Quando nos afastamos por uns dias do nosso recanto protetor, uma das dificuldades a enfrentar passa pela comidinha nossa de cada dia.
Não me venham cá com a história que se come maravilhosamente e que tudo são experiências gastronómicas sublimes.
Não são!
Com a verdadeira e única excepção que é o Brasil, onde, de facto, cada refeição é um ato de quase poesia, na maior parte do restante mundo, comer é uma aventura que ou pode correr bem, ou muito, muito mal.
Se pensarmos nos locais de grande fluxo turístico, a coisa, aí, pode tomar proporções de extrema gravidade ou para o estômago ou para a carteira, se não mesmo para os dois.
Posto isto, diz-me a experiência que os riscos menores ocorrem quando se opta pela culinária italiana, económica, razoavelmente saborosa e minimamente perigosa.
É, portanto, o último refúgio, enquanto que não se regressa ao peixe português imaculadamente fresco e, de um modo geral, à nossa gastronomia tradicional baseada na dieta mediterrânica, saudável e deliciosa.
Confesso, porém, que ao fim de 4 ou 5 dias balançando entre pizzas, pastas e rizzotos, atinjo o ponto de rutura.
Peço, então, um bife, peço peixe grelhado, peço o que me apetecer.
Num desses almoços, carnívoros, repletos de colesterol num bife alto e mal passado, antecedi o pecado com este gracinha:
Patê de atum. Comido com um pão de sementes, regado com cerveja gelada, foi o pecado que mais dividendos pagou durante a viagem. A receita está aqui |
Foi servida junto a esta marina, nos arredores de Dubrovnik ... |
... e foi um almoço perfeito. |
Nina