar.
E não arrisco.
Porque não foi ainda inventada situação mais chata, mais deprimente, do que assistir ao crescimento da massa, no forno quente, crescendo, crescendo sempre e, como uma enchente, transbordar... é um desperdício, um desespero ...
A massa queima, esturrica, exige lavagem de tabuleiro, enche a casa de fumo e, em vez do aroma inebriante de bolo recém assado, temos no ar suspeita de incêndio, de fogo posto.




Seis queques, embelezados com uns fiozinhas de doce de chila/ gila, que fica sempre bem ...

... e o bolo.
O bolo que assou e não transbordou.


No ponto!

Para acompanhar um perfumado chazinho.
É simples. De claras.
Chamam-lhe Bolo Prata

Os queques.
Os senhores queques!
Com chila/ gila!

Hoje fui de novo posta à prova.
O meu olho clínico!
Foi testada a minha argúcia.

E, sucesso!
Nada de fumo, de odor a queimado, de forno carbonizado!

Despejei a massa na forma.
Parte da massa, não toda. A suficiente, apenas.
Que tenho olho clínico.

A seguir enchi forminhas de queques. Seis.
Resultado?

Um bolo no ponto certo, seis queques fofinhos, aroma diáfano pela casa.

Tenho olho clínico.

Beijo
Nina