... atravessar a ponte sobre o mar e mergulhar tunel adentro, por baixo de água e chegámos a Malmoe, na Suécia, ali a poucos quilómetros da Dinamarca.
Não sendo uma cidade turística, permite sentir o verdadeiro pulsar da sua população.
Verifica-se, contudo, que apesar das características próprias, outras há que não conhecem fronteiras.
Chamam-lhe globalidade e é desconsoladora:
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Lá como cá, como em toda a parte, a HM, com as mesmas montras e as mesmas novidades antecipando o Outono. |
Longe vai o tempo em que as malas chegavam carregadas de novidades irrepetíveis no burgo.
Agora há tudo em toda a parte e é tudo igual.
Por isso não compro roupa, não vale a pena, a não ser que encontre algo que fuja à globalização.
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Prefiro, mil vezes, perder-me noutras tentações, ainda que banais, como esta, onde se compram plantas envasadas. |
Malmoe é uma cidade pequenina e acolhedora, por onde circula um tranquilo povo que, sem pressas, enche praças ...
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... como esta ... |
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...deambula por ruas ... |
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...observa a natureza... |
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... compra flores ... |
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... opta pela bicicleta ... |
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... aproveita as ruas sem carros ... |
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... passeia cachorros ... |
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... que nos espantam quando, como estes, são, assim, incrivelmente fofos. |
Depois vem a arte, nas suas mais diversas formas, sempre presente:
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Quer seja no músico solitário que ficou perdido nos idos de 80, quer seja nesta banda que imediatamente evoca Chico Buarque. |
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O nome da cidade escreve-se com trema sobre o "o", impossível de reproduzir no nosso teclado |
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Junto aos canais, edifícios modernos testemunham o vigor da cidade. |
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Mas, de repente, como se nos trópicos se estivesse, o céu azul enegrece e uma tempestade aproxima-se ... |
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Forte, torrencial, diluviana, não dando tempo a procurar melhor abrigo do que a copa desta árvore. |
E assim como veio passou e o sol voltou a brilhar e as ruas vibrantes com o movimento das pessoas, retomaram o seu normal ritmo.
Malmoe não é Estocolmo, não é nem de perto parecida, mas, estando em Copenhague é visita a não perder.
Beijos
Nina