quarta-feira, 7 de junho de 2017

O suplício das madeixas.


Duas vezes por ano, cada seis meses, é  sagrado e absolutamente  inevitável  - lá  tenho eu que repetir, reparar, renovar as madeixas.






Uma trabalheira!

São arrepelos de tufos mínimos  (quanto menos cabelos, melhor - assegura a entendida), cada tufo pintado ou repintado de loiro, cada tufo envovido em pedaço  de papel de alumínio,  o que me confere a aparência  de ter a cabeça  coberta de rebuçados. 

É  coisa meticulosa, coisa demorada.
Entretenho-me com uma revista (cor de rosa, as únicas por lá  existentes e fico informada acerca dos amores e desamores de criaturas cuja existência me era até aí absolutamente desconhecida ), consulto o correio, respondo a comentários  no blog, até  que (finalmente!) chega a libertação. 
- Está  pronta! (esta fase, enteda-se)  - determina a "artista" e passo a outro departamento.

Agora é  retirar (arrancar ...) cada "rebuçado " passando, sem tardar, à  lavagem. 
No caso inclui champô  especial e máscara  hidratante .
Agora há  que ter paciência e esperar para que a "coisa" funcione.

Nova lavagem. 
E finalizador. 
E pentear. 
E desembaraçar.  
E secar.

Finalmente ... chega a libertação! 
Estou pronta!
Apresentável! 
E farta!
Tão farta e tão  impaciente que dispenso o corte.

Adio.
Para a próxima  semana.

Haja paciência! 

Beijo 
Nina