domingo, 5 de fevereiro de 2017

Vintage



Reconheço!
Tenho muita dificuldade em desfazer-me do que gosto.
Tenho!
Eu bem sei que devemos praticar o desapego e que se não vestimos uma peça há 1 ano provavelmente não a vestiremos nunca mais e que assim se cria espaço para coisas novas e que alguém apreciará(?)  a dádiva e que ...
Pois sei!
Pois será!
Mas, ainda assim, há (muitas) coisas de que não consigo desfazer-me - refiro-me a peças do vestuário.

Contrariando esta tendência, já embarquei em cruzadas de destralhamento e ... arrependi-me!
Isto porque, se a roupa não está impecável, não a doo, seguindo para o lixo. Se está, confronto-me frequentemente com reacções estranhas da parte daqueles a quem destino a doação - ou não gostam, ou não sabem apreciar, ou preferem vestir-se nas lojas chinesas segundo o princípio do "use e deite fora!"
Nessas ocasiões, lamento profundamente a minha decisão - sei que dei, sei que não posso voltar atrás, sei que quem recebeu não apreciou e sei principalmente que me precipitei.
Mas isso, foi ontem, foi passado, que aprendo depressa ainda que seja com os erros.
- Então guardas tudo? - perguntarão!
-Não! selecciono criteriosamente.
E reciclo!
Vejo vestidos e saias que se transformam em mantas, em bolsas ou, simplesmente aguardam, fora do armário, o destino que o destino para eles traçou!

Vem isto a propósito de umas quantas peças de marca, muito, muito caras, que comprei por muito, muito bom preço em Outlets.
São simplesmente intemporais e quase exclusivas, como é o caso deste casaquinho Carolina Herrera que faz conjunto com uma saia - o clássico saia e casaco.
O conceito não me agrada - refiro-me ao saia e casaco - e por isso visto sempre as duas peças separadamente.





No caso, combinei-o com umas calças em xadrez da zara.
Gosto do ar rústico das calças, com um não sei quê de British Country e o casamento das cores não poderia agradar-me mais.




Neste Inverno rigoroso, para enfrentar a intempérie,  cubro-me com um casaco/ gabardina e parece-me muito bem!



Aprendi, depois de muitas decisões precipitadas, a criar os meus próprios conjuntos, valorizando a (minha) slow moda.
Há quem lhe chame vintage, mas a tanto não me atrevo!

Boa semana.

Beijo
Nina