quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Sempre o mesmo bolo ...



Sempre o mesmo bolo, o de iogurte,  mas sempre um bolo diferente.

Desta vez com sabor a laranja e coberto com tiras de fruta cristalizada.






Este bolo é,  por assim dizer, o bolo perfeito  por vários  motivos:

- É  siimplicissimo. Não  exige ingredientes complicados, apenas o iogurte, açúcar,  ovos, farinha com fermento e óleo  que pode ser substituído por manteiga. Nada daquelas coisas modernas e esquisitas, daquelas que quase ninguém  tem em casa, daquelas que imediatamente  me fazem passar a vontade de fazer o bolo.

- Faço-o na Bimby, porque é  rápido  e porque assim dou uso à  maquineta.

-Resulta num bolo fofo, pouco doce, agradável  até  para quem, como eu, não  delira com doces. Este combina lindamente com chá  e até ao pequeno-almoço  (café da manhã ) com uma fatia de fiambre ou de queijo.

- Assa em 30 minutos. Espera 10 para ser desenformado.

É  tudo.

A receita está no site da Bimby, sem segredinhos, sem mistério.

Num dia como o de hoje, particularmente  horrível  com chuva permanente e frio agreste, só  uma fatia deste docinho animará a minha tarde.

Beijo
Nina

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

É obrigatório, incontornável ...



Refiro-me a não desperdiçar comida.
É obrigatório.
Imperativo aproveitar.
Sempre o fiz, mas agora tenho verdadeira repulsa em deixar sobras no frigorífico esperando, esperando, esperando até ficarem velhas, intragáveis.

Tenho a certeza que felizmente não estou sozinha nesta preocupação. E não se trata apenas de uma questão econômica. Não!
É também um problema social.

Não pretendendo dar lições a quem quer que seja, mas partilho a minha estrtégia;

Procuro cozinhar apenas uma vez por dia, normalmente ao almoço, em quantidade que chegue para o jantar - refeição sempre mais leve, sempre mais frugal, com insistência numa boa sopa e numa sobremesa de fruta. Procuro preparar a quantidade certa, mas nem sempre o consigo. E, às vezes sobra.É então que "o problema" das sobras se coloca.
Sei de quem junte sobras para, num dia da semana, fazer uma refeição com elas. Pode até ser boa ideia quando os comensais são vários. Não é o meu caso.
Então, faço todos os possíveis para despachar de imediato - quanto mais depressa, melhor - os chamados "restos".

Dou um exemplo recentemente ocorrido.
Tinha temperado 4 filetes de pescada (pequeninos) que seriam, só por si, uma refeição.
Acontece que, dos 4 sobraram 2.
Acontece ainda que não é possível "aquecer" filetes de pescada - jáexperimentei e ficaram intragáveis.

Lembrei-me da açorda, da velha e deliciosa açorda:

- Tinha pão;
- Tinha alhos;
- Tinha molho de tomate (deliciosamente caseiro);
- Tinha o peixe desfeito em lascas;
- Tinha uma mão cheia de camarões congelados, tinha salsa e tinha ovos.



Foi um instante ...

Cozi os camarões.
Com a mesma água amoleci o pão ...

Fritei os alhos, juntei o molho de tomate, acrescentei o pão...



Depois o peixe e os camarões.
Escalfei dois ovos e salpiquei com salsa picada.

Não deu nenhum trabalho.
Não sujei louça - usei apenas este tacho ...
Ficou muito bom - só por si uma refeição...
E, o que é mais importamnte, lá se foram os restos.

Repito, apenas sugiro, apenas partilho a minha experiência.
Apenas!

Beijo
Nina


domingo, 27 de janeiro de 2019

Supermercados, Lidl, Aldi, narcisos, jacintos e salsa ...



Gosto de passar pelo Lidl à segunda e à quinta-feira, dias em que chegam novidades.
Hoje, para além das novidades, fui abastecer-me com uma lista de compras que vou elaborando à medida que dou por falta dos artigos - nada de confiar na memória que, invariavelmente, falha.

O Lidl agrada-me pela dimensão - é pequeno, mas tem tudo e o estacionamento nunca está lotado.
Quando o visitei pela primeira vez, quando apareceu em Portugal,  detestei. Achei pobre e mal arrumado. Detestei de tal forma que não repeti a visita.
 Entretanto evoluiu.
Atualmente tem todos os produtos essenciais, muitos deles  da própria marca - adoro os detergentes - e está muito bem servido de afáveis funcionários e muito bem organizado.

Esta é uma marca alemã presente em grande parte dos países europeus. Gosto muito de o visitar quando viajo de carro, lá por fora, assim como quem visita uma loja de roupa, eu visito o Lidl.
Os melhores são os alemães. Verdadeiramente sensacionais. Neles está refletido o modo de vida do seu povo.
Melhor, só os mercados de rua, esses encantadores mesmo.

Entretando,  uma nova marca, ao que sei, semelhante, chegou - o ALDI!
Não conheço ainda, até porque existem poucos e nenhum perto da minha casa.

Devo retificar - não conhecia, porque, entretanto dei de caras com um, bem perto da praia por onde faço as minhas caminhadas.
É um edifício novo e a sua natureza bastante semelhante ao Lidl, com produtos da própria marca e uma oferta bastante satisfatória. Pretendo voltar.

Hoje, do Lidl,  para além das compras em agenda, trouxe esta gracinha para enfeitar o peitoril da minha janela.

Um arzinho de Primavera - são narcisos e vão florir em breve!


Para alegrar os meus olhos e os meus dias.


Devo esclarecer que o texto que acabaram de ler foi escrito há uma semana e guardado como rascunho.
Entretanto coisas  aconteceram e estou a atualizá-lo:


Os narcisos cresceram e floresceram.
Deixaram o peitoril da janela e instalaram-se nesta mesa de apoio em frente ao sofá.

São maravilhosos.
Aqui, sem o sol direto vão conservar-se mais tempo


Ontem, também do Lidl, trouxe novo abastecimento:

São jacintos, jacintos rosa.

No peitoril da janela recebem sol direto.
Brevemente desabrocham .
Brevemente perfumarão a casa e a vida.



No terraço, esta tarde de domingo, sem chuva, plantei duas embalagens de bolbos. Creio que são narcisos e que em breve darão um ar da sua graça, transformando o meu terraço num local muito lindo.
Os narcisos têm a agradável particularidade de serem muito resistentes, ressuscitando cada Primavera sem que os retire do solo quando passa a floração.
Semeei ainda um pacote de salsa, uma ervinha que uso frequentemente e que também resiste aos rigores do clima. Além da salsa, cultivo com sucesso o alecrim, indispensável nos meus assados.

Foi a minha primeira intervenção no terraço, este ano, mas, agora que caminhamos para a Primavera, vou dedicar-me mais atentamente a esse meu espaço florido.

Terminada a sessão de jardinagem, começa o período de relax - tricô, televisão e, daqui a pouco, chá com bolo de limão.

Tenham um feliz domingo.

Beijo
Nina


quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

O grande "porquê" ...






Falo de tricô!
Falo por mim!
Porque tricoto?
Porquê?

Tricotar requer tempo, vagar, porque tricotar por empreitada é tarefa penosa.
Tricota-se como e quando apetece.
Apenas!
A mim apetece-me todas as noites de Inverno, ao serão - lareira acesa, TV ligada e tricô nas mãos.

Tricotar exige alguma prática e muita insistência, porque ninguém se inicia nesta arte tricotando bem, tricotando de forma aceitável.
Ninguém!

É preciso insistir, persistir, treinar, para que o ponto saia certinho, bonitinho.
Depois, há meia dúzia de regras a interiorizar - aumentos, diminuições, cavas, decotes e um ou outro ponto de fantasia.

Além disso, indispensável se torna a execução da amostra - oh! coisa chata, oh! perda de tempo! Estar uma pessoa ali, ávida para começar, perdendo tempo na incontornável amostra - a que ditará a dimensão correta, sem a qual grandes desastres, terríveis desastres podem ser antecipados.

Acresce a tudo isto que é preciso comprar fio e agulhas. Que não são propriamente baratos.

Contas feitas, fica muito mais barato, resulta muito mais prático, proporciona imediato prazer, comprar feito! Seguramente!

Vai uma pessoa a uma qualquer loja e confronta-se com montanhas, catadupas de malhas dando sopa, esperando quem as vista e as desfrute.
Tudo prático. Tudo imediato. Tudo barato, tudo na onda do use e deite fora. Do descartável. Porque foi barato. Porque o prejuízo é residual.

Mas...

Ainda sim, tricoto!


Tricoto porque se puder fazer, não compro - e não é uma questão de dinheiro, pelo contrário...

Vou casando as (muitas) camisolas com o que me apetece e gosto da originalidade, do modelo provavelmente único.

Enquanto este frio polar persistir, nenhum programa me arrebata tanto quanto a sessão noturna de tricô que, suponho. em breve terminará, pois, infelizmente, lãs e calor não coabitam na minha pessoa.

Até lá, tricoto.
Dentro das minhas limitações, é certo.
Mas tricoto.
Alegremente.
Indiferente aos preços mais em conta, indiferente às pechinchas, indiferente à variedade da oferta, tricoto. Tricoto sempre.

Beijo
Nina (a feliz aprendiz de tricotadeira)

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Croquetes

Croquetes é uma opção simpática (e trabalhosa, quase chata ...) para aproveitar sobras de carne (ou de peixe).

No caso, tinha congelado uma quantidade considerável de peru assado, que sobrou do almoço de Natal. Acontece que a carne desta ave é por natureza seca e exige cuidados na sua preparação. Embora esteja longe de ser a minha ave preferida, no almoço de Natal, em nome da tradição e da exigência de alguns dos meus comensais, sempre temos peru assado recheado.
A parte mais escura - pernas e coxas - são as mais suculentas e as preferidas pela maioria, embora haja quem não abdique do peito, mas esses estão em minoria.
De modo que sobra principalmente peito.
Este ainda é possível ser comido no dia seguinte, bem regado com o molho.
Depois, torna-se intragável de tão seco.
Por isso o congelo e, semanas volvidas, dou-lhe destino.

Começo por passar toda a carne, sem pele nem vestígio de ossos, pela máquina de picar.
Só esta operação acarreta já uma carga de trabalho, sujando-se uma imensa traquitana.
Para não me fartar nem desistir, guardo a carne picada numa caixa hermética e só no dia seguinte a utilizo.

Como disse, a quantidade era grande.

Comecei por preparar o recheio para um empadão - refogando cebola, alho, aipo e tomte a que juntei a carne em quantidade suficiente. Borrifei com vinho branco. Acrescentei um iogurte grego natural. Retifiquei os temperos. Montei o empadão com puré de batata que polvilhei abundantemente com queijo ralado, antes de gratinar.

Estava bom.
Muito bom.
E não fotografei que me esqueci.

Com o restante picado preparei os croquetes.
Oh! Trabalheira!

Comecei pelo bechamel em que utilizei uma chávena de chá de leite seguindo os passos normais.
Juntei o bechamel à carne picada. Levei ao frigorífico para ganhar consistência.



Quando endureceu, estava pronto para modelar "as bolinhas"

Agora a parte chata:


Modelar bolinhas ou ovinhos conforme a preferência ...


Um prato com farinha, um prato com ovo batido, um prato com pão ralado são indispensáveis ...

Não tinha pão ralado!
Oh! vida!
Resolvi a falha recorrendo à Bimby ...


Já tenho pão ralado!

Depois é passar cada bolinha por farinha, ovo e pão ralado, nesta sequência.

Tirando o facto incontornável que esta operação provoca uma considerável desarrumação ...



Vale a pena ...

MESMO!!!
Estão ótimos e são suficientes para duas refeições (notícia mais deliciosa!)

Moral da história:

- Sobrou carne?
- Sejam lindas(os), queridas(os) e preparem croquetes!

Beijo
Nina

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Cachemira / caxemira

No título deste texto constam as duas formas possíveis para designar este material. Tinha dúvidas e investiguei. Não que fosse muito importante, que não é, mas quis satisfazer uma curiosidade e esclarecer uma dúvida. Porque, sempre ouvi dizer, que só os ignorantes não têm dúvidas.

Descansem os espíritos impacientes que não vou alargar-me relativamente a questões ortográficas. Não!
O que aqui me traz é mesmo a cachemira (agora apenas com esta grafia)
E porquê?
Porque me agrada o material, o facto de ser fino e quente. Gosto desse tipo de agasalho que não me "enchouriça".

Comprava uma ou outra peça, quando o rei fazia anos. Comprava frequentemente no El Corte Inglês e comprava lá por fora, no estrangeiro.


Esta veio de Dusseldorf, na Alemanha, a bom preço ...


... se comparado com os preços nacionais.
 Na altura comprei esta e outra em azul bebé. 

A pechincha a que me referi rondou os 100€. Foi uma excelente compra, pois têm vários anos, muito uso e algumas lavagens.
Estão ambas impecáveis, sem borbotos, sem deformar.

Até que, por cá, o cenário mudou. Mudou quando a Zara começou a comercializar cachemira.
A medo, comprei.
Sendo o preço semelhante ao que pagara na Alemanha, comprei.
Porém, só o preço é semelhante.
A qualidade deixa muito a desejar.


Neste modelo, com decote em bico, apropriada para usar com body ou blusa, tenho esta, em preto e outra em castanho.




A forma vai-se mantendo, mesmo depois de lavada.
O pior é o borboto!
Aquelas bolinhas de pelo arruinam completamente o aspeto da peça.
Sinto que visto uma sarapilheira velha.

Tentando, se não solucionar, pelo menos remediar o problema, uso esta escova ...

,,, que não é uma escova convencional, visto que não tem cerdas.
Funciona razoavelmente, retirando o borboto e qualquer outro pelinho indesejável.

Já comprei uma maquineta que supostamente barbearia a superfície afetada pela praga do borboto, mas não me convenceu.
Tentei ainda usar a lâmina de barbear (do marido), mas pareceu-me excessivamente agressiva e não insisti.
A melhor ferramente pareceu-me  ser esta espécie de escova.

Entretanto, na nova coleção da Zara, na secção de malhas, vi cachemiras com cores lindas, mas não! Não arrisco. Não quero.

Prefiro uma malha menos nobre, mas mais honesta.

É a minha opinião.
Se tiverem outra, partilhem comigo.
Agradeço.

Beijo
Nina

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Meu Porto Seguro





Aproveitando o tempo seco - embora gelado - tenho investido nas caminhadas, junto ao rio Douro, ou junto ao mar.

Bem sei que sou suspeita - porque considero a minha cidade a mais bela do mundo, o melhor lugar para se viver, o meu Porto Seguro - mas ainda assim e sempre me encanto, me deixo fascinar pela beleza do que a minha vista alcança. 
E fotografo, fotografo, fotografo ... para registar o que pretendo seja eterno.


Ao longo da margem esquerda - Vila Nova de Gaia, caminho em direção à Ponte D. Luís que atravessarei , chegando ao Porto, à Ribeira do Porto


A Sé Catedral e o Paço Episcopal, edíficios majestosos , lá no alto, na parte antiga da cidade

Estes foram em tempos os barcos que transportavam o Vinho do Porto, partindo da Régua, navegando até Vª Nª de Gaia, onde as pipas eram depositadas nas Caves.

Hoje estes barcos - os Barcos Rabelos - são meramente decorativos ou utilizados no transporte de turistas que fazem cruzeiros no rio Douro

São tão elegantes.
 A este falta-lhe a vela gigantesca que o fará mover.

No casco, o nome das Caves a que se encontram ligados

Atualmente enfeitam o rio ...

Em terra, placas com a identificação das diferentes Caves, das diferentes marcas de vinho 

Esta, muito conhecida é também uma imagem plena de charme

Olha o espírito empreendedor da nossa gente - há turistas, há mercado de rua 

Observei que vendem imenso ... estivese eu noutra fase da minha vida ( estudante, com pouco dinheiro ...) acho que o meu lado mercantilista me faria virar  vendedora de rua

Aqui artigos feitos a partir de cortiça - Botas? A sério?



Atrvessar a ponte nem sempre é fácil, porque a multidão de turistas complica o trânsito ... porém,  nada que não se ultrapasse!

Na Ribeira do Porto ... mais compras, mais vendas, imenso movimento!

Os bares multiplicam-se e, para meu grande espanto dei de caras com o Bar do Peter que conheci nos Açores 

A esplanada está ainda vazia. É a hora matutina! Ao almoço dificilmente se encontra mesa livre.

Largo do Terreiro ...

,,, com o CUBO do José Rodrigues ...

... e, ao fundo, um nicho com S, João, o santo da cidade ...

A arquitetura é o que se vê - genuína e preservada ...

Uma teia de ruelas medievais ...

Tudo muito bem aproveitado.
Em redor, os idiomas misturam-se.
 Há gente de todo o mundo!

O Porto é uma cidade de pedra ...

granítica ... despojada, verdadeira.
Na parte antiga, a pedra está muito presente.


Com arte souberam casar o antigo com o moderno ...


como é o caso do Café do Cais


Gosto deste colorido - nascendo da pedra, cresceram casinhas pintadas!

Encontrei a Tuna!
 Não sei de que Faculdade, mas lá estavam eles, os jovens estudantes animados.
Tocavam, cantavam e até dançavam.

Num desvão, roupa secando à janela, imagem de marca de um bairro antigo ...


Vi pela primeira vez esta homenagem - ao Duque, um barqueiro que salvava vidas ou resgatava corpos do Douro.
Aqui é uma figura lendária. Quase um herói.

Voltei a atravessar a ponte, voltei a Vª Nª de Gaia onde estacionara. Recolhi este pedaço da sua história.

Qualquer dia volto.
Volto sempre.
E sempre descubro novos tesouros.
No meu Porto Seguro.

Beijo
Nina