Quem me tira o meu expresso, tira-me tudo.
Até em casa, investi um balúrdio numa máquina italiana que mói o grão na hora e produz o mais delicioso expresso, além de mil outras habilidades perfeitamente escusadas que apenas serviram para que o preço da maquineta se tornasse astronómico.
Mas o expresso é bom, é muito bom, não há melhor expresso que o meu, ouso afirmar.
Doseio a ingestão porque sei que me tira o sono, mas quando o bebo, desfruto deliciada do sabor e do odor, todo um ritual a meio da manhã e depois do almoço.
Posto isto, não vou em cafés de saco.
Não gosto, detesto pó em suspensão e uma borra de depósito no fim.
Não quero!
Assim, contudo, nunca mo serviram, a não ser num certo restaurante que frequento assiduamente. |
O restaurante em causa prima pela qualidade e presumo que mantem esta anacrónica operação por puro charme.
É engraçado.
Mas não é bom.
Nem de perto nem de longe se aproxima da minha portentosa máquina italiana.
Limita-se a ser engraçado!
Hei-de dar umas sugestões ao proprietário.
Hei-de, hei-de!
Beijos
Nina