Que não tinha conserto, que não valia a pena, que o melhor era deixá-la e comprar uma moderna.
Comprei.
Foi em Abril do ano passado. O tempo passa tão depressa que até me arrepio.
Já passou um ano!
As primeiras relações entre mim e a dita foram desastrosas. Conclui que a bicha não funcionava, que o defeito era dela, chinesa e barata, e nunca meu, exímia costureira. Quase nos divorciámos.
Contudo, conhecendo-me, teimosa, persistente, insistente, pedi ajuda, azucrinei as amigas mais pacientes e sabedoras, ouvi conselhos, tomei notas e insisti.
Ainda bem!
Hoje dámo-nos como Deus com os anjos, numa paz interrompida por pequenos sobressaltos insignificantes.
Certo, certo, é que a máquina já está paga e mais que paga.
Para o provar, mostro estas calças, todas muito compridas pedindo, exigindo bainhas que as encurtassem. |
Agora que perdi o medo à tesoura, marquei com régua a linha do corte e Zás! |
Em tempos de crise é um investimento com dividendos garantidos.
Beijos
Nina