No sul de França, logo depois da fronteira com Espanha, no País Basco, aninha-se Biarritz, uma baía debruada por palácios, testemunhos de ocupações aristocráticas, pousio de reis, refúgio de perseguidos políticos, quando a monarquia governava o sul da Europa.
Visitei-a no final de Julho.
Grande Hotel, um 5 estrelas anacrónico, na majestade das suas linhas e ferrugem das canalizações. |
Em nome de uma absoluta honestidade, devo esclarecer que falo de cor.
Nao me hospedei aqui.
Estou vacinada.
Há tempos, fui a Cuba, na que seria a minha, até aqui única, visita à ilha de Fidel.
O Hotel Nacional, o mais conceituado, mais medalhado, mais rico em história, foi a opcao.
Amplos átrios acolhiam os hóspedes.
Escadarias majestosas ligavam os diferentes pisos.
Quartos quilométricos e sumptosos ofereciam as suas avantajadas dimensoes, alcatifados, decorados com veludos, brocados nas janelas e tecidos preciosos por todo o lado.
Tudo envolvido pelo odor bafiento a velho, gritando por recuperacao profunda.
A meio de um duche, com shampo no cabelo, faltou a água!
Tudo tem o seu tempo...
Biarritz permanecia, até aqui, no meu imaginário como uma lenda que, mesmo sem reis, mantinha a majestade.
Agora, tendo sido uma decepção, é o exemplo vivo daquela lei que, a todo o custo, há que respeitar:
Para manter intactos os sonhos, melhor não os testar, como quando,ainda criancas, noite adentro, esperamos, a chegada do pai Natal.
Beijos,
Nina
P.S. Ressalvo a falta de acentuacao e cedilhas em várias palavras, erro imputável ao estranho teclado que utilizo.