quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

De volta ...

Depois de uma semana ausente, eis-me de volta, acompanhada por uma tremenda gripe!
A sério!
Foi no dia 1 de Janeiro que comecei a dar por ela - era uma tossezinha persistente, um picar na garganta que não passava.
Recorri às mezinhas do costume que incluem antialérgicos, já que eu, este poço de perfeição, sofro de uma ligeira asma.
No caso de se tratar apenas dessa chata da asma, passa ao segundo dia, com "a bomba" prescrita, mas o pior é quando a coisa se complica em síndrome gripal. Pior ainda é quando - como se fosse pouco ... - evolui para uma infeção bacteriológica. Foi o que me aconteceu, pobre de mim. Estou com antibiótico e outras "cositas mas". De dia , consigo "sobreviver", mas durante a noite a coisa complica-se porque tusso desalmadamente. Ando nisto há 3 dias. Acho que amanhã a maleita vai dar os primeiros sinais de estar a ceder - é o costume - e eu voltarei a ser a pessoa airosa e bem disposta (e modesta ...) que costumo ser!

Confesso que tive que vencer uma grande dose de inércia para vir escrever - estou preguiçosa, indisposta e um tudo nada antisocial.
Mas pensei:
- Oh! menina, reage, produz, interage e larga o sofá que só piora a situação!
E eu reagi.

Depois deste rosário de lágrimas, faço o ponto da situação, a saber:

- Fui aí pela Europa, fiz quilómetros, vi coisas, fiz compras.

Comida boa é que não! Come-se mesmo mal! Nada se compara à cozinha portuguesa ( e brasileira, a segunda melhor do mundo, pelo qual salivo à distância)
Portanto, a comida é má, é cara, é um desconsolo, uma pouca vergonha.

Para comprovar o que digo, apresento provas:


Isto é (pretende ser) um risoto de camarão, mas, definitivamente, não é!


É uma argamassa cheia de tomate e com 6 (ou 5) camarões!


Foi o jantar da passagem de ano.
Estávamos em Marselha.
 Acontece que por essa Europa fora se instituiu que o jantar de passagem de ano tem de ser mesmo reveillon, com não sei quantos pratos e bebidas e champanhe e o mais que se lhes ocorra.
Ora se uma pessoa apenas pretende jantar, aí pelas 20 horas - como fazemos em Portugal sem qualquer dificuldade - , o problema agudiza-se, diria mesmo que se torna bicudo.
Já estou habituada a estas "cenas" e, por isso, quando no hotel me informaram que o restaurante se encontrava fechado, pedi uma alternativa, que me foi dada.

Lá me dirigi ao VAPIANO (uma multinacional que já frequentei noutros países e é uma coisa de fugir ...) onde comi (petisquei, vá!) a argamassa, digo, o risoto - coisa intragável!

Bebemos um vinho razoável e terminámos com uma sobremesa pré, pré, pré, arqui pré  feita , que completou o ramalhete!

Já agora e para que se faça justiça, acrescento que no mesmo dia tinha almoçado muito bem num restaurante no Vieux Port:


Moules , que é como quem diz, mexilhões ...

... avec des frites - com batas fritas ...

...com cerveja.


É uma opção barata e plenamente satisfatória à qual recorro insistentemente, em França, desde que o restaurante seja especializado no petisco e venda em grandes quantidades - porque comer um bichinho destes em más condições garante uma experiência para esquecer.

Não era minha intenção perder-me em detalhes gastronómicos. Aconteceu.

Muito, mas incomparavelmente mais interessante foi a viagem proppriamente dita e as compras, as incontornáveis, as gloriosas compras.

Deixei a curiosidade no ar, bem sei!
Talvez até um pouco de água na boca.
Portanto, vou mostrar, vou contar tudo.
Amanhã. Se sobreviver à noite de tosse que se aproxima.
(Brinco! Não me deixo abater com essa facilidade)

Beijo
Nina