Existe qualquer mistério inexplicável na forma como se multiplicam os colares dentro de uma gaveta fechada.
Dir-se-ia que se reproduzem, numa enigmática função de acasalamento.
É que sempre que abro a(s) gaveta(s), o número de colares parece ter crescido, desde a última vez que os observei.
Se é bom?
Nem por isso!
É uma tal salgalhada de fios, contas, pedras, pérolas, metais dourados e prateados, berloques, pingentes, aros e argolas que me intimida, me angustia na balbúrdia da desordem instalada.
Sempre, mas sempre,graças a um vislumbre de lucidez que previne futuro arrependimento, tenho de domínar o ímpeto de despejar a(s) gaveta(s) no caixote do lixo.
É uma luta permanente, sempre com o objetivo de descobrir o sistema de organização que arrume e mantenha arrumado.
Será que, finalmente, é chegada a hora do meu grito de EUREKA?
Para as pulseiras, os alvéolos não funcionam. Com tampas de caixas dividi o território. Em cada espaço, um grupo. Cada grupo organizado por semelhanças. |
Sensatas e sossegadas, permanecem organizadas, sem desvarios de colar.
Alimento a secreta esperança de que a anarquia acabou.
O tempo o dirá!
Beijo
Nina