domingo, 14 de agosto de 2016

Continuando a viagem ...


Monte Perdido is the name of a natural park near Huesca. This is a protected area which can only be reached via a bus , since the traffic of private cars is sealed . The village of Ordesa is the basis for the operation of the park where you can find overwhelming cascacatas , vertiginous slopes that attract a large number of climbers and a whole preserved landscape, rich in unique specimens of fauna and flora.



 Continuando a viagem de 10 dias realizada  pelo norte de Espanha, retomo o caminho depois da etapa que relatei AQUI,
Dei prioridade, como então referi, a percursos em que predominava a beleza natural, procurando escapar aos ajuntamentos, às aglomerações das grandes cidades para as quais tenho cada vez menos paciência.
Por isso privilegiámos destinos intocados, até agora, pelo terrível dedo do turismo de massas.
Rumei, pois, às montanhas, aos amplos espaços, às paisagens protegidas e, depois do Montsec, perto de Lérida, dirigi-me ao Monte Perdido, partindo de Huesca.

A povoação mais próxima é Ordesa, uma localidade rural, muitíssimo bem preservada.
Aí chegados, visitamos a aldeia , almoçámos e programamos a partida para o Monte Perdido.
Esta obedece a regras, estando o percurso vedado a veículos privados, Por isso, necessário se torna comprar a passagem para o parque do Monte Perdido que se realiza por meio de um autocarro que sai da povoação a cada 15 minutos.
Chegados ao destino, pode cada um seguir o trilho que pretender, visitando o majestoso parque, avistando cataratas e outras belezas naturais,
Viajar até ao Monte Perdido implica disponibilidade de tempo, já que os percursos pré-estabelecidos são extensos e muito demorados.

Porém, ainda que não se realizem esses percursos, a visita é absolutamente imperdível face às preciosidades que a natureza gratuitamente oferece.

Comecemos pela visita  a Ordesa, antes de se rumar ao Monte Perdido.





O "pueblo" constituído por casas em granito  convida a um passeio a pé ...

... seguindo as suas ruelas ...

... descobrindo detalhes a cada passo!

Tem vestígios do passado ...

... e convites para o presente.

Tem hotéis ...

... e o verde ...

... sempre muito verde.

Tem restaurantes, bons restaurantes, que, como todos os espanhóis, apenas serve a partir das 13:30!


Porém, - como a imagem comprova - valeu a pena esperar!

Terminado o almoço, entrámos no autocarro, seguindo para o Parque do Monte Perdido!


O percurso, de pouco mais de 10 minutos, oferece paisagens deslumbrantes!
O monte que abruptamente, a pique, se eleva do arvoredo é desafio para alpinistas que continuamente pretendem escalá-lo.

Haverá imagem mais desafiante, mais apelativa?
Creio que muito dificilmente!
Este é um local que desafia a nossa resistência, que espevita a nossa curiosidade, que impele a ir, a andar um pouco mais, a olhar, a descobrir ...

Tudo é motivo de espanto - desde as humildes flores silvestres que desabrocham porque sim, às encostas mais vertiginosas que acordam o explorador primitivo que habita no fundo de cada um de nós ...



Muitos - bichos da cidade como eu ... - aceitam o apelo e ocupam veredas, redescobrem um mundo primitivo e puro e, se calhar, descobrem-se a si próprios neste silencioso mar verde!

O s percursos encontram-se perfeitamente sinalizados, incluindo até o tempo que cada um deles exige. Essa é a única marca da civilização.
Depois, cada um dos aventureiros é deixado livre, à sua sorte, descobrindo horizontes ou meros detalhes  ...

... que, em última análise, pacificam, ajudando a descobrir momentos únicos de ...

,,, paz!

Cada um decide, então, perder-se à sua maneira ...

... no verde imenso ...

... ou no leito pedregoso de um rio!

Por aqui, livres, incontroláveis, selvagens ...

... correm muitos!

Convidam à contemplação  ...

... convidam à meditação e ao encontro com nós próprios!

Do Monte Perdido sai-se em paz ...

... de bem com nós próprios!

Estes os dividendos!

Afinal,  perante este cenário, nada da vidinha quotidiana merece metade da importância que se lhe atribui!

A prová-lo está o Monte Perdido, ali, impassível, imponente, majestoso há séculos e por todos os séculos que ainda estão por vir!

Beijo
Nina