Eis-nos chegados!
Hoje a ceia, amanhã o almoço!
Acho bem! Gosto de rituais! São marcos importantes no percurso de vida.
Ainda que não consiga evitar que o clima pré-Natal decorra envolto numa certa dose de ansiedade, confesso que não seria capaz de cortar amarras e afastar-me, fugindo para o sol, para águas cálidas e azuis com palmeiras oscilantes.
Não sou assim tão radical, não!
E lá vamos, ano após ano, reunindo a família e repetindo o menu. Nem mesmo, nesse capítulo consigo cortar com a tradição.
Assim, no jantar de hoje, come-se o bacalhau e o polvo ( de influencia transmontana ...) cozidos com batatas e legumes, enquanto que, amanhã, se repetirá o peru recheado de todos os almoços de Natal.
Cozinheira previdente, tratei hoje do passaroco.
Mostrarei as imagens, prevenindo os mais sensíveis para a sua potencial crueza, já que a operação se aproxima de um ato cirúrgico:
O recheio ... |
... operação delicada que requer vagares para que a cavidade fique plenamente preenchida. |
A sutura! De agulha e linha fecha-se a cavidade, aprisiona-se o recheio! |
As sobremesas, obedientemente, repetem-se também: as rabanadas,a aletria, o leite creme, os formigos, os sonhos, o bolo-rei ... Para mencionar apenas algumas, da orgia de doces que, qual, tsunami, nos assola.
Em criança, o ritual recriava-se no fim do ano e nos Reis. Dessas obrigações, libertei-me!
Bem como da tortura de comprar presentes. Agora, prendas, só para as crianças, o que,salvaguarda em grande medida, parte da minha sanidade mental.
É tempo de começar a pôr a mesa. Muito trabalho ainda me espera, portanto, a todos desejo um Natal de paz e amor e, que o seu espírito se prolongue pelos próximos 365 dias.
Beijo
Nina