A partir de Maio, começam a surgir todos os frutos deliciosos, perfumados e coloridos que alegram o final da Primavera e o início do Verão.
É então, porque na época própria, que são mais baratos e mais suculentos.
É então que os morangos sabem a morango, os alperces a alperces, as ameixas a ameixas.
É então que, dada a avalanche de oferta apetece preparar compotas, aquela mistura fluída que, ao longo do ano, mesmo no pico do mais inclemente Inverno, adoça o nosso paladar com sabores e estivais e por associação de ideias, incrementa o bom-humor e alegra o cinza dos dias.
Adoro compotas e adoro confecioná-las. Não tem nada que saber ... para 1 Kg de polpa de fruta, um pouco menos de açúcar, deixando que a mistura ferva de mansinho até ao miraculoso ponto de estrada.
Gosto da mistura de coloridos, do samba dos odores ... |
No frio, guardo reabastecimento para evitar que o calor lhes deturpe a frescura, mas não gosto de trincar fruta gelada. Não! Tem que estar à temperatura ambiente e no ponto certo de maturação.
Há muito que recuso comer morangos e cerejas no natal e uvas no carnaval. Não quero exemplares que voam vindos de outro hemisfério, se conservam não sei como e custam exorbitâncias irracionais. |
Espero pelas nossas que em breve aparecerão, com cor sabor e odor de uvas.
Os alperces, verdadeiros frutos de ouro, já por aí andam.
São maravilhosos para preparar compotas, porém, hoje, num ímpeto de organizar e arrumar, descobri que, do ano passado tenho muitas, muitas compotas à espera ... de alperce, morango, cereja, tomate, melão e marmelo.
Este frasco foi inaugurado hoje. Com queijo ou fiambre sobre uma torrada é manjar único. |
De chila, os frascos acumulam-se. Uso esta compota para preparar outras sobremesa, mas, dada a contenção calórica que me esforço por exercer, continuam intactas. |
Manda o bom senso que não me entusiasme preparando mais doces enquanto perdurarem os do ano passado que ainda não foram consumidos e que, mais importante ainda, não caia na tentação de comprar qualquer exemplar que, para chegar às nossas mãos tenha sofrido os horrores do frio e das estufas, poluindo com o seu transporte o nosso tão mal tratado ambiente.
Beijos
Nina