A 50 Km a norte do Porto, no litoral, situa-se Esposende.
Vila de pescadores, de férias na praia, de desportos radicais na foz do rio Cávado que aí desagua.
Na avenida marginal, o Hotel Suave Mar.
Um 3* carregadinho de charme.
Imagino que Agatha Christie, o escolheria para ninho dos seus mais tenebrosos enredos, se um dia, tivesse tido a sorte de o conhecer
Na porta de entrada a identificação. Através dela, o dia cinzento e chuvoso invade-nos. |
No hall de entrada, o convite: Visite Esposende, fique em Esposende, delicie-se em Esposende! |
Em cada vidro, vaidoso, o hotel reafirma-se. |
A sala de jantar! Encostadas às janelas em arco, alinham-se as mesas. Rentes, crescem bungavílias de todas as cores. As palmeiras estrebucham empurradas pela forte ventania. Paisagem mais linda não há. |
Paredes brancas e pinturas, muitas pinturas. Uma espécie de exposição acessível aos visitantes que, se o desejarem, podem adquirir qualquer tela. |
Recantos, encantos, fora e dentro numa interacção constante. |
Sentem-se, acomodem-se, leiam, conversem, estejam ... |
Se o sol brilhar, este é o local de todos os bronzes, de todos os calores, de todos os frescores ... |
À mesa, as delícias ... |
O melhor arroz de tomate do mundo e os filetes de pescada mais frescos, fofos como que se de pão-de-ló fossem feitos. |
O arroz de frango caseiro, cozido no ponto certo, caldoso q.b., com o golpe de vinagre que só mãos certeiras doseiam. |
O carrinho das sobremesas é o que se vê... À direita, em primeiro plano, as Clarinhas de Fão, uma massa quebrada finíssima recheada com novelos de doce de chila. |
Já que é para pecar, peque-se! Cheese cake, Pêra bêbeda, maçã assada e outras delícias. |
Esta, de tão fotogénica, reclamou destaque. |
E foi assim.
Com chuva molha-tolos, mais prudente foi rumar ao abrigo seguro deste porto.
Apenas porque vivo muito perto, nunca aí fiquei, não tenho desculpa, falta-me o pretexto, porque o que eu gostava mesmo era, depois deste almoço, preguiçar num dos recantos, ler, olhar, ouvir o mar, ficar.
Beijos
Nina