... o calor abafado dribla os sentidos, os sensores térmicos, cansa, alagando os corpos numa humidade pegajosa, desconfortável, que anseia por banhos, por brisas, por fresco ...
Decididamente , não gosto deste calor!
Apetece-me um outono verdadeiro, com ventinho fresco, céu azul e uma forte vontade de agasalho.
As montras exibem tendências, mas sem sucesso.
Nenhum dos climas, nem o social, nem o atmosférico, incita à compra.
Não estou para compras!
Prefiro outras aquisições, como a leitura.
De momento, passeio num mundo de cheiros, no Aroma das Especiarias, da mesma autora de Chocolate. Ainda não me agarrou. Vou na página 50 e, repito, ainda não me agarrou, o que é mau sinal. Ainda assim persisto e insisto já que o Chocolate deu origem àquele filme maravilhoso onde, mesmo quem declara que não gosta, passa a desejar chocolate, ciente que ele opera milagres na alma, dos tristes fazendo alegres, dos loucos fazendo lúcidos, dos escravos, libertados.
Sendo a leitura pano de fundo do meu cotidiano, não conta, como novo desafio. É mais do mesmo.
O mesmo não se aplica à promessa jurada de praticar regularmente musculação.
Não é fácil de cumprir porque, não indo ao ginásio, a sua prática depende essencialmente da disponibilidade psicológica.
Há que interiorizar a função, concretizando-a.
Exige disciplina e seriedade. Nada de desculpas, nada de adiamentos, nada de truques.
É assumir o compromisso e assinar por baixo.
Depois, inclui-lo na rotina diária com prioridade igual ao tempo para comer, que sempre existe.
Eis, então, o segundo desafio.
Para além do contexto psicológico, pouco mais demanda. Uns halteres com pouco peso e vontade. Depois, é pôr em pratica os exercícios do ginásio que não tenho paciência para frequentar. E persistência. E persistência. E persistência.
Agora que a luta contra a insónia se capitaliza com uma clara e indiscutível vitória da minha pessoa, abram alas para a musculação.
Muscular é preciso, tal como o é a caminhada diária de uma hora. E atenção à alimentação. E olho na balança. E provar as roupas do último outono que devem, obrigatoriamente, cair como uma luva.
Um passo de cada vez, e, em breve partiremos para outros altos voos.
Beijo
Nina