... sou uma anarquista! Faço tudo ao contrário do que ditam as regras.
Para começar transgrido o horário.
Atá ao meio-dia, espreguiço numa esplanada, diante de uma chávena de expresso e duma garrafa de água, mergulhada nos diários e outras publicações que me apeteçam.
Só então, no horário proibido, avanço areal adentro.
Para apaziguar a minha culpa, uso um protetor solar forte, nível 30.
Faço uma caminhada junto à água, seguida por momentos de natação mais ou menos longos, de acordo com a minha resistência à temperatura polar da água, que continua, teimosamente, nos 17 graus,garantindo uma absoluta anestesia geral a quem nela se aventura. Após o banho não sinto nada, nem calor, nem frio de tal modo os meus sensores térmicos colapsam.
Vem então a hora de uma refeição ligeira, onde abundam os frutos e a água e escasseiam os hidratos de carbono.
Segue-se mais uma passeata e, entretanto são 16 horas, momento em que os ardores do sol acalmam e os seus perigos se desvanecem.
Então, regresso ao hotel, assim, irracional e delinquente!
São rituais que não consigo alterar, apenas isso!
Ano após ano, reincido neste esquema!
E peco novamente! Estes queijinhos de amêndoa, brancos e angelicais tem uma inocência enganadora! |
Com um expresso ou uma imperial bem gelada, fazem já parte do meu cotidiano. |
No interior do massapão, uma fina camada de ovos moles. |
Em minha defesa, posso apenas argumentar que só como um.
São tão bons que merecem todas e cada uma das calorias que aportam e, afinal, férias são férias e não momentos de disciplina e privação ... isto sou eu a justificar-me!
Beijos
Nina