Chove sem parar e estão 12 graus aqui no Porto.
Sem comentários!
Confinada à casa, resolvi aproveitar para pôr em dia a botânica.
Felizmente, as novidades são muitas, lindas e prometedoras.
Assim, uma das cerejeiras de que cuido, maternalmente, há quatro anos resolveu florir:
A outra, que não apresento, ou está atrasada, ou, pura e simplesmente, continua na letargia que, ano após ano, a mantem numa adolescência de folhas que não evolui.
Mas a das florzinhas encheu a minha alma de júbilo e o meu coração esperança.
Será que vou ter cerejas?
Seria a coroa de glória para a minha dedicação.
Estou preparada para tudo. Se não frutificar, quem sou eu para reclamar?
Vejamos o Japão ( esquecendo por momentos a tragédia em que está mergulhado ).
Lá, já começou a Sakura, o momento em que se inicia a floração das cerejeiras, um espétaculo deslumbrante e efémero que arrebata quem o contempla.
É momento das festas ao ar livre, dos encontros nos parques, da celebração da vida.
E, no entanto, essas cerejeiras apenas florescem, não produzindo nunca frutos.
No meu "pomar", multiplicam-se as promessas:
Promessas de um pessegueiro |
Figueira desabrochando |
Num cantinho, as margaridas refrescam-se com gotas de chuva ... |